Variabilidade da pressão arterial : desempenho de diferentes métodos de avaliação e relação com desfechos cardiovasculares
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Data
2016Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Resumo
Admite-se que a variabilidade da pressão arterial (PA) tem correlação direta com eventos cardiovasculares e o desenvolvimento de lesão em órgãos alvo. Contudo, as evidências ainda são limitadas sobre a utilização da variabilidade da PA como objetivo terapêutico anti-hipertensivo. Além disso, permanecem lacunas a respeito da real associação, independente das médias pressóricas ou outros fatores de confusão, entre os diferentes índices de variabilidade da PA obtidos pela monitorização ambulatoria ...
Admite-se que a variabilidade da pressão arterial (PA) tem correlação direta com eventos cardiovasculares e o desenvolvimento de lesão em órgãos alvo. Contudo, as evidências ainda são limitadas sobre a utilização da variabilidade da PA como objetivo terapêutico anti-hipertensivo. Além disso, permanecem lacunas a respeito da real associação, independente das médias pressóricas ou outros fatores de confusão, entre os diferentes índices de variabilidade da PA obtidos pela monitorização ambulatorial de pressão arterial de 24 horas (MAPA-24h) e dano cardiovascular, além de ainda não existir critérios de normalidade para estes índices. Por esta razão, sua aplicabilidade clínica ainda não está totalmente definida na avaliação do risco cardiovascular mesmos em indivíduos de alto risco (hipertensos e diabéticos, por exemplo). No presente trabalho realizamos uma revisão sistemática com metanálise de estudos observacionais objetivando avaliar a associação entre a variabilidade da PA aferida por diferentes índices e métodos de monitorização da PA e a ocorrência de desfechos cardiovasculares e desenvolvemos um estudo transversal que analisou a associação entre diferentes parâmetros de variabilidade pressórica incluindo índice “time rate” aferido por MAPA-24h e parâmetros ecocardiográficos em indivíduos com hipertensão e diabetes mellitus. A revisão sistemática e metanálise incluiu estudos prospectivos que utilizavam alguma medida de variabilidade da PA a curto prazo (nas 24h) e a muito curto prazo (batimento a batimento) obtidos pela MAPA-24h e registros contínuos da PA. Os desfechos primordiais foram: mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular e eventos cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica. Os desfechos substitutos escolhidos foram: hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e comprometimento da função renal. Observou-se grande diversidade entre os estudos disponíveis nos protocolos variabilidade da PA, nos índices selecionados para quantificar a variabilidade da PA e nos desfechos utilizados para a avaliação. Os resultados vão ao encontro das recomendações da Sociedade Europeia de Hipertensão a qual preconiza que a variabilidade da PA a curto prazo dentro de 24 h pode ser considerada para a estratificação de risco em estudos populacionais e de coorte mas questões fundamentais permanecem sem resposta. No estudo transversal avaliamos a associação entre a variabilidade da PA medida pelos índices da MAPA 24h e variáveis ecocardiográficas em 305 pacientes hipertensos e diabéticos. O índice time-rate o qual é obtido pela MAPA-24-h e indica a variação pressórica a cada medida ao longo do tempo, não se associou independentemente com variáveis ecocardiograficas no modelo linear múltiplo quando ajustado para idade, MAPA 24h, duração do diabetes e HbA1c. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares.
Coleções
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Ciências da Saúde (9127)
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