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dc.contributor.advisorFonseca, Claudia Lee Williamspt_BR
dc.contributor.authorNascimento, Pedro Francisco Guedes dopt_BR
dc.date.accessioned2009-09-12T04:17:22Zpt_BR
dc.date.issued2009pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/17216pt_BR
dc.description.abstractA tese discute como sujeitos de diferentes inserções socioeconômicas têm vivenciado o projeto de "ter um filho". Partindo da compreensão de que o "desejo" de ser mãe ou pai não é algo dado, mas construído socialmente, a pesquisa buscou mapear como esse desejo tem sido expresso e quais têm sido as alternativas criadas para sua consecução quando do enfrentamento da "dificuldade para ter filho". Considerando que o sofrimento gerado pela "ausência de filhos" só surge na medida da estimulação desse desejo, investigaram-se os processos pelos quais a noção de infertilidade enquanto categoria médica se consolida e o caminho pelo qual se dissemina no processo de medicalização da vida. A partir de investigação etnográfica em um hospital público que oferece serviços de reprodução assistida e em comunidades na periferia de Porto Alegre, pôde-se identificar como não é automática a transformação da "ausência de filhos" em um "problema de saúde". A percepção de formas diferenciadas de encarar a adoção, bem como o tipo de relação estabelecido com os serviços de saúde permite considerar que o acesso a saúde, de uma forma geral, não está desvinculado do acesso às tecnologias reprodutivas, de forma particular. Considerando a desigualdade econômica da sociedade brasileira e a estrutura desigual de acesso a serviços públicos de saúde, a tese problematiza o discurso de garantia de acesso a essas tecnologias por todos e mapeia as diferentes vozes que articulam esse discurso. Nesse processo a vontade das pessoas de terem filhos se mescla com os demais atores envolvidos como médicos, a indústria farmacêutica e o Estado a partir da definição das políticas de assistência à saúde.pt_BR
dc.description.abstractThis dissertation discusses how persons of different socioeconomic insertions have experienced the project of "having a child". Starting from the comprehension that the "wish" to be a mother or a father is not a given, but a social construct, the research sought to map out how this wish has been expressed and which have been the alternatives created to achieve this wish when one copes with the "difficulty to have a child". Considering that the suffering generated by the "absence of children" only arises when this wish is stimulated, this dissertation investigated the process by which the notion of infertility is consolidated as a medical category and the route through which it is disseminated in the process of medicalization of life. From an ethnographic research in a public hospital that offers assisted reproduction services and in suburban communities in the city of Porto Alegre, in the southern part of Brazil, this dissertation was able to identify how the transformation of the "absence of children" into a "health problem" is not automatic. The different ways to face adoption and also the kind of relationship established with the health services allows one to consider that the access to health, in general, is not unbounded to the access to reproduction technologies, in particular. Considering the economic inequality of the Brazilian society and the unequal structure of access to public health services, this dissertation problematizes the discourse that guarantees access to these technologies by all parts and maps the different voices that articulate this discourse. In this process, people's will to have children blends in with the other actors involved, as doctors, the pharmaceutical industry and the State defining the health assistance policies.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectWish for childrenen
dc.subjectAntropologia da saúdept_BR
dc.subjectAntropologia socialpt_BR
dc.subjectHealth policiesen
dc.subjectAccess to healthen
dc.subjectReprodução assistidapt_BR
dc.subjectBiomedicineen
dc.subjectPolíticas públicaspt_BR
dc.subjectSaúde reprodutivapt_BR
dc.subjectDesejo de filhospt_BR
dc.subjectAcesso aos serviços de saúdept_BR
dc.subjectPolítica de saúdept_BR
dc.subjectBiomedicinapt_BR
dc.subjectEstudo etnográficopt_BR
dc.subjectTrajetoria socialpt_BR
dc.subjectPorto Alegre (RS)pt_BR
dc.titleReprodução, desigualdade e políticas públicas de saúde : uma etnografia da construção do "desejo de filhos"pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000708345pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2009pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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