Uso do espaço por pequenos mamíferos não voadores em floresta ombrófila mista no sul do Brasil
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Data
2012Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
O uso do espaço é definido como a quantidade, a qualidade e a intensidade de exploração do habitat por um indivíduo, onde área e intensidade de uso, estratificação vertical e mobilidade são alguns dos atributos que podem ser avaliados. A Floresta Ombrófila Mista possui no seu elemento dominante, a araucária, uma das principais fontes de recurso (pinhão) para muitas espécies, inclusive os pequenos mamíferos. Entretanto, são poucas as informações sobre o uso do espaço pelos pequenos mamíferos nes ...
O uso do espaço é definido como a quantidade, a qualidade e a intensidade de exploração do habitat por um indivíduo, onde área e intensidade de uso, estratificação vertical e mobilidade são alguns dos atributos que podem ser avaliados. A Floresta Ombrófila Mista possui no seu elemento dominante, a araucária, uma das principais fontes de recurso (pinhão) para muitas espécies, inclusive os pequenos mamíferos. Entretanto, são poucas as informações sobre o uso do espaço pelos pequenos mamíferos nesse ambiente, assim como não há estudos que avaliem a relação entre a disponibilidade de alimento e os movimentos efetuados pelos animais. Os objetivos deste trabalho foram comparar os atributos área e intensidade de uso, estratificação vertical e mobilidade entre as espécies de pequenos mamíferos e avaliar como a disponibilidade de pinhões influencia estes atributos. A área de estudo foi a Floresta Nacional de São Francisco de Paula, onde foram demarcadas oito grades em áreas de floresta nativa, sendo que em quatro dessas grades foram removidos os pinhões (grades remoção) e nas outras quatro não (grades controle). Em cada uma das grades foram realizadas seis sessões de captura-marcação-recaptura de pequenos mamíferos, com cinco noites de duração, no período de março de 2010 a fevereiro de 2011. Akodon montensis e Delomys dorsalis foram as espécies mais capturadas no estudo. Os machos de ambas as espécies movimentaram-se por áreas e distâncias maiores que as fêmeas, indicando que seus movimentos possivelmente são mais influenciados pela atividade reprodutiva, enquanto que para as fêmeas a disponibilidade de alimento teria maior influência. Esse resultado se confirma no período de produção de pinhões, onde somente as fêmeas alteraram seus movimentos, utilizando áreas maiores nas grades remoção. Na estratificação vertical foi possível verificar diferentes espécies utilizando os estratos da vegetação, sendo que no período de maior abundância de indivíduos e escassez de recursos, os estratos foram explorados diferentemente. A disponibilidade de pinhões influenciou tanto os movimentos das fêmeas das espécies estudadas quanto a estratificação vertical, reforçando a importância deste recurso para estas espécies. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal.
Coleções
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Ciências Biológicas (4087)Biologia Animal (410)
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