Sheep ingestive behavior and tannin selection in pampa grassland and feedlot

Abstract

The Pampa grassland biome has high plant biodiversity, some with significant secondary compound concentrations such as tannins. Tannin inclusion in ruminant diets may improve meat quality and productivity. However, voluntary intake of this phenolic compound can be a challenge. This dissertation includes three studies within this context. The first study documented whether sheep consume tannin-rich Desmodium incanum (DI), the most common Pampa herbaceous legume species. The second study evaluated how forage tannin and protein concentration influenced sheep feedlot feed selection and the diet affects performance parameters. The third study evaluated sheep feeding behavior in a Pampa native pasture, and how season, sward characteristics and parasite infection influenced it. Tagging individual DI plants allowed identification of those sheep consumed. After 3 days of grazing, >70% were grazed. In the second study, feed intake decreased when tannin was added alongside a high-protein feed. However, when tannin- free feed was not a choice, the 4% tannin extract inclusion did not affect feed intake, aside from decreasing blood urea nitrogen and increasing fecal nitrogen excretion. Average daily gain was not affected by the inclusion of tannins. Fall grazing time was greater, while spring and summer showed no difference. Ruminating time decreased with season progression: spring > summer> fall. There was a moderate positive correlation between dead material percentage in the pasture and grazing time (P < 0.000, r = 0.462), and a moderate negative correlation between dead material and ruminating time (P < 0.000, r = -0.488). When managed correctly, Pampa offers optimal conditions for sustainable sheep farming, producing high-quality meat resulting from forage tannin ingestion. Further studies are encouraged to address DI tannin intake influence on sheep performance.

O campo nativo do bioma Pampa possui grande biodiversidade de plantas, algumas das quais com concentrações significativas de compostos secundários, como taninos. A inclusão de taninos na dieta de ruminantes pode melhorar a qualidade e a produtividade da carne. No entanto, a ingestão voluntária desse composto fenólico ainda é um desafio. Esta tese inclui três estudos dentro deste contexto. O primeiro estudo questionou se os ovinos consomem a tanífera Desmodium incanum (DI), a espécie de leguminosa mais comum no Pampa. O segundo estudo avaliou como a seleção da dieta em ovinos é influenciada pela concentração de taninos e proteínas, além de avaliar os efeitos da dieta escolhida em parâmetros de desempenho. O terceiro estudo avaliou o comportamento alimentar de ovinos em pastagem nativa do Pampa, e como ele é influenciado pela estação do ano, características do pasto e infecção parasitária. O pastejo de DI foi observado através do método de plantas marcadas. Após três dias de pastejo pelo menos 70% das plantas foram pastejadas. No segundo estudo, o consumo diário total diminuiu quando o tanino foi adicionado à ração preferida, com alto teor de proteína. No entanto, quando a alimentação isenta de tanino não foi uma opção, a inclusão de 4% extrato de tanino não afetou o consumo diário total, além de diminuir nitrogênio ureico do sangue e aumentar excreção de nitrogênio fecal. Ganho médio diário não foi afetado pela adição de tanino. O tempo de pastejo foi maior no outono, enquanto a primavera e o verão não apresentaram diferença. O tempo de ruminação diminuiu com a duração da luz do dia: o valor da primavera foi maior que o do verão, que foi maior do que o do outono. Houve uma correlação positiva moderada entre a porcentagem de material morto no pasto e o tempo percentual de pastejo (P<0,000, r = 0,462), e uma correlação negativa moderada entre o material morto e o tempo de ruminação (P<0,000, r = -0,488). Quando bem manejado, o campo nativo do bioma Pampa oferece condições ótimas para a ovinocultura sustentável, produzindo carne de alta qualidade, resultante da ingestão de taninos no pasto. Mais estudos são encorajados a abordar o efeito da ingestão de taninos de DI nos resultados de desempenho.