Diversidade nas organizações : um estudo sobre as empresas juniores do Sul do Brasil

Abstract

As empresas juniores representam um laboratório prático das teorias estudadas ao longo de um curso de graduação, atuando como um instrumento no processo de ensino e aprendizagem profissional, social e cultural, por meio da participação em situações reais de trabalho (BATTISTI; VIGORENA; KNIE, 2010). O presente estudo tem por objetivo identificar e analisar como as empresas juniores do sul do Brasil estão desenvolvendo a questão da diversidade em suas organizações. Para isso, foi adotada a metodologia qualitativa de entrevistas em profundidade, em que os sujeitos são entrevistados individualmente, com o suporte de um roteiro semi-estruturado, permitindo uma ampla investigação dos conteúdos trazidos. Foram entrevistados membros de empresas juniores de cluster 5, estando há mais de 1 ano e 6 meses em suas organizações. Os níveis de maturidade possíveis, conforme modelo proposto pela consultoria The BCW (2018) para as empresas juniores pesquisadas foram mapeados e se determinou o nível Normativo como o mais semelhante com a situação atual da maioria delas, mostrando que a liderança não se responsabiliza perante a diversidade e inclusão. Também foi analisado que as EJs se atentam a poucos níveis de diversidade propostos por Gardenswartz e Rowe (2008), portanto não se caracterizando como organizações inclusivas e mantendo a visão de “organização elitista”. Atribuem atenção principalmente à diversidade de pensamentos, mantendo ambiente propício para opiniões diferentes e abrindo seu processo seletivo a demais cursos de graduação. Ao final do trabalho, foram propostas quatro ações de melhoria, sendo elas a introdução da temática da diversidade na empresa júnior, a formação de comitê de diversidade, a inclusão da diversidade nos processos de gestão de pessoas e o fortalecimento da comunicação interna e externa. Espera-se que com os insumos desse trabalho as empresas juniores e demais leitores possam crescer e prosperar utilizando as diferenças dos indivíduos a seu favor, abraçando a diversidade e incluindo pessoas.

Junior Enterprises represent a practical laboratory of the theories studied over a graduation course, acting as an instrument in the process of professional, social and cultural teaching and learning through participating in real work situations (BATTISTI; VIGORENA; KNIE, 2010). The present study aim to identify and analyze how junior enterprises in south Brazil are developing the matter of diversity in their organizations. In this way, the methodology chosen was of qualitative research, using in-depth interviews, in which the subjects are interviewed individually, with the support of a semi-structured script, allowing a broad investigation of the content. Members of the 5th cluster of junior enterprises that were working for more than 1 year and a half in their organizations were interviewed. The possible maturity levels for the junior enterprises studied, according to the consulting company The BCW (2018), was determined as Normative as the most similar, highlighting that the leadership does not account responsibility in regards to diversity and inclusion. It was also analyzed that the junior enterprises pay attention to few diversity levels proposed by Gardenswartz e Rowe (2008), therefore do not stand as inclusive organizations, maintaining their “elitist organization” view. Their concern is mainly to thoughts diversity, keeping their environment open for different opinions and opening their recruitment for other graduation courses. At the end of this work, four improvement actions were proposed, as the introduction of diversity subject in junior enterprise, the formation of a diversity committee, the inclusion of diversity in people management and the strengthening of internal and external communication. It is expected that with the inputs of this research, junior enterprises and other readers can grow and prosper utilizing the differences in individuals to their advantage, embracing diversity and including people.