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dc.contributor.advisorSpritzer, Poli Marapt_BR
dc.contributor.authorMarchesan, Lucas Bandeirapt_BR
dc.date.accessioned2024-10-26T06:56:41Zpt_BR
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/280582pt_BR
dc.description.abstractA Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é uma endocrinopatia comum em mulheres em idade fértil e está associada a distúrbio ovulatório, hiperandrogenismo e morfologia ovariana policística, sendo frequentemente acompanhada de alterações cardiometabólicas. Entre essas alterações, destaca-se a obesidade, resistência insulínica, alterações do metabolismo de lipídios e glicose, entre outras. Os diferentes fenótipos da PCOS têm prevalência e expressão variáveis de acordo com a região estudada e se provindos de estudos com populações selecionadas ou de basepopulacional. Neste sentido, existem poucos dados sobre a prevalência de obesidade e gravidade das alterações cardiometabólicas associadas à PCOS em mulheres na América Latina e a maioria desses dados encontra-se em pequenos estudos de alguns países desta região. A obesidade, presente em 70-80% das pacientes com PCOS mundialmente, exacerba as alterações cardiometabólicas e contribui para a infertilidade, ansiedade e depressão. Assim sendo, a sua abordagem é um dos pilares fundamentais no manejo da PCOS, melhorando desfechos metabólicos, de fertilidade e de qualidade de vida. No estudo 1 foram compilados, através de uma revisão sistemática, dados de 41 estudos da América Latina, com tamanhos das amostras variando de 10 a 288 no grupo PCOS e 10 a 1500 no grupo controle. A prevalência dos fenótipos A e B (PCOS clássica) variou de 65,8% a 87,5%, conforme relatado em estudos da Argentina, Brasil e Chile. A prevalência de síndrome metabólica variou de 33,3% a 44,0% para o fenótipo A, de 15,0% a 58,0% para o fenótipo B, de 11,9% a 36,0% para o fenótipo C e de 14,2% a 66,0% para o fenótipo D. As mulheres com PCOS apresentaram maior índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, pressão arterial, glicose e maior resistência insulínica (HOMA-IR), bem como um perfil lipídico mais adverso do que aquelas sem PCOS. A obesidade esteve associada ao diagnóstico de PCOS na maioria dos estudos, reforçando sua importância na expressão fenotípica na região. No estudo 2, realizamos um ensaio clínico randomizado duplo-cego, controlado por placebo, com o objetivo de verificar o efeito de adicionar topiramato à metformina, em conjunto com uma dieta hipocalórica, em mulheres com PCOS e obesidade ou sobrepeso acompanhado de alterações metabólicas. Neste estudo, foram incluídas 31 participantes no grupo metformina (MTF) + placebo (P) e 30 no grupo MTF+ topiramato (TPM). O grupo MTF+TPM apresentou maior perda de peso média em 3 meses (-3,4% vs. -1,6%, p=0,03) e 6 meses (-4,5% vs. -1,4%, p=0,03). Ambos os grupos melhoraram androgênios, lipídios e escores psicossociais. As participantes com perda de peso ≥3% aos 6 meses melhoraram o escore de Ferriman modificado (mFGS), (8,4 para 6,5, p=0,026). Parestesia, geralmente leve e transitória, foi mais comum no grupo MTF+TPM (23,3% vs. 3,2%, p=0,026). Portanto, os dados do primeiro estudo indicam um pior perfil cardiometabólico nas mulheres com PCOS na América Latina em relação a mulheres sem PCOS e enfatizam o impacto negativo da obesidade na modulação desse perfil. Também evidenciam uma carência de estudos em várias regiões da América Latina, onde dados de prevalência e do perfil cardiometabólico ainda não estão disponíveis. No segundo estudo, observou-se a importância da perda de peso na melhora do perfil cardiometabólico e hiperandrogênico das mulheres com PCOS. Em uma era onde novas medicações efetivas para o tratamento da obesidade têm surgido, o uso da metformina associada ao topiramato e uma dieta hipocalórica, mostrou-se uma opção efetiva, bem tolerada e de baixo custo para essas pacientes.pt_BR
