Associação entre proporção de massa cardíaca predita doador-receptor e acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar após transplante cardíaco
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Data
2019Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco é frequente e associada a pior prognóstico. O acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar (VD-AP) é um método emergente na avaliação de disfunção do ventrículo direito; entretanto, seu comportamento no contexto de transplante cardíaco e sua relação com desproporções de tamanho doador-receptor ainda não foram estudados. No presente trabalho, tivemos por objetivo avaliar o acoplamento VD-AP em 7 e 30 dias pós-transplante, bem como ex ...
A disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco é frequente e associada a pior prognóstico. O acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar (VD-AP) é um método emergente na avaliação de disfunção do ventrículo direito; entretanto, seu comportamento no contexto de transplante cardíaco e sua relação com desproporções de tamanho doador-receptor ainda não foram estudados. No presente trabalho, tivemos por objetivo avaliar o acoplamento VD-AP em 7 e 30 dias pós-transplante, bem como examinar suas associações com variáveis de proporção de tamanho doador-receptor. Para isto, foram revisados dados clínicos, ecocardiográficos e hemodinâmicos de uma coorte retrospectiva de pacientes submetidos a transplante cardíaco e seus respectivos doadores. O acoplamento VD-AP foi avaliado através da razão entre a mudança da área fracional do ventrículo direito e pressão sistólica na artéria pulmonar ( right ventricular fractional area change , RVFAC/PSAP). Foram incluídos 34 pacientes transplantados (48 ±15 anos, 50% masculinos) entre 2015 a 2018. O acoplamento VD-AP pós-operatório melhorou quando comparados 7 e 30 dias (RVFAC/PSAP 0.98 ±0.24 vs. 1.26 ±0.27; IC 95%; p<0.001). Houve associação positiva entre a proporção de massa cardíaca predita doador-receptor adequada e o perfil evolutivo favorável da relação RVFAC/PSAP aos 30 dias, independente do tempo de isquemia do enxerto e da hipertensão pulmonar pré-existente ( B 0,51; IC 95% 0.13-0.9; p=0.01; R 2 ajustado=0.29). Estes achados conferem destaque ao uso da massa cardíaca predita como ferramenta para auxiliar na seleção de doadores e sugerem seu impacto em mecanismos de acoplamento VD-AP e disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco. ...
Abstract
Right ventricular dysfunction after heart transplantation is a frequent complication and is associated with a worse prognosis. The right ventricular-pulmonary arterial (RV-PA) coupling is an emerging method in the assessment of right ventricular dysfunction; however, its evolution in the context of heart transplantation and their relationship with donor-recipient size mismatches are unknown. Our study aims to assess RV-PA coupling at seven and 30 days post-transplant and evaluate their associat ...
Right ventricular dysfunction after heart transplantation is a frequent complication and is associated with a worse prognosis. The right ventricular-pulmonary arterial (RV-PA) coupling is an emerging method in the assessment of right ventricular dysfunction; however, its evolution in the context of heart transplantation and their relationship with donor-recipient size mismatches are unknown. Our study aims to assess RV-PA coupling at seven and 30 days post-transplant and evaluate their association with donor-recipient size matching variables. To this end, clinical, echocardiographic and hemodynamic data from a retrospective cohort of heart transplant recipients and their respective donors were reviewed. Coupling interaction between RV-PA was examined by right ventricular fractional area change (RVFAC) and pulmonary artery systolic pressure (PASP) ratio (RVFAC/PASP). Thirty-four subjects (48 ± 15 years, 50% male gender) transplanted between 2015 and 2018 were included. Post-operative RV-PA coupling improved comparing seven to 30 days (RVFAC/PASP 0.98 ± 0.24 vs. 1.26 ± 0.27; CI 95%; p<0.001). There was a positive association between adequate donor-recipient predicted heart mass ratio and improvement of RVFAC/PASP ratio at 30 days, independent of graft ischemic time and pre-existent pulmonary hypertension (B 0,51; 95% CI 0.13-0.9; p = 0.01; adjusted R 2 =0.29). These findings highlight the role of predicted heart mass as a metric to help donor selection and suggest its impact in RV-PA coupling interactions and subsequent right ventricular dysfunction post heart transplantation. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares.
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Ciências da Saúde (9148)
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