Brazilian dentistry courses facing the COVID-19 pandemic

Abstract

The study aimed to analyze the situation of Brazilian dental education considering the exceptionality of the COVID-19 pandemic. An observational and analytical study was carried out with two cross-sections, through questionnaires sent to all course coordinators in Brazil, in the 1st semester of 2020 and in March 2021. At the beginning of the pandemic, the institutions stopped their in-person activities. There was a significant association between private institutions and the provision of remote classes and the use of these resources before the pandemic. The public sector was associated with not giving distance classes and not using these resources previously. Public institutions had a greater degree of difficulty in the use and access to technologies for online activities by teachers and students, as well as a lower degree of preparation in relation to biosafety protocols for the resumption of clinical activities. Impacts were identified in different dimensions of dental training related to the development of practical activities and the establishment of new biosafety protocols. Almost all private courses did not suspend activities or did so for less than a month and resumed clinical or laboratory activities at some point in the researched period, while public institutions needed an average of 5 months for such reorganization. The COVID-19 pandemic substantially increased the use of digital resources in Brazilian dental education. There are financial limitations in the public sector to adapt the infrastructure to the requirements of current biosafety protocols. In general, students are receiving support from the institution and coordinators have identified negative impacts in different dimensions of dental education, notably in the establishment of new biosafety protocols, adequacy of the physical structure and the teaching-learning process.

O estudo teve como objetivo analisar a situação da educação odontológica brasileira considerando a excepcionalidade da pandemia COVID-19. Foi realizado um estudo observacional e analítico com dois cortes transversais, por meio de questionários enviados a todos os coordenadores de curso no Brasil, no 1º semestre de 2020 e em março de 2021. No início da pandemia, as instituições interromperam as atividades presenciais. Houve associação significativa entre as instituições privadas e a oferta de aulas remotas e o uso desses recursos antes da pandemia. O setor público foi associado a não ministrar aulas a distância e não utilizar esses recursos anteriormente. As instituições públicas apresentaram maior grau de dificuldade no uso e acesso às tecnologias para atividades on-line por professores e estudantes, bem como menor grau de preparo em relação aos protocolos de biossegurança para a retomada das atividades clínicas. Foram identificados impactos em diferentes dimensões da formação odontológica relacionadas ao desenvolvimento de atividades práticas e ao estabelecimento de novos protocolos de biossegurança. Quase todos os cursos privados não suspenderam as atividades ou o fizeram por menos de um mês e retomaram as atividades clínicas ou laboratoriais em algum momento do período pesquisado, enquanto as instituições públicas necessitaram em média de 5 meses para tal reorganização. A pandemia COVID-19 aumentou substancialmente o uso de recursos digitais na educação odontológica brasileira. Existem limitações financeiras do setor público para adaptar a infraestrutura aos requisitos dos atuais protocolos de biossegurança. Em geral, os estudantes estão recebendo apoio da instituição e os coordenadores identificaram impactos negativos em diferentes dimensões do ensino odontológico, notadamente no estabelecimento de novos protocolos de biossegurança, adequação da estrutura física e processo de ensino-aprendizagem.