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dc.contributor.advisorMendes, Jussara Maria Rosapt_BR
dc.contributor.authorLottermann, Fernandapt_BR
dc.date.accessioned2020-01-15T04:16:23Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/204322pt_BR
dc.description.abstractO programa Jovem Aprendiz impõe para as empresas de médio e grande porte a reserva de 5% a 15% das vagas de trabalho para contratação de sujeitos com idade entre 14 e 24 anos. Apesar de propor ao jovem uma oportunidade de capacitação profissional, de colocação no mercado de trabalho e de proteção da juventude em situação de vulnerabilidade, se materializa em uma contemporaneidade onde o trabalho se apresenta de forma flexibilizada, é pautado em relações que restringem as ações individuais e coletivas, constrangem os modos de ser e limitam a liberdade e condição de vida de qualquer trabalhador (a). A saúde do (a) trabalhador (a) é área de análise e intervenção que estabelece foco nas relações entre trabalho, saúde e doença e considera o trabalho em suas mais variadas formas de organização e a partir das suas implicações históricas. Esta pesquisa teve como objetivo investigar a relação entre a formação profissional e a as suas possíveis repercussões na saúde. De cunho qualitativa e pautada em ações exploratórias e descritivas. A pesquisa se desenvolveu junto a um programa de Jovem Aprendiz no Vale dos Sinos, e foram utilizadas como ferramentas a observação participante, análise documental e grupos de discussão. Destaca-se que ao longo da coleta foi possível perceber que os modos de organização do trabalho com os quais se deparam os aprendizes estão gerando o esvaziamento do sentido de trabalho, a sensação de incompetência, de isolamento social, a redução do tempo de não trabalho, a sobrecarga, os acometimentos físicos, assim como o sofrimento emocional. Essa fragilidade ganha expressividade ao se perceber que os aspectos produtivos se sobrepõem aos educativos durante o período de aprendizagem e que a formação técnica, assim como a formação regular têm sido prejudicadas, da mesma forma que o tecido social e redes de apoios do jovem vêm sofrendo grave ataque. É relevante apontar que entre o grupo entrevistado a grande maioria está ocupada durante os três turnos do dia, sendo um turno destinado ao trabalho, outro à escola e o último para atividades como estágios ou outras atividades ou treinos que visam a carreira profissional. No entanto, há resistência. Dentro das suas condições de possibilidades, o jovem aprendiz passa a atuar na tentativa de manter o próprio equilíbrio emocional e por vezes, encontra brechas no sistema para questionar as normas que parecem intocáveis. Os achados apontam para uma realidade em que jovens estão sendo cooptados pelo mercado a partir dos seus 14 anos. Assim, uma maquinagem vai se instituindo na tentativa de manter a lógica capitalista e alienar profissionais para que estejam disponíveis e submissos às vagas, cargos e trabalhos precários como única opção do mercado. Diante disso, essa pesquisa se oferece como uma proposta metodológica que pode ser reproduzida em espaços onde aprendizes interagem para que de fato, venham-se a abrir espaços onde suas angústias possam ser compartilhadas, seus medos possam ser expressos, suas dúvidas e seus embates possam encontrar apoio, suas experiências possam ser ressignificadas e, além disso, onde se possa ainda fortalecer o sentido de coletividade e elaborar estratégias de enfrentamento e de mudança das condições de trabalho, assim como das demais realidades sociais precárias que os cercam.pt_BR
dc.description.abstractThe Jovem Aprendiz program requires medium and large companies to reserve 5% to 15% of the job vacancies for the recruitment of subjects between the ages of 14 and 24. Despite offering to young people an opportunity for professional training, job placement and the protection of their vulnerability, it materializes in a contemporaneous way where work is presented flexibly, based upon relationships which restricts either, individual and collective actions, also constraining the ways of being and limiting the workers freedom and condition of life. The worker‘s health is an analysis and intervention area that establishes focus, on the relationships between work, health and illness, it also considers the work in its most varied forms of organization as well as its historical implications. This research aimed to investigate the relationship between the professional training and its possible repercussion on health. Qualitative and guided by exploratory and descriptive actions, this research was developed alongside with a Jovem Aprendiz program in Vale dos Sinos, where participant observations, documentary analysis and discussion groups were used as tools. It is noteworthy that throughout the data collection it was possible to note that the way of work organization in which apprentices are found, generates an emptiness sense of work, incompetence feeling, social isolation, reduction of non-work time , overload, physical distress, as well as emotional distress. This fragility gains expressiveness when one perceives that the productive aspects overlaps with the educational one during the period of learning and that the technical formation, as well as the regular formation have been harmed, at the same time in which the social fabric and support networks of the young have been suffering serious attack. It is relevant to point out that among the interviewed group the vast majority are occupied throughout their whole day, one shift being assigned to work, another to the school and one last to activities such as internships and career development. Nevertheless, there is resistance. Within his conditions of possibilities, the young apprentice begins to act in the attempt to maintain his own emotional balance and at times, he finds loopholes in the system to question the norms that seem untouchable. The findings point to a reality in which young people are being co-opted by the market from the age of 14. Therefore, machining is being instituted in an attempt to maintain the capitalistic logic and alienate professionals so that they are available and subject to vacancies, positions and precarious jobs as their only option. Thereat, this research offers a methodological proposal that can be reproduced in spaces where apprentices interact so that, in fact, there will be spaces where their anguishes can be shared, their fears can be expressed, their doubts and their clashes can be supported, their experiences can be redefined, and in addition, where one can still strengthen the sense of collectivity, develop coping strategies and improving working conditions, as well as other precarious social realities that surround them.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectFormação profissionalpt_BR
dc.subjectYoung apprenticeen
dc.subjectSaúdept_BR
dc.subjectEducationen
dc.subjectSocial psychology of worken
dc.subjectJuventudept_BR
dc.subjectTrabalhopt_BR
dc.subjectWorker's healthen
dc.subjectPsicodinâmica do trabalhopt_BR
dc.subjectPsicologia socialpt_BR
dc.title“É como se eu não existisse” : a formação profissional e as repercussões na saúde do jovem aprendizpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001109787pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucionalpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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