Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorFerrari, Andrea Gabrielapt_BR
dc.contributor.authorSilva, José Antônio Stona dapt_BR
dc.date.accessioned2019-07-16T02:35:39Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/196943pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho se situa nas fronteiras entre psicanálise e estudos de gênero. A pesquisa foi construída a partir da experiência clínica de escuta das transidentidades, por meio de um voluntariado no Núcleo de Pesquisa em Sexualidade e Relações de Gênero (NUPSEX) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); da atuação enquanto psicólogo no Serviço Especializado em Abordagem Social de Crianças, Adolescentes e Adultos em situação de rua (Ação Rua), gerenciado pela Fundação da Assistência Social de Porto Alegre (FASC); e, por fim, no consultório particular. Nessas experiências de escuta surgiram diversas inquietações entre a escuta das transidentidades e o tripé que sustenta a prática analítica (análise, supervisão e teoria), tendo em vista que a dualidade possível na leitura e utilização da teoria psicanalítica faz com que alguns psicanalistas, ainda, utilizem uma base cissexista, em conjunto com a resistência a uma aproximação dos estudos de gênero e uma colagem aos diagnósticos psiquiátricos, para produzir violências clínicas, como a patologização e estigmatização das transidentidades. Para tornar a escrita possível, utilizamos a metodologia de revisão bibliográfica como um importante disparador, o que possibilitou encontrarmos, na psicanálise, limites dentro dos quais os estudos de gênero se apresentam como arejadores teóricos à formação do analista e, consequentemente, à escuta. Assim, dos diálogos entre psicanálise e estudos de gênero, surgiram paradoxos, os quais não houveram consenso, nem solução, mas nos possibilitaram ações temporárias de invenção e questionamento Além da revisão bibliográfica, fizemos uso da ficção como metodologia narrativa, para não usarmos as transidentidades como objeto, mas, sim, o analista como objeto, criando, então, estórias que resgataram recortes clínicos entre um analista cis e analisando/as trans. As estórias tiveram como propósito pensar em uma ação criadora de realidades, a qual nos permitiu exemplificar como uma base cissexista da teoria, quando não reconhecida, pode ser utilizada na clínica para uma escuta, um manejo e uma intervenção transfóbica mediante concepções pré-discursivas, binárias e permanentes. Nesta dissertação, decidimos nos unir a pensadores contemporâneos que conseguem conduzir um diálogo entre psicanálise e teorias de gênero, a fim de efetuarmos um deslocamento do dispositivo normativo e, assim, pensarmos à clínica da potência, e não à clínica da patologização. Escolhemos atravessar as fronteiras entre as áreas do conhecimento para a busca de diálogos às questões do nosso tempo, na medida em que os argumentos de que se vale a maioria de psicanalistas nos colocaram diante de entraves quando tentamos nos aproximar, minimamente, de condições para uma escuta não cisnormativa.pt_BR
dc.description.abstractThis work is situated on the frontiers between psychoanalysis and gender studies. The research was constructed from the clinical experience of listening to transidentities, through a volunteer work at the Nucleus of Research on Sexuality and Gender Relations (NUPSEX) of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS); as a psychologist in the Specialized Service for the Social Approach of Children, Adolescents and Adults in a street situation (Ação Rua), managed by the Fundação de Assistência Social de Porto Alegre (FASC); and, finally, in the private practice. In these listening experiences, there have been many concerns about listening to transidentities and the tripod that supports analytical practice (analysis, supervision and theory), since the duality of reading and use of psychoanalytic theory makes some psychoanalysts, using a cissexist basis, together with the resistance to an approximation of gender studies and a collage to the psychiatric diagnoses, to produce clinical violence, such as the pathologization and stigmatization of transidentities.In order to make writing possible, we used the methodology of bibliographical revision as an important trigger, which made it possible to find, in psychoanalysis, limits within which gender studies are presented as theoretical aerators to the analyst's formation and, consequently, to listening. Thus, from the dialogues between psychoanalysis and gender studies, paradoxes arose, which did not reach consensus or solution, but enabled us to take temporary actions of invention and questioning. In addition to the literature review, we used fiction as a narrative methodology, not to use transidentities as an object, but rather, the analyst as an object, thus creating stories that rescued clinical cutouts between a cis analyst and trans analyzing. The stories had as purpose to think of an action creating realities, which allowed us to exemplify how a cissexist basis of the theory, when unrecognized, can be used in the clinic for a listening, a management and a transphobic intervention through pre-discursive conceptions, binary and permanent. In this dissertation, we decided to join contemporary thinkers who manage to conduct a dialogue between psychoanalysis and gender theories, in order to effect a displacement of the normative device and, thus, to think to the clinic of the power, and not to the clinic of the pathologization. We have chosen to cross the frontiers between the areas of knowledge for the search of dialogues to the questions of our time, since the arguments that most psychoanalysts use have put us in the way when we try to approach, minimally, the conditions for a non cisnormative listening.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectClinical Listeningen
dc.subjectGêneropt_BR
dc.subjectPsychoanalysisen
dc.subjectIdentidadept_BR
dc.subjectPsicanálisept_BR
dc.subjectGender Studiesen
dc.subjectPsicologia socialpt_BR
dc.subjectTransidentitiesen
dc.titleUma escuta desmontada : paradoxos entre psicanálise e gênero a partir da escuta de experiências transidentitáriaspt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-coMachado, Paula Sandrinept_BR
dc.identifier.nrb001092227pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Culturapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples