Taxonomia de problemas em design para a saúde

Abstract

Este artigo expõe e documenta o desenvolvimento de uma taxonomia para a classificação de problemas em Design para a Saúde. Sabe-se que as áreas do design e da saúde são distintas quanto às formas de produção de conhecimento e de atuação, mas, também, que são complementares, uma vez que o design tem potencial de resolução de problemas complexos. Assim como a procura por conhecimentos específicos do design por parte de instituições e profissionais da saúde, a pesquisa em Design para a Saúde (DPS) está em evidência nos últimos anos, sendo tema central de periódicos e grupos de pesquisa em diferentes países, com destaque para assuntos como produtos de tecnologia assistiva, acessibilidade e desenvolvimento de produtos em geral. Contudo, lacunas podem ser percebidas quanto ao desenvolvimento da temática: as produções são, na sua maioria, independentes, nem sempre são vinculadas ao Design para a Saúde, e, além disso, há pouca literatura que embase a temática, não estando claramente estabelecidas as relações entre as áreas. Como forma de contribuir para a consolidação do DPS como grande área de concentração de pesquisa, desenvolveu-se uma taxonomia fundamentada no sistema de classificação facetada e nos Níveis de Atenção à Saúde que baseiam a organização dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Como procedimentos metodológicos, adotou-se a pesquisa bibliográfica e duas Revisões Sistemáticas da Literatura para o mapeamento de termos, e um passo-a-passo específico elaborado para a construção da proposta de classificação. Ao final, é apresentada como resultado a Taxonomia de Problemas em Design para a Saúde, um sistema de classificação com quatro classes principais desdobradas em subclasses e renques que delineiam o problema conforme Ordem, Público-alvo, Local de ocorrência e Tipo de atendimento. Espera-se que a taxonomia esclareça as relações entre design e saúde, contribua para a unificação da pesquisa na área do DPS e, além disso, seja ferramenta empregada por designers e pesquisadores para clarificar os problemas e auxiliar no planejamento metodológico da problematização.

This article exposes and documents the development of a taxonomy to classify problems in Design for Health. It is know that both design and health areas are different when it comes to knowledge production and professional performance, but that they are complementary as well, once design has potential to solve complex problems. So as the search for specific design knowledge by health institutions and professionals, Design for Health research is in evidence in recent years, being main theme in journals and research groups in different countries, with emphasis in subjects such as assistive technology products, accessibility and product development in general. However, gaps can be perceived regarding Design for Health development: the prodcuctions are, mostly, independent, not Always related to Design for Health, and, besides, there is a lack of literature that supports the theme, and the connection between the areas are not clearly established. Aiming to contribute to Design for Health’s consolidation as a major área to research development, a taxonomy has been built based on faceted classification system and the Healthcare Levels that support te services offered by the Sistema Único de Saúde (SUS). As methodological procedures, bibliographical research and two Systematic Literature Reviews were adopted to map terms, and a specific step-by-step developed to build the proposed classification. At the end, it is presented as result the Taxonomy for Problems in Design for Health, a classification system With four principal classes splitted into subclasses and ranks that outline the problem according to Order, Target audience, Place of occurence and Type of service. It is expected that the taxonomy clarifies the connections between design and health, contibutes to the unification of the research area ad, besides, works as a tool to be used by designers and researchers to clarify the problems and help the problematization’s methodological planning.