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dc.contributor.advisorCarvalhal, Tania Francopt_BR
dc.contributor.authorOliveira, Ubiratan Paiva dept_BR
dc.date.accessioned2007-06-06T17:14:38Zpt_BR
dc.date.issued1996pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/1448pt_BR
dc.description.abstractPartindo de duas questões teóricas preliminares, uma, da representação (literária e cinematográfica)do real e do imaginário, tanto no ângulo da produção como no da sua recepção e, a outra, da articulação entre formas de expressão artísticas distintas, ou seja, da interdisciplinaridade, este trabalho examina a presença do tema relativo aos limites entre realidade e fantasia no teatro, no cinema e na literatura, centrando sua atenção na obra de Harold Pinter. Consta de duas partes, cada uma com três capítulos. Na primeira, "Os pressupostos," discute-se as questões que fornecem seu substrato teórico. A segunda é dedicada ao corpus, identificando em seu título o tema investigado: "Os limites da realidade." Quanto à questão da representação, procura-se refutar "a afirmação de que a arte seja uma imitação da realidade. Uma releitura da Poética, de Aristóteles, reforçada pela opinião de diversos estudiosos da mesma, permite afirmar que a mÍmese corresponde, isto sim, a uma representação que envolve uma construção em que elementos da realidade são organizados segundo uma verdade criada pela própria obra, de acordo com critérios inerentes a ela. Além disso, através de uma leitura de Kathryn Hume, procura-se afirmar a interação sinestésica quase que permanente dos impulsos realista e da fantasiana literatura, identificando os tipos com que a fantasia se manifesta e as técnicas usadas para sua criação. A primeira parte encerra-se com um exame do relacionamento da literatura com as artes visuais e dramáticas, relações inter-disciplinares que situam este trabalho na literatura comparada.Dentre vários autores cujas obras contribuem para tal fim, destaca-se Martin Esslin, que estabelece os limitesde cada uma das artes dramáticas, identifica contatos delas com a literatura e permite, através de uma leitura de seu estudo sobre o teatro do absurdo, seja estabelecida a evolução que liga Aristóteles a Pinter. O corpus centra-se na obra de Pinterpara o teatro e para o cinema, sem limitar-se a ela,pois são também analisadas obras de outros escritores e cineastas, estabelendo-se aproximações ou contrastes entre elas. No quarto capítulo estão agrupadas obras nas quais desponta a imposição de verdades pela força fisica ou verbal. A luta pelo poder, a expulsão de elementos estranhos, dúvidas sobre a identidade e a inter-penetrablidade arte-vida caracterizam o capítulo seguinte. A ênfase temática do sexto capítulo recai sobre as limitações impostas pela condição humana. Praticamente todas as obras expressam a impossibilidade da existência de certezas absolutas e de uma perfeita distinção dos limites da realidade. Com isso, é possível afirmar não ser o objetivo da arte reproduzir a realidade. Mesmo que o fosse, tal tentativa resultaria infrutífera devido às limitações humanas.pt_BR
dc.description.abstractThis work examines the presence of the theme concerning the limits between reality and fantasy in the theatre, cinema, and in literature, focusing on the work of Harold Pinter. It departs from two basic theoretical questions, that of representation (literary and cinematographic) of the real and the imaginary, from the angle of its production and from its reception, and that of the articulation between different means of artistic expression, that is, of interdisciplinarity, In "ThePresuppositions,"the first of the two parts comprising three chapters, the questions which provide its theoretical substratum are discussed. In "The Limits of Reality,"the theme is identified and the corpus examined. Concerning representation,it is the aim of this work to try and deny the concept which says that art is an imitation of reality. A rereading of Aristotle's Poetics, reinforced by the opinion of several of its exegetes,has made it possible to state that his mimesis actually corresponds to a representation which consists of a construction in which elements from reality are organized according to the truth created by the work itself: following its own criteria.Furthermore, through Kathryn Hume, there is an attempt to show the almost permanent synergistic interaction of impulses from realism and fantasy in literature, identifying the types through which fantasy is manifested as well as the techniques used to create it. The first part ends with an investigation of the interdisciplinary relations involving