dc.description.abstractPolycystic ovary syndrome (PCOS) is a common endocrinopathy in women of childbearing age and is associated with ovulatory disorders, hyperandrogenism and polycystic ovarian morphology, and is often accompanied by cardiometabolic alterations. These changes include obesity, insulin resistance, changes in lipid and glucose metabolism, among others. The different phenotypes of PCOS vary in prevalence and expression according to the region studied and whether they come from studies of selected populations or population-based studies. In this sense, there are few data on the prevalence of obesity and the severity of cardiometabolic alterations associated with PCOS in Latin American women and most of these data are found in small studies from a few countries in this region. Obesity, present in 70- 80% of PCOS patients worldwide, exacerbates cardiometabolic alterations and contributes to infertility, anxiety and depression. Therefore, its approach is one of the fundamental pillars in the management of PCOS, improving metabolic outcomes, fertility and quality of life. In study 1, data from 41 Latin American studies were compiled through a systematic review, with sample sizes ranging from 10 to 288 in the PCOS group and 10 to 1500 in the control group. The prevalence of phenotypes A and B (classic PCOS) ranged from 65.8% to 87.5%, as reported in studies from Argentina, Brazil and Chile. The prevalence of metabolic syndrome ranged from 33.3% to 44.0% for phenotype A, from 15.0% to 58.0% for phenotype B, from 11.9% to 36.0% for phenotype C and from 14.2% to 66.0% for phenotype D. Women with PCOS had a higher body mass index (BMI), waist circumference, blood pressure, glucose and higher insulin resistance (HOMA-IR), as well as a more adverse lipid profile than those without PCOS. Obesity was associated with the diagnosis of PCOS in most studies, reinforcing its importance in phenotypic expression in the region. In study 2, we conducted a randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial with the aim of verifying the effect of adding topiramate to metformin, in conjunction with a low-calorie diet, in women with PCOS and obesity or overweight accompanied by metabolic alterations. In this study, 31 participants were included in the metformin (MTF) + placebo (P) group and 30 in the MTF+ topiramate (TPM) group. The MTF+TPM group showed greater mean weight loss at 3 months (-3.4% vs. -1.6%, p=0.03) and 6 months (-4.5% vs. -1.4%, p=0.03). Both groups improved androgen, lipid and psychosocial scores. Participants with weight loss ≥3% at 6 months improved their modified Ferriman score (mFGS), (8.4 to 6.5, p=0.026). Paresthesia, generally mild and transient, was more common in the MTF+TPM group (23.3% vs. 3.2%, p=0.026). Therefore, the data from the first study indicate a worse cardiometabolic profile in women with PCOS in Latin America compared to women without PCOS and emphasize the negative impact of obesity in modulating this profile. They also highlight the lack of studies in various regions of Latin America, where data on prevalence and cardiometabolic profile are not yet available. The second study showed the importance of weight loss in improving the cardiometabolic and hyperandrogenic profile of women with PCOS. In an era where new effective medications for the treatment of obesity 10 have emerged, the use of metformin combined with topiramate and a low-calorie diet has proved to be an effective, well-tolerated and low-cost option for these patients.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSíndrome do ovário policísticopt_BR
dc.subjectPolycystic ovary syndromeen
dc.subjectObesidadept_BR
dc.subjectLatin Americaen
dc.subjectObesityen
dc.subjectMetabolismopt_BR
dc.subjectMetforminapt_BR
dc.subjectCardiometabolic changesen
dc.subjectTopiramatopt_BR
dc.subjectFatores de risco cardiometabólicopt_BR
dc.subjectAmérica Latinapt_BR
dc.titleObesidade e alterações metabólicas em mulheres com a síndrome dos ovários policísticos : distribuição na América Latina e ensaio clínico randomizado com metformina e topiramatopt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001213126pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2024pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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