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dc.contributor.advisorGurski, Rosept_BR
dc.contributor.authorSassi, Karinapt_BR
dc.date.accessioned2019-12-17T04:00:45Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/202520pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa foi desenvolvida a partir da análise das tramas discursivas que vêm estruturando o campo político brasileiro desde 2013, situando-se nos limiares ambíguos que compõem o laço social contemporâneo. O recorte temporal escolhido para a análise tem início com as narrativas políticas sobre as jornadas de junho e se esgota na última eleição presidencial, em outubro de 2018. A forma como tais acontecimentos históricos são testemunhados ao longo do texto não acompanha sua linearidade temporal, configurando-se como uma escrita-testemunho composta por diferentes texturas de linguagem, desde a prosa acadêmica até fragmentos poéticos, crônicas, imagens e notas recolhidas ao longo do período de pesquisa. Baseada no ensaioflânerie, metodologia de pesquisa em Psicanálise desenvolvida por Gurski (2008), essa experiência de escuta e de escrita é desencadeada pelo encontro com a imagem fotográfica feita no dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016. A fotografia mostra dois muros construídos diante do Congresso Nacional, separando favoráveis e contrários ao governo. À época, ouvia-se com frequência reduzirem os sujeitos a suas posições ocupadas na fotografia: os “coxinhas” e os “petralhas”. Tais nomeações parecem marcar o início dos entraves ao diálogo, sendo reveladoras de uma estereotipia discursiva categorizante, capaz de reduzir toda e qualquer complexidade a meros signos linguísticos. Para dar conta de falar sobre tais abreviações narrativas, cunhamos o termo “discursos econômicos”, que se refere à tendência contemporânea ao empuxo binário das categorizações reducionistas. Surgem, então, questões interessantes para serem problematizadas acerca do atual cenário político brasileiro: o que acontece quando as narrativas se tornam curtos-circuitos, trajetos programados pelas vias da tautologia ou da crença? Tem sido possível abrir espaços para duvidar do que nos convoca a “significar com pressa”? Por que tem sido tão difícil falar sobre o político, atualmente, sem que se pressuponham vinculações unívocas à direita ou à esquerda, ou a determinados partidos? Ideologias muradas, sujeitos seduzidos pelos jogos de poder, lutas políticas que acabam legitimando aquilo mesmo que se propõem a combater, diálogos que mais parecem monólogos coletivos. Como a Psicanálise pode nos ajudar a encontrar caminhos possíveis para pensar tais tensões e polarizações?pt_BR
dc.description.abstractThis research was developed based on the analysis of discursive structures that have been configuring the Brazilian political field since 2013, being situated in the ambiguous thresholds that make up contemporary social ties. The period selected for the analysis starts with the political narratives about the June journeys and ends in the last presidential election, in October 2018. The way such historical events are witnessed throughout this writing does not follow their temporal linearity; this text is thus configured as testimony writing composed by different language textures, from academic prose to poetic fragments, op-ed pieces, images, and notes gathered during the time of this research. Based on the flânerie essay, research methodology in Psychoanalysis developed by Gurski (2008), this listening and writing experience was triggered by the encounter with the photograph taken on the day the impeachment process of President Dilma Roussef was voted, in 2016. The photograph shows two walls built in front of the National Congress, separating those supporting the government and those who were against it. At the time, one could often hear individuals being reduced to their positions in the photograph: coxinhas and petralhas. Such definitions seem to mark the beginning of hindrances to dialogue, revealing a categorizing discourse stereotypy, which can reduce all complexity to mere linguistic signs. To be able to talk about such narrative abbreviations, we have created the term "economic discourses", which refers to the contemporary trend towards the binary thrust of reductionist categorizations. Interesting issues to be discussed concerning the current Brazilian political scenario then arise: what happens when narratives become shortcircuits, pathways designed by the routes of either tautology or belief? Has it been possible to open up spaces to doubt what urges us to "hurriedly signify"? Why has it been so difficult to talk about politics currently, without entailing assumptions of univocal affiliation to right or left, or to certain political parties? Walled ideologies, individuals seduced by power plays, political struggles that end up legitimizing what they were first set out to combat, dialogues that seem more like collective monologues. How can Psychoanalysis help us find possible ways to think about such tensions and polarizations?en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPsychoanalysisen
dc.subjectPsicanálisept_BR
dc.subjectSubjetividadept_BR
dc.subjectPoliticsen
dc.subjectPolíticapt_BR
dc.subjectDiscourseen
dc.subjectDiscursopt_BR
dc.subjectPolarizationen
dc.titleDo paradoxo político às subjetividades contemporâneas : costuras psicanalíticas sobre o sequestro da palavra na mediação das diferençaspt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001103284pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Culturapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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