Validação do protocolo casa score e sua correlação a dados morfológicos e funcionais orofaciais na apneia obstrutiva do sono

Abstract

Objetivos: Criação e validação do protocolo Cheeks Appearance to Sleep Apnea score (CASA score) como triagem para apneia obstrutiva do sono (AOS), correlacionando aos dados morfológicos e funcionais da musculatura orofacial, como a espessura de língua, dos músculos masseter e bucinador, pressão de língua e bochechas. Hipótese: A aparência das bochechas prediz a AOS em sujeitos adultos, assim como indivíduos com AOS apresentam maior espessura de musculatura e declínio de pressão das estruturas orofaciais ao comparar com o grupo sem AOS. Métodos: Foi dividido em duas fases. Na primeira etapa foram incluídos 248 participantes com queixas de transtornos de sono e avaliados por polissonografia e CASA score. Na segunda etapa, 68 participantes foram avaliados por polissonografia, CASA score, ultrassonografia de língua, dos músculos masseter e bucinador e avaliação de pressão de língua e de bochechas. Resultados: CASA score apresentou desempenho adequado como preditor AOS na população avaliada – resultados de validação apresentam área sob a curva ROC de 0,89, sensibilidade 87% e especificidade 82%. Sujeitos com AOS apresentam maior espessura de músculos masseter e bucinador; entretanto, não houve diferença na espessura máxima de língua. Em relação à pressão de língua e de bochechas não houve significância estatística. CASA score se correlacionou à espessura do músculo masseter. Conclusão: CASA score é uma adequada nova ferramenta para predizer AOS em adultos. Sujeitos com AOS apresentam maior pontuação no CASA score, musculatura mais espessa dos músculos masseter e bucinador, porém nenhuma diferença em relação à espessura máxima de língua, assim como sem significância estatística em pressão de língua e bochechas ao comparado ao grupo controle.

Objectives: Development and validation of Cheeks Appearance to Sleep Apnea score (CASA score) protocol to screen obstructive sleep apnea (OSA), associate to morphological and functional evaluation of orofacial musculature correlating to thickness of tongue, masseter and buccinator and tongue- and cheeks-generated pressure evaluations. Hypothesis: The cheeks appearance predicts OSA in adults’ subjects and individuals with OSA present greater thickness of musculature and decrease of the pressure of orofacial structures in comparison to non-OSA subjects. Methods: It was divided in two parts. The first part included 248 participants: polysomnography and CASA score evaluations. The second part, 68 participants were included evaluated by polysomnography, CASA score, and ultrasonography of tongue, masseter and buccinator, tongue- and cheeks-generated pressure evaluations. Results: CASA presented an adequate performance as a predictor to OSA in the assessed sample– validation outcomes presented area under the curve AUC 0.89, sensitivity 87% and specificity 82%. OSA participants presented greater thickness of masseter and buccinator; nevertheless, tongue- and cheeks-generated mean peak pressure did not differ significantly. The findings showed that CASA score correlated to masseter thickness. Conclusion: CASA score is an adequate new tool to predict OSA in adults. OSA participants’ present grater muscle thickness on the masseter and buccinator, tongue- and cheeks-generated mean peak pressure did not differ significantly.