Associação entre aspectos neurocognitivos, atencionais e antropométricos com o comportamento alimentar em indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada
Visualizar/abrir
Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: Ainda não existem resultados consistentes na literatura sobre o comportamento alimentar dos pacientes ansiosos, assim, o objetivo deste trabalho é investigar aspectos neurocognitivos, atencionais e antropométricos que podem influenciar o comportamento alimentar de indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Métodos: Sessenta e quatro indivíduos adultos com diagnóstico de TAG (média de idade= 34±12; 80% sexo feminino) participaram deste estudo transversal. Os participa ...
Introdução: Ainda não existem resultados consistentes na literatura sobre o comportamento alimentar dos pacientes ansiosos, assim, o objetivo deste trabalho é investigar aspectos neurocognitivos, atencionais e antropométricos que podem influenciar o comportamento alimentar de indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Métodos: Sessenta e quatro indivíduos adultos com diagnóstico de TAG (média de idade= 34±12; 80% sexo feminino) participaram deste estudo transversal. Os participantes realizaram medidas antropométricas em jejum. Em seguida, foram aplicados os questionários Three Factor Eating Questionnaire (TFEQ) – que avaliam os domínios Alimentação Emocional, Descontrole Alimentar e Restrição Cognitiva; Barratt Impulsiveness Scale (BIS11) – que avaliam os domínios Falta de Planejamento e Controle Inibitório; Five Facet Mindfulness Questionnaire (FFMQ)- que avalia o mindfulness de forma multidimensional; uma Tarefa Neurocognitiva com imagens neutras e de alimentos e uma Tarefa Alimentar. Todos os modelos de regressão construídos para as análises foram controlados por sexo e idade. Resultados: Os sintomas ansiosos (p=0,009) e o maior percentual de gordura (p=0,013) se mostraram mais prevalentes nos indivíduos com maior comer emocional quando comparados aos com menor comer emocional. O descontrole alimentar mostrou uma relação positiva com os sintomas ansiosos, o IMC e o estado mindful no cotidiano (p<0,001). Por outro lado, a restrição alimentar cognitiva se relacionou apenas com o IMC e de forma negativa (p=0,012). Os erros da tarefa neurocognitiva frente a imagens de alimentos, ou seja, o controle inibitório frente a pistas alimentares se relacionou com o IMC e com os dois domínios do comportamento impulsivo: a falta de planejamento e o controle inibitório (p<0,001). Os erros frente a imagens neutras foram influenciados apenas pela a idade (p=0,010). O consumo de biscoitos na tarefa alimentar se relacionou positivamente com a falta de planejamento e o controle inibitório e negativamente com IMC (p<0,001). Conclusão: Foi observada a influência dos sintomas ansiosos, da impulsividade, do estado mindful no cotidiano e do estado nutricional (IMC/percentual de gordura) em desfechos diversos referentes ao comportamento alimentar nessa população com TAG. Esse achado ressalta a importância de individualizar o tratamento nutricional, com o objetivo de alcançar maior efetividade em estratégias tanto nutricionais, como psiquiátricas, psicológicas e/ou neurocognitivas. ...
Abstract
Introduction: There are still no consistent results on the eating behavior of anxious patients, and then the goal of this study is to investigate neurocognitive, attentional and anthropometric aspects that may influence the eating behavior of individuals with Generalized Anxiety Disorder (GAD). Methods: Sixty-four adult individuals diagnosed with GAD (age mean= 34 ± 12; 80% female) participated in this cross-sectional study. Participants had their blood collected (after a 12 hours fast) and per ...
Introduction: There are still no consistent results on the eating behavior of anxious patients, and then the goal of this study is to investigate neurocognitive, attentional and anthropometric aspects that may influence the eating behavior of individuals with Generalized Anxiety Disorder (GAD). Methods: Sixty-four adult individuals diagnosed with GAD (age mean= 34 ± 12; 80% female) participated in this cross-sectional study. Participants had their blood collected (after a 12 hours fast) and performed anthropometric measurements. Three Factor Eating Questionnaire (TFEQ) - which measures three domains of eating behavior: cognitive restraint, uncontrolled eating and emotional eating; Barratt Impulsiveness Scale (BIS11) - which measures two domains of impulsivity: non-planning and inhibitory control; Five Facet Mindfulness Questionnaire (FFMQ) - which measures mindfulness in a multidimensional way; a Go/no-go Task with neutral and food images and a Snack Test were applied. All regression models constructed for analyzes were controlled by sex and age. Results: The anxiety symptoms (p=0,009) and the higher fat percentage (p=0,013) were more prevalent in individuals with higher emotional eating when compared to those with lower emotional eating. The uncontrolled eating showed a positive relation with the anxiety symptoms, the BMI and the mindful state (p<0,001). On the other hand, cognitive restriction was negatively related only to BMI (p=0,012). The errors on the food-based go/no-go task, that is, the inhibitory control of food cues were related to BMI and to the two domains of impulsive behavior, non-planning and inhibitory control (p<0,001). The commission errors in the neutral task were influenced only by age (p=0,010). The consumption of cookies in the snack test was positively related to non-planning and inhibitory control and negatively with BMI (p<0,001). Conclusion: The influence of anxiety symptoms, impulsivity, mindful state and nutritional status (BMI / fat percentage) was observed in different outcomes related to eating behavior in this population with GAD. This finding highlight the importance of individual nutritional treatment, with the aim of achieving greater effectiveness in nutritional as well as psychiatric, psychological and / or neurocognitive strategies. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Neurociências.
Coleções
-
Ciências Biológicas (4138)Neurociências (313)
Este item está licenciado na Creative Commons License