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dc.contributor.advisorLeal, Mirna Bainypt_BR
dc.contributor.authorSouza, Jackeline Martins Eberhardt dept_BR
dc.date.accessioned2023-12-06T03:24:51Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/268052pt_BR
dc.description.abstractO estresse precoce (EP) no período neonatal (PN) modula vias encefálicas envolvidas na geração de respostas hedônicas. Deste modo, o consumo de alimentos palatáveis ao longo da vida pode ser alterado pelo EP, e isto é demonstrado em modelos animais em ratos, com intervenções neste período, como a manipulação neonatal, e a separação materna. Um modelo animal que vem ganhando destaque neste aspecto é a restrição da maravalha do ninho, do inglês "Limited bedding and nesting” (LBN). O protocolo de LBN é realizado nos primeiros dias de vida da ninhada de ratos, do dia 2 ao 9 pós-nascimento (PND), com a produção de um ninho empobrecido pela mãe, com apenas uma toalha de papel fornecida pelo experimentador, na caixa de moradia. A ninhada torna-se estressada junto da genitora, com consequências a longo prazo no comportamento de brincar, bem como frente a drogas de abuso, demonstrando anedonia. Uma das causas destes efeitos nos filhotes se deve por modificações no cuidado materno, que torna-se fragmentado e caótico levado pela falta de subsídio na construção do ninho. Junto disso, o modelo de LBN tem sido descrito com potencial translacional, semelhante a mães deprimidas ou que abusem de substâncias psicoativas. Desta maneira, o objetivo do presente estudo foi avaliar em ratos adultos (machos e fêmeas) submetidos ao protocolo LBN e controles, o comportamento frente a alimentos palatáveis. Com isso, os animais (machos: controles, N=13, LBN=16; fêmeas: controles,N=15, LBN=12) foram submetidos ao protocolo de LBN, do PND 2 a 9. Após isso, a caixa moradia retomou as condições normais com a presença de maravalha, e, no PND 21 de vida os animais foram desmamados e se a sexagem ocorreu. No PND 60 de vida os animais permaneceram sem nenhuma outra alteração em ambiente de biotério quando foram randomizados. Aos 70 dias de vida, iniciou-se a tarefa do corredor, que avalia o tempo para a busca e consumo em gramas de alimento palatável, a partir dos treinos, e, após 5 dias o teste foi realizado, para avaliação do comportamento alimentar a cereais doces (Froot Loop’s Kellog’s Ⓡ). Aos 90 dias, os animais foram submetidos a um estresse agudo com choque nas patas e posteriormente foi executada a avaliação do consumo e preferência alimentar em caixa moradia, para verificação se um segundo desafio estressor agudo, pode modificar a ingestão de alimento doce. Foi verificado se um desafio agudo pode alterar o padrão de consumo dos animais. Ao final dos experimentos, aos 100 dias de vida os animais eutanasiados. Os resultados demonstraram que no teste do corredor houve uma diferença entre os sexos nos grupos controles, onde as fêmeas chegaram mais rápido ao alimento doce, entretanto os animais de ambos os sexos, submetidos ao protocolo LBN, levaram mais tempo para iniciar a comer o alimento doce quando comparados ao controle. Quando avaliou-se o consumo de alimentos após o estresse agudo por choque nas patas, observou-se que os animais machos submetidos ao protocolo LBN ingerem maior quantidade de alimento em relação ao controle, tanto imediatamente após quanto 24 horas após o choque. E as fêmeas consomem maior quantidade de cereal doce em relação aos machos tanto antes quanto depois do choque independente de grupo. Entretanto, a medida do consumo de ração padrão ao longo das treze semanas demonstrou que as fêmeas ingerem proporções inferiores em relação aos machos. Houve também um menor consumo de ração padrão pelos animais LBN em comparação aos seus controles. Observou-se que o comportamento alimentar possui alterações relacionadas a motivação dos animais para comer o alimento doce. Estes comportamentos podem estar relacionados com as vias neuroquímicas de regiões como núcleo accumbens e córtex pré-frontal. Sugere-se a 6 necessidade da realização de mais experimentos testando comportamentos específicos, bem como as vias neuroquímicas envolvidas.pt_BR
dc.description.abstractEarly life stress (ELS) in the neonatal period (NP) modulates brain pathways involved in the generation of hedonic responses. Thus, the consumption of palatable foods throughout life can be altered by the ElS, which was demonstrated in animal models with rats submitted to interventions in this period, such as neonatal handling and maternal separation. The animal model that has been gaining prominence in this regard is the restriction of nest shavings, named "Limited bedding and nesting” (LBN). The LBN protocol is executed in the first days of life of the rat litter, from day 2 to 9 postnatal day (PND), with the construction of an impoverished nest by the mother, with only a paper towel provided by the experimenter, in the home cage. The litter became stressed alongside their mother, with long-term consequences on playing behavior as well as on the use of drugs, presenting anhedonia. One of the causes of these effects on the litter is due to the changes in maternal care, which becomes fragmented and chaotic as a result of the lack of support for nest building. Furthermore, the LBN model has been described with translational potential, similar to depressed mothers or mothers who abuse psychoactive substances. Therefore, the purpose of the present study was to evaluate the behavior towards palatable foods of adult rats (male and female) that were submitted to the LBN protocol and controls. The animals that were submitted to the LBN protocol from day 2 to 9 post-birth (PB). After that, the home cage returned to normal conditions with the presence of wood shavings, and at 21 days of life, the animals were weaned and shared by sex. On day 60 of life, the animals remained without any other changes in the vivarium environment when they were randomized. At PND 70, the runway task was started, initiated by training and after 5 days the test was performed to evaluate the eating behavior towards sweet cereals (Kellogg's Froot Loop's). At 90 days, the animals were submitted to a second hit stress of foot shock and later the evaluation of the consumption and food preference was carried out in a home-cage. It was verified whether an acute challenge could change the food consumption pattern of the animals. At the end of the experiments, at 100 days of life, the animals were euthanized. The results showed that in the runway task, there was a difference between the sexes in the control groups, where the females reached the sweet food faster, however, the animals of both sexes that went through the LBN protocol, took longer to start eating the sweet food when compared to the control group. When the food consumption after acute stress due to the shock experience was evaluated, it was observed that male animals submitted to the LBN protocol ingested more food when compared to the control group, both immediately and in the 24 hours after the shock. Females consumed more sweet cereal than males both before and after the shock, regardless of the group. Nonetheless, the measurement of standard feed intake over the thirteen weeks showed that females ingest smaller portions than males. There was also a lower consumption of standard feed by LBN animals compared to their controls. It was observed that eating behavior has changes related to the animals' motivation to eat sweet food. These behaviors may be related to neurochemical pathways in regions such as the nucleus accumbens and prefrontal cortex. It is suggested the need to carry out more experiments testing specific behaviors, as well as the neurochemical pathways involved.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectFeedingen
dc.subjectComportamento alimentarpt_BR
dc.subjectExperimentação animalpt_BR
dc.subjectStressen
dc.subjectExperiências adversas da infânciapt_BR
dc.subjectLBNen
dc.titleEstresse precoce de ninho empobrecido : avaliação do comportamento alimentarpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-coLazzaretti, Camillapt_BR
dc.identifier.nrb001188568pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Ciências Básicas da Saúdept_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Neurociênciaspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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