Percepções e práticas de uma equipe de um centro de atenção psicossocial acerca do uso racional de medicamentos
dc.contributor.advisor | Amador, Tania Alves | pt_BR |
dc.contributor.author | Weizenmann, Marina | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2019-02-12T02:33:31Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2015 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/188684 | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de atenção diária, o que possibilita o seguimento ambulatorial, a permanência diária dos usuários de saúde mental no serviço e a atenção à crise. Tem como característica principal a integração dos usuários a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu território, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares. Objetivo: descrever as concepções que a equipe tem sobre o uso racional de medicamentos (URM). Método: O estudo seguiu um modelo descritivo, exploratório, de natureza qualitativa com os trabalhadores do CAPS I de Lajeado-RS e a amostra foi do tipo intencional. Participaram da pesquisa os trabalhadores que realizavam intervenção terapêutica diretamente com os pacientes, sendo os grupos constituídos pelos seguintes profissionais: médicos, enfermeiro, psicólogos, assistentes sociais, terapeuta ocupacional, educador físico, técnicos em enfermagem, músico e oficineiro. Os dados foram produzidos em duas etapas: 1) Entrevista curta para aproximação; 2) Grupo focal para identificar atitudes e percepções. Após a primeira etapa de recrutamento obteve-se o número total de 15 participantes. Os discursos foram transcritos e os dados foram analisados pelo método da “análise de conteúdo”. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob o nº 850924. Resultados e Discussão: Somente 1 profissional respondeu que não sabia falar sobre uso racional de medicamentos. Dos discursos dos grupos focais emergiram 32 categorias de análise iniciais e delas, extraiu-se 6 categorias finais: “medicalização da sociedade”, “estrutura do sistema de saúde”, “fatores que interferem em saúde mental”, “concepções da equipe sobre necessidade do medicamento”, “sugestões de práticas para desmedicalização”, “formação profissional e necessidades do serviço de saúde”. O medicamento surgiu nos discursos como um elemento que permeia diversas situações que são cotidianas no CAPS. Sobre as práticas realizadas para o URM, além daquelas referentes a práticas privativas a algumas profissões, especialmente da enfermagem e da medicina, as mais predominantes nas narrativas foram aquelas que são transversais aos profissionais da saúde e que necessitam de tecnologias leves, a exemplo do acolhimento do usuário no serviço onde a principal tecnologia é a escuta. Percebe-se que cada sujeito traz um significado ao medicamento, permeado pela sua visão de mundo, pelas suas reflexões e pelas influências do seu contexto, assumindo assim papéis diversos dentro da sociedade, justificando diversas visões no grupo de profissionais de saúde. A educação permanente aparece como elemento estratégico para trazer ao cenário da atuação profissional uma reflexão coletiva capaz de transformar as práticas, como aquelas que visam o uso racional de medicamentos e a formação acadêmica que privilegie outras terapêuticas que não a farmacológica, reorientando opções de tratamento. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introduction: The Psychosocial Care Centres (CAPS) are services of daily attention, which enables to the outpatients, the daily permanence of mental health users in the service and attention to the crisis. It has as main characteristic the users’ integration to a social and concrete cultural environment. Designates as its territory, the city space where it develops the daily life of patients and families. Objective: To describe the concepts that the staff has in relation to the rational use of medicines (URM). Method: The study followed a descriptive model, exploratory, quantitative with the workers of the CAPS I from Lajeado-RS and the sample was intentional. The participants were workers who performed therapeutic intervention directly with patients, and the groups were composed of the following professionals: doctors, nurses, psychologists, social workers, occupational therapists, physical educators, nursing technicians, a musician and a person working in a workshop. The data was collected in two steps: 1) Short interview to approach; 2) Focal group to identify attitudes and perceptions. After completion of the first step of recruitment, there was obtained the total number of 15 participants. The discourses were transcribed and the data were analysed by the method of "content analysis". The project was approved by the Ethics Committee of Federal University of Rio Grande do Sul under No. 850924. Results and Discussion: Only one professional replied that did not know about rational use of medicines. From the discourses of focal groups emerged 32 categories of initial analysis and of these, it was extracted six final categories: “medicalization of the society”, “the health system structure”, “factors that interfere in mental health”, “staff conceptions of need for medication”, “suggestions of practices to demedicalization” and “professional qualification and the need to the health service”. The medicine appeared in discourses as an element which permeates several situations that are daily in the CAPS. In relation to the held practices to the URM, in addition to those related to private practices to certain professions, especially to the nursing and medicine. The most prevalent in the narratives were those that are transversal to healthcare professionals who require lightweight technologies, i.e. the user’s welcome to the service where the core technology is listening. It was noticed that each different individual brings a different meaning to the medicine, permeated for their worldview, thoughts and influences from their background, thus assuming different roles within the society, justifying different views on the health care professionals group. Permanent education appeared as a strategic element to bring to the scene of professional practice a collective reflection, capable of transforming practices, as those that attempt to the rational use of medicines and the academic education that privileges other treatment than pharmacological, reorienting treatment options. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Assistência farmacêutica | pt_BR |
dc.subject | Rational use of medicines | en |
dc.subject | Uso racional de medicamentos | pt_BR |
dc.subject | Medicalization | en |
dc.subject | Saúde mental | pt_BR |
dc.subject | Mental health | en |
dc.title | Percepções e práticas de uma equipe de um centro de atenção psicossocial acerca do uso racional de medicamentos | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001076392 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Farmácia | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2015 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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Ciências da Saúde (9066)