Fazer crer, fazer sentir : o Museu Julio de Castilhos na imprensa porto-alegrense (1974-1980)

Abstract

O trabalho aborda a relação entre o Museu Julio de Castilhos e a imprensa porto- alegrense no período de 1974-1980. O estudo justifica-se pelo ineditismo dos jornais como fontes para o estudo de Historia Institucional, da Museologia e pela comunicação museológica para além da expografia. Analisou-se o conteúdo de 254 notícias publicadas nos periódicos: Correio do Povo, Diário de Notícias, Folha da Manhã, Folha da Tarde, Jornal do Comércio e Zero Hora através das Teorias da Comunicação: o Agendamento e a Espiral do Silêncio. Os conteúdos publicados pelas notícias trouxeram visibilidade ao Museu e mostraram duas estratégias de divulgação institucional: o Trem da Cultura e o Cinema no Museu. Considerou-se que estes projetos e as demais publicações nos jornais valorizaram a imagem da instituição. Porém, não trouxeram mudanças transformadoras nem sobre o olhar e nem nas impressões do que foi publicado sobre o Museu, que permaneceu com seu papel social tradicional e vinculado às intencionalidades estatais.

This paper addresses the relationship between ‘Julio de Castilhos’ Museum and the press of the municipality of Porto Alegre in the period 1974-1980. The study is justified by the novelty of newspapers as sources for the study of Institutional History, of Museology and of the museum communication beyond expography. We analyzed the contents of 254 articles published in the following journals: ‘Correio do Povo’, ‘Diário de Notícias’, ‘Folha da Manhã’, ‘Folha da Tarde’, ‘Jornal do Comércio’ and ‘Zero Hora’ through the Communication Theories: Scheduling and the Spiral of Silence. The contents published by the news brought visibility to the museum and showed two strategies of institutional disclosure: the Culture Train and Cinema in the Museum. It was considered that these projects and other publications in newspapers added value to the image of the institution. However, they did not bring about transformative changes neither about its image nor about the impressions of what was published about the Museum, which remained with its traditional social role and linked to state intentions.