literature, drama and the visual arts, thus placing this study in the realm of comparative literature. Among several authors whose works add to achieve this goal, a special role is reserved to Martin Esslin,who shows the limits of each kind of drama and points out their contacts with literature,and allows,through a reading of his study of the theatre of the absurd, to identify the evolutionary line which leads from Aristotle to Pinter. The corpus is centred on Pinter's works for the theatre and for the cinema, without limiting itself to it, for works by other writers and filmmakers are also analysed, when similaritiesor contrasts between them are pointed out. In chapter four are grouped the works whichare linkedby the common presence of the imposition of truths through physicalor verbal strength. The struggle for power, the expulsion of strange elements, the uncertainty about people's identities,and the difficulty to establish limits between life and art characterize the following chapter. The thematic emphasis of chapter six is placed on the limitations imposed by the human condition. Practically all the works analysed express the impossibility of the existence of absolute certainties and of a perfect distinction of the limits of reality. It is therefore possible to state that the aim of art is definitely not to copy reality. Even if it were, such an attempt would inevitablybe jeopardized by human limitations.en
dc.description.abstractAyant comme point de départ deux questions théoriques préliminaires,l'une, cellede Iareprésentation(littéraireet cinématographique)du réeI et de l'imaginaire,aussi sous l'angle de sa production que sous celui de sa réeeption et, l'autre, de l'artieulation entreformesd'expression artistiques diverses, elest à dire, de l'interdisciplinarité, cette oeuvreexamineIapréseneedu theme concemantIes limites entre réalité et fantaisie dans Ie théâtre, Ie cinémaet Ia littérature,ayanteommecentrede l'attention l'oeuvre de Harold Pinter.Elle se compose de deux parties, chaqu'une avec trois chapitres. Dans Ia premiere, "Les présupposés," on discute Ies questions qui constituent son substrat théorique. La deuxieme est dédiée au corpus, identifiant Ie theme dans son titre: "Les limites de Ia réalité." Quant à Ia questjon de Ia représentation , on essaie de réfuter l'affinnation de que l'art soit une imitation de Ia réalité. Une relecture de Ia Poétique, d'Aristote, renforcée de l'opinion de plusieurs de ses exégetes, permet d'affumer que Ia mimesis correspond, au contraire, à une représentation qui présuppose une construction dans IaquelleIes élémentsde Ia réalitésont organisésselonunevérité créée par l'oeuvre même, suivant des eriteres qui Iui sont propres. La premierepartietermineavecun examen du rapport entre Ia littérature et Ies artsvisuelset dramatiques, des rapports interdisciplinairesqui situent cette oeuvre dans Ie domaine de Ia littérature eomparée. Parmi Ies plusieurs auteurs dont Ies oeuvres contribuent pour cela, Martin Esslin joue un rôle spéciaI, établissant Ies limites de chaqulmdes arts dramatiques,identifiantIeurs eontacts avee Ia littérature et permettant, à traversune Iecturede son étude sur Ie théâtre de l'absurde, d'établirl'évolution qui va d'Aristote à Pinter. Le corpus est centré sur l'oeuvre de Pinter pour Ie théâtre et pour Ie cinéma, sansêtre limité à cet auteur, puisque des oeuvres d'autres écrivains et cinéastes y sont aussianalysées,ce qui permet d'établir des approximations ou des contrastes entre elles. Le chapitrequatregroupe des oeuvres dansIesquellesse distingue l'imposition de vérités par Ia force physique ou verbaIe. La Iutte pour Ie pouvoir, l'expulsion des éIements étranges, Ies doutes sur l'identitédespersonnes et Ia difficultéde faire Ia distinction entre rart et Ia vie caractérisent Ie chapitre suivant. L'emphasethématique du chapitre six est posée sur Ies limitations imposées par Ia condition humaine. Pratiquement toutes Ies oeuvres anaIysées expriment l'impossibilité de rexistencede certitudesabsolueset d'une distinctionparfaite des limites de Ia réalité. Par conséquent,c'estpossibIe di affirmer que l'objectif de l'art n'est pas réproduire Ia réalité. Même s'ilIe rut, cette tentative résulterait inutile à cause des limitationshumaines.fr
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectLiteraturapt_BR
dc.titleHarold Pinter, cinema e literatura : os limites da realidadept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000187410pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date1996pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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