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Data
2017Tipo
Assunto
Resumo
Em um tom caloroso, com uma rara clarividência e sensibilidade, grande testemunha de uma época, Jacques Villeglé dá um depoimento excepcional sobre o estado da arte da crítica na França, desde meados do século XX. Recorda seus anos de formação em plena Ocupação da França pelos alemães, quando era difícil se documentar. Ser artista, ele pensava, não era uma atividade para ele, já que os críticos reacionários qualificavam então de judeus ou de degenerados os artistas mais importantes da época. El ...
Em um tom caloroso, com uma rara clarividência e sensibilidade, grande testemunha de uma época, Jacques Villeglé dá um depoimento excepcional sobre o estado da arte da crítica na França, desde meados do século XX. Recorda seus anos de formação em plena Ocupação da França pelos alemães, quando era difícil se documentar. Ser artista, ele pensava, não era uma atividade para ele, já que os críticos reacionários qualificavam então de judeus ou de degenerados os artistas mais importantes da época. Ele gostaria de ter convivido com Picasso, mesmo que o considerasse, de certo modo, seu rival. Duchamp não contara para seu trabalho; aliás, ele confessa não ter se esforçado para encontrá-lo apesar das várias oportunidades que se apresentaram. Discorre sobre sua relação com o crítico de arte e autor do manifesto do Novo Realismo, Pierre Restany, e descreve em detalhes vários traços de sua personalidade complexa. Paralelamente, revela de maneira implícita sua própria prática da descolagem dos cartazes rasgados, atividade que consistia numa ação direta na vida, de um alcance sociológico e político certo e que rompia definitivamente com a arte do cavalete. ...
Contido em
Porto arte : revista de artes visuais. Porto Alegre. Vol. 22, n. 37 (jul./dez. 2017), p. [7]-36
Origem
Nacional
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