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dc.contributor.advisorStein, Ricardopt_BR
dc.contributor.authorFranzoni, Leandro Tolfopt_BR
dc.date.accessioned2022-05-24T04:45:15Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/239008pt_BR
dc.description.abstractAs doenças cardiovasculares (DCVs) apresentam uma grande prevalência no Brasil. A taxa de pessoas com algum tipo de DCVs é de 6025 para cada 100 mil habitantes. O estado do Rio Grande do Sul está acima da média nacional, com um valor de 6182 para cada 100 mil habitantes (valores padronizados por idade). A incidência também é alta, com um número de 687 casos por 100 mil habitantes no Brasil. Dentre os inúmeros tipos de DCVs, podemos destacar as três mais prevalentes, sendo elas a doença isquêmica do coração (DIC), acidente vascular cerebral (AVC) e a insuficiência cardíaca (IC). A IC em especial pode ser considerada uma síndrome complexa, de diagnóstico clínico, a qual pode estar relacionada com a maioria das DCVs, por exemplo um infarto agudo do miocárdio (IAM) que leva a um remodelamento cardíaco causando insuficiência na contratilidade do miocárdio. Abordaremos em especial a insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr), a qual possui prognóstico preservado quando o paciente adere ao tratamento farmacológico. No entanto, em alguns casos, o prognóstico é ruim e há risco de óbito, e em casos de doença terminal, o transplante cardíaco (TxC) pode ser indicado. O paciente com ICFEr apresenta uma redução na fração de ejeção, ou seja, o débito cardíaco (DC) pode estar comprometido contribuindo para a intolerância ao esforço. Com avanço tecnológico, diversas ferramentas surgiram com o intuito de auxiliar no diagnóstico e no tratamento. Avaliar o DC em tempo real é uma tecnologia disponível e acessível, por meio da cardioimpedânicia de sinal morfológico (SM-ICG). A vantagem desse método é que por não ser invasivo, pode ser associado a outros testes com a intenção de aumentar quantitativamente e qualitativamente as informações para o acompanhamento do paciente com ICFEr. Alguns estudos avaliam indivíduos com ICFEr utilizando o SM-ICG durante o teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), no entanto, para nosso conhecimento, ainda não foi demonstrado a resposta da aceleração e desaceleração do DC ao TC6M, duas importantes variáveis que estão diretamente relacionadas com a intolerância ao esforço. Portanto, o objetivo principal da tese foi avaliar a resposta da aceleração e desaceleração do DC ao TC6M, comparando os resultados entre indivíduos saudáveis e com ICFEr. Por sua vez, desenvolvemos três estudos: 1º - Signal-morphology impedance cardiography responses during the six-minute walk test in heart failure with reduced ejection fraction: a case-control study; 2º - Aerobic exercise and telomere length in patients with systolic heart failure: protocol study for a randomized controlled trial; 3º - Cytokines responses after aerobic training in heart transplant recipients: a systematic review and meta-analysis. Traremos os principais resultados dos três artigos. Para o primeiro artigo, o qual tange o objetivo principal da presente tese, encontramos valores semelhantes para a idade na comparação entre os grupos (ICFEr, 64±8 anos; controle saudável, 65±5 anos; P=0,66). A aceleração do DC diferiu significativamente entre os grupos (P<0,01), em favor dos controles. Em contraste, a desaceleração do CO não diferiu entre os grupos (P=0,07). Houve diferenças significativas no volume sistólico (VS), DC e índice cardíaco entre os grupos, especialmente para os valores de pico (P<0,01). A regressão linear mostrou prejuízo na contribuição do VS (22,9% versus 57,4% no controle) para a alteração do DC na ICFEr, como esperado. O segundo artigo tem como temática um estudo de protocolo para condução de um ensaio clínico randomizado (ECR), o qual apresenta todo racional teórico e metodológico do ECR. O estudo de protocolo é sobre todos métodos por trás de um treinamento aeróbio e seus possíveis efeitos no comprimento dos telômeros em indivíduos com ICFEr. Para a condução do ECR, homens e mulheres entre 50-80 anos serão recrutados e alocados em dois diferentes grupos: um que fará treinamento aeróbio de intensidade moderada (TAIM) e um grupo controle sham. Comprimento dos telômeros, capacidade funcional, variáveis ecocardiográficas, função endotelial e velocidade autosselecionada serão avaliados antes e após 16 semanas de intervenção (32 sessões). Esse estudo de protocolo é fundamental para o prosseguimento do ECR, onde será possível discutir com a literatura e por meio de peer-review sobre todo racional teórico antes de iniciar a intervenção. Compreender o papel do exercício físico no envelhecimento biológico em pacientes com ICFEr é relevante. Devido à senescência celular, esses indivíduos apresentam um menor comprimento de telômero. TAIM pode retardar o envelhecimento biológico de acordo com um equilíbrio no estresse oxidativo por meio da ação antioxidante. Resultados positivos para o comprimento dos telômeros são esperados para o grupo de TAIM. O terceiro artigo aborda um outro cenário de paciente: o que sofre TxC, o qual está diretamente relacionado com a ICFEr. Nesse último artigo, abordamos a relação entre o treinamento físico e a modulação no sistema inflamatório em indivíduos pós-TxC, por meio de uma revisão sistemática com metanálise. Nesse estudo encontramos que o grupo de realizou treinamento aeróbio apresentou uma redução na interleucina-6 (IL-6) em comparação com o grupo controle (Effect size - ES: -0,53; Intervalo de confiança – IC95%: 0,99 a -0,06 pg/ml; P = 0,026). No entanto, o treinamento físico não mostrou efeito significativo nos níveis de fator tumoral de necrose-alfa (TNF-alfa) e na adiponectina (adpN) (ES: -0,33; IC95%: -0,79 a 0,13; P = 0,16 e ES: -0,20; IC95%: -0,70 a 0,30 pg/ ml; P = 0,444, respectivamente). Por fim, todos artigos tem uma temática central: cardiologia e exercício físico. Os dados apresentados são parte dos resultados encontrados nos artigos desenvolvidos no presente projeto de doutorado para apresentação da tese. É importante salientar que o exercício físico tem papel central na melhora de diferentes parâmetros do paciente cardiopata. Portanto, a nós profissionais da saúde que trabalham com exercício físico, é importante que reforcemos a sua relevância visto que essa ferramenta possui baixo custo e alta efetividade para diferentes desfechos.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectExercício físicopt_BR
dc.subjectTransplante de coraçãopt_BR
dc.subjectBiomarcadorespt_BR
dc.subjectInflamaçãopt_BR
dc.subjectInsuficiência cardíacapt_BR
dc.subjectHemodinâmicapt_BR
dc.subjectBiologia molecularpt_BR
dc.titleHemodinâmica não-invasiva, biologia molecular e marcadores inflamatórios na perspectiva do exercício físico : da insuficiência cardíaca ao transplante cardíacopt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001140065pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovascularespt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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