Um farmacêutico-músico e suas reflexões acerca do acolhimento em boticas, farmácias e drogarias
dc.contributor.advisor | Matos, Izabella Barison | pt_BR |
dc.contributor.author | Oliveira, Estevão Santos de | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-09-10T06:42:56Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2023 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/278625 | pt_BR |
dc.description.abstract | Justificativa: como farmacêutico e músico, elegi o tema da potência da arte nos processos de acolhimento e outros dispositivos de humanização na produção do cuidado - desde as boticas às drogarias e farmácias de hoje. Isto porque, quis refletir sobre minha iniciativa de receber clientes ao som do piano, na minha farmácia de manipulação, entre 1996 e 2017, unindo a arte e assistência farmacêutica. Contextualizando: houve um tempo em que boticas ou farmácias, além da venda de medicamentos, eram espaços de relações de sociabilidade. Mas, se ontem os dispositivos de acolhimento utilizados eram: atendimento amigável e cordial e ofertar lugar de encontro para conversas que, no conjunto, garantiam a fidelização da clientela; hoje, diante da proliferação de farmácias e drogarias e de competições de mercado (farmacêutico), os dispositivos de acolhimento são outros e com alto grau de sofisticação. Objetivo geral: analisar iniciativas que podem ser identificadas como dispositivos de acolhimento presentes historicamente em boticas, farmácias e drogarias; refletindo sobre minhas vivências como farmacêutico-músico. Processo metodológico: pesquisa com abordagem qualitativa e exploratória; que utilizou fontes documentais e bibliográficas. Contou com a observação a partir de elementos etnográficos, diário de campo e narrativas do autor. Como cenário de pesquisa: 10 farmácias e drogarias fizeram parte do estudo. Para análise e interpretação dos dados foi adotado o hermenêutico dialético. Resultados e discussão: a estratégia de tocar o piano na farmácia proporcionou uma ambiência com escuta mais qualificada, traduzida em uma potência mobilizadora por meio do piano possibilitando expressão de opiniões e promovendo um espaço relacional. Ao associar assistência farmacêutica com a arte, de certa forma, fiz uma alquimia. Para além da lógica de fidelização da clientela, a noção de integralidade na produção do cuidado, naquelas duas décadas da existência da minha farmácia, pode ser compreendida como uma proposta de saúde mais generosa. Sobre a ampliação e a fidelização da clientela, nos estabelecimentos de saúde observados, pode-se dizer que parecem estar atreladas às formas como são disponibilizados diferentes dispositivos que apresentam certo grau de sedução e parecem promover a decisão do cliente na escolha deste ou de outro local para a compra. Tais dispositivos internos e externos fornecem aos estabelecimentos uma estética mais acolhedora, maior conforto, certas facilidades que, possivelmente, revertem-se em benefícios monetários aos estabelecimentos, numa disputa de mercado consumidor. Considerações finais e aplicabilidade: para o campo da Saúde Coletiva a aplicabilidade do estudo pode ser dimensionada pela possível contribuição da abordagem do tema uma vez que confirmou-se escassa bibliografia a respeito. Ressalte-se, também, que trazer a perspectiva etnográfica para o âmbito da Saúde Coletiva – como foi realizado neste estudo - pode ser vista como uma boa contribuição no processo metodológico, demandado pela área. | pt_BR |
dc.description.abstract | Justification: As a pharmacist and musician, I chose the theme of the power of art in welcoming processes and other humanisation devices in the production of care - from apothecaries to today's drugstores and pharmacies. This is because I wanted to reflect on my initiative to welcome customers to the sound of the piano in my compounding pharmacy between 1996 and 2017, combining art and pharmaceutical care. Contextualising: there was a time when apothecaries or pharmacies, in addition to selling medicines, were spaces for sociable relationships. But while yesterday the welcoming devices used were: friendly and cordial service and offering a meeting place for conversations which, in general, guaranteed customer loyalty; today, in the face of the proliferation of pharmacies and drugstores and (pharmaceutical) market competition, the welcoming devices are different and highly sophisticated. General objective: to analyse initiatives that can be identified as reception devices historically present in apothecaries, pharmacies and drugstores, reflecting on my experiences as a pharmacist-musician. Methodological process: research with a qualitative and exploratory approach that used documentary and bibliographical sources. It relied on observation based on ethnographic elements, a field diary and the author's narratives. The research scenario included 10 pharmacies and drugstores. The dialectical hermeneutic approach was adopted to analyse and interpret the data. Results and discussion: the strategy of playing the piano in the pharmacy provided a more qualified listening environment, translated into a mobilising power through the piano, making it possible to express opinions and promoting a relational space. By associating pharmaceutical care with art, I have, in a way, performed an alchemy. Beyond the logic of customer loyalty, the notion of integrality in the production of care, in those two decades of my pharmacy's existence, can be understood as a more generous health proposal. Regarding the expansion and loyalty of customers in the healthcare establishments observed, it can be said that they seem to be linked to the ways in which different devices are made available that present a certain degree of seduction and seem to promote the customer's decision to choose this or another place to buy. These internal and external devices provide the establishments with a more welcoming aesthetic, greater comfort and certain facilities that possibly turn into monetary benefits for the establishments in a consumer market dispute. Final considerations and applicability: for the field of Public Health, the study's applicability can be gauged by the possible contribution of the approach to the subject, given that there is little literature on the subject. It should also be emphasised that bringing an ethnographic perspective to the field of Public Health - as was done in this study - can be seen as a good way of making a difference. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Farmácias | pt_BR |
dc.subject | Pharmacies | en |
dc.subject | Humanização | pt_BR |
dc.subject | Humanization | en |
dc.subject | Acolhimento | pt_BR |
dc.subject | Apothecaries | en |
dc.subject | Art in health | en |
dc.title | Um farmacêutico-músico e suas reflexões acerca do acolhimento em boticas, farmácias e drogarias | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001210174 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Escola de Enfermagem | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2023 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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