Magmatismo ambiental da transição Aptiano-Albiano no testemunho Poggio Le Guaine, Itália Central

Abstract

A formação pelágica Marne a Fucoidi, pertencente a Bacia de Umbria-Marche (Itália Central), é um dos registros mais preservados, do limite Aptiano-Albiano, que marca as perturbações oceânicas associadas ao Evento Anóxico Oceânico (EAO) 1b. A perturbação no ciclo do carbono durante o EAO 1b está associada a episódios de vulcanismo intensos no Platô Sul de Kerguelen (SKP). Entretanto, a causa e o efeito sugeridos para o EAO 1b permanecem desconhecidos. Evidências sedimentológicas e paleontológicas sugerem que tanto as mudanças na produtividade da água de superfície quanto nas condições da água de fundo contribuíram para os padrões de sedimentação observados. Neste estudo, investigamos se as assinaturas de magnetismo ambiental preservadas nestes sedimentos podem proporcionar uma melhor compreensão paleoceanográfica da transição Aptiano-Albiano. Utilizamos técnicas de magnetismo ambiental para a investigação de mudanças na concentração magnética, composição e tamanho de grãos que ocorrem no registro magnético de alta resolução em rochas. Especulamos que as variações apresentadas nos parâmetros de magnetismo ambiental são consistentes com o aumento do aporte de material terrígeno, portanto, aumento do fornecimento de nutrientes. Esses picos podem estar relacionados com pulsos vulcânicos do SKP dentro do EAO 1b. Demonstramos que os parâmetros magnéticos ambientais podem fornecer proxies úteis para a entrada terrígena e ajudar a resolver os fatores de mudanças paleoceanográficas e paleoambiental locais e globais.

The pelagic Marne a Fucoidi Formation from the Umbria-Marche Basin (Central Italy) is one of the most preserved archive of the Aptian-Albian boundary marked by oceanic perturbations associated with Oceanic Anoxic Event (OAE) 1b. The perturbation in the carbon cycle during the OAE 1b is associated with volcanic episodes of extensively volcanism in the Southern Kerguelen Plateau (SKP). However, the cause and effect of the suggested for the OAE 1b remain unclear. Sedimentological and paleontological evidence suggests that both changes in surface water productivity and in bottom water conditions contributed to observed black-green-red sedimentation patterns. In this study we investigate if environmental magnetism signatures preserved in these sediments can provide an improved understanding of the Aptian-Albian paleoceanography. We use environmental magnetism techniques for the investigation of changes in magnetic concentration, composition, and grain size that occur in the high-resolution rock magnetic record. We speculate that systematic variations in environmental magnetism parameters are consistent with increased terrigenous input, therefore, increased nutrient supply. Spikes in terrigenous material can be related with volcanic pulses of the SKP within OAE 1b. We demonstrate that environmental magnetic parameters can provide useful proxies for terrigenous input that can help to resolve local versus global drivers of paleoenverinmental and paleoceanographic changes.