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dc.contributor.advisorNiederle, Paulo Andrépt_BR
dc.contributor.authorNascimento, Elcio Costa dopt_BR
dc.date.accessioned2024-02-10T05:09:55Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/271940pt_BR
dc.description.abstractO atual sistema de produção de alimentos tem sido alvo de críticas em relação a sua capacidade de suprir a demanda alimentar de uma população em crescimento de maneira sustentável, segura, ética e economicamente viável. Dentre os setores, o de produção de proteína de origem animal tem ganhado destaque no centro desse debate, apontada como sendo um sistema com elevada pegada ecológica, alta demanda por recursos naturais e baixa eficiência em utilizá-los, elevado risco a saúde humana, e acusada de utilizar práticas que causam o sofrimento animal. Além do sistema de produção, as práticas alimentares, principalmente as dietas com elevado consumo de carnes vermelhas, estão recebendo críticas relacionando-as com o aumento de casos doenças não transmissíveis, como: obesidade, doenças cardiovasculares, desnutrição, diabetes, depressão, casos de câncer, entre outros. Cenário que tem estimulado o desenvolvimento de pesquisas e debates sobre a necessidade de uma produção de alimentos mais saudável, segura e ambientalmente sustentável, assim como mudanças nas práticas alimentares, propondo a redução no consumo de produtos de origem animal, principalmente, o de carne vermelha e sua substituição por uma dieta a base de vegetais, considerada mais saudável. Nessa conjuntura, as carnes sintéticas estão sendo apresentadas como as alternativas a esse modelo de produção, apontadas com a capacidade de suprir a demanda de proteínas de maneira sustentável, sem causar sofrimento animal e promovendo a saúde da população. Entretanto, as opiniões não são unanimes e existe um movimento crítico que questiona essas afirmações e contra posicionam-se questionando a viabilidade e a segurança da utilização desses produtos na alimentação humana. Tendo como base esse cenário, propomo-nos a analisar os processos de justificação utilizados pelos atores na construção das narrativa, prós e contrárias, a produção das carnes sintéticas, utilizando da analise documental como metodologia principal e da revisão sistemática como ferramenta para selecionar os documentos utilizados nessa pesquisa, com objetivo de analisar os elementos (elementos, símbolos) utilizados pelos atores em seus argumentos, permitindo-nos observar e analisar as estratégias discursivas escolhidas pelos atores para justificar suas ações e práticas. A partir dos documentos selecionados, observamos: a) processo de alinhamento das narrativas, de ambos os lados, com temas atuais e de interesse da sociedade; b) promoção das carnes sintéticas como o produto que resolverá os problemas relacionados às questões climáticas, segurança alimentar e sofrimento animal; c) silenciamentos sobre pontos negativos que a produção e o consumo desse produto podem ocasionar; d) reorganização e readaptação dos sentidos dos elementos utilizados, a partir do contexto e dos interesses dos atores que os utilizam, ocasionado uma disputa de narrativas e da atenção, principalmente, dos consumidores; e) aumento da participação e investimentos de grandes conglomerados nesse novo produto; f) narrativas que desenham um projeto com resultados no futuro, mas com impactos no presente para garantir que esse futuro aconteça; e, g) questionamentos e dúvidas sobre a real viabilidade desse novo produto sobre a segurança alimentar, o meio ambiente, a saúde da população. Cenário que torna o tema da produção de alimentos um campo fértil para disputas narrativas e para o desenvolvimento de diversos realidades possíveis, a partir dos contexto, interesses e realidades dos atores vivenciam e querem transmitir, buscando influenciar práticas sociais, econômicas e alimentares.pt_BR
dc.description.abstractThe current food production system has been criticized for its ability to meet the food demand of a growing population in a sustainable, safe, ethical and economically viable way. Among the sectors, the animal protein production has gained prominence in the center of this debate, identified as a system with high ecological footprint, high demand for natural resources and low efficiency in using them, high risk to human health, and accused of using practices that cause animal suffering. Besides the production system, food practices, especially diets with a high consumption of red meat, are being criticized, relating them to the increase in cases of noncommunicable diseases, such as: obesity, cardiovascular diseases, malnutrition, diabetes, depression, cases of cancer, among others. A scenario that has stimulated the development of research and debates on the need for healthier, safer and more environmentally sustainable food production, as well as changes in food practices, proposing a reduction in the consumption of animal products, mainly the of red meat and its replacement by a plant-based diet, considered healthier. At this conjuncture, synthetic meats are being presented as alternatives to the current production model, identified with the capacity to supply the demand for proteins in a sustainable way, without causing animal suffering and promoting the health of the population. However, opinions are not unanimous and there is a critical movement that questions these statements and takes a counter position by questioning the feasibility and safety of using these products in human food. Based on this scenario, we propose to analyze the justification processes used by the actors in the construction of the narratives, for and against, the production of synthetic meats, using document analysis as the main methodology and the systematic review as a tool to select the documents used in this research, with the objective of analyzing the elements (elements, symbols) used by the actors in their arguments, allowing us to observe and analyze the discursive strategies chosen by the actors to justify their actions and practices. From the selected documents, we observed: a) a process of aligning the narratives, on both sides, with current themes of interest to society; b) promotion of synthetic meat as the product that will solve problems related to climate issues, food safety and animal suffering; c) silencing about negative points that the production and consumption of this product can cause; d) reorganization and readaptation of the meanings of the elements used, based on the context and interests of the actors who use them, causing a dispute over narratives and attention, mainly from consumers; e) increased participation and investments by large conglomerates in this new product; f) narratives that design a project with results in the future, but with impacts in the present to ensure that this future happens; and, g) questions and doubts about the real viability of this new product on food safety, the environment, the health of the population. A scenario that makes the theme of food production a fertile field for narrative disputes and for the development of several possible realities, based on the context, interests and realities that the actors experience and want to convey, seeking to influence social, economic and food practices.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectProdução de alimentospt_BR
dc.subjectAnimal productionen
dc.subjectSustentabilidadept_BR
dc.subjectEnvironmenten
dc.subjectAnálise do discursopt_BR
dc.subjectJustificationen
dc.subjectNarrativesen
dc.titleNova fronteira do setor agroalimentar : a apropriação da crítica ética e ambiental pelos produtores de “carne sintética” (plant-based and cultivated meat)pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001195374pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Ciências Econômicaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Ruralpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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