Narrativas autobiográficas de lutas pela educação : pedagogias emergentes de uma ocupação

Abstract

Este artigo tem como cenário o movimento plural e (in)tenso de ma-nifestação e ocupação estudantil em uma universidade federal, em 2016. Nele, intentamos reconhecer e analisar as pedagogias emer-gentes advindas de escritas autobiográficas de universitários de um movimento de ocupação. Para tanto, operamos com os pressupostos teórico-metodológicos que surgem das noções de duração e me-mória (Bergson), hermenêutica da experiência, autobiografização e heterobiografização (Delory-Momberger; Passeggi), num movimen-to situado da pesquisa (auto)biográfica como dispositivo formativo em educação. Destacamos a potencialidade de uma escuta sensível, aberta, a(fe)tiva, ética e aprendente, a partir de uma ambiência de luta, defesa e protagonismo. Por fim, refletimos sobre as pedagogias emergentes das experiências acontecidas, tecidas e entretecidas nas escritas dos estudantes, expressas nas pedagogias da indignação, da outreidade e da cidadania. Outrossim, merece destaque a potência que reinventa o educativo e o formativo, institui novos modos de fazer universidade e de compreender estudante e pessoa, bem como ressignificar o sentido de coletivo, anunciar as experiências de luta pela educação e a compreensão de um movimento de ocupação.

The setting of this article is the plural, (in)tense movement of stu-dents’ demonstrations at and occupation of a Federal University in Brazil in 2016. here, we try to acknowledge and analyze the peda-gogies emerging from autobiographical pieces of writing of college students in an occupation movement. We operated with theoreti-cal-methodological presumptions based on the notions of duration and memory (Bergson), hermeneutics of experience, and autobi-ographies and heterobiographies (Delory-Momberger; Passeggi), in a movement located in the (auto)biographical study as a formative device in education. We highlight the potential of listening in a sen-sitive, open, ethical, learning, and a(ffe)ctive manner, in a context of fight, defense, and protagonism. We finally reflect on the pedagogies emerging from those experiences, woven and interwoven in students’ writings, and expressed in the Pedagogies of Indignation, Otherness, ad Citizenship. The power that reinvents education and formation, institutes new ways of making university and understands the stu-dent and the person must also be highlighted. This power also resig-nifies the meaning of collective and announces the experiences of understanding an occupation movement and fighting for education. We finally reflect on the pedagogies emerging from those experienc-es, woven and interwoven in students’ writings, and expressed in the Pedagogies of Indignation, Otherness, ad Citizenship. The power that reinvents education and formation, institutes new ways of making university and understands the student and the person must also be highlighted. This power also resignifies the meaning of collective and announces the experiences of understanding an occupation move-ment and fighting for education.

Este artículo tiene como escenario el movimiento plural e (in)tenso de manifestación y ocupación estudiantil de una Universidad Fede-ral, en 2016. En él, intentamos reconocer y analizar las pedagogías emergentes que resultan de escritas autobiográficas de universita-rios de un movimiento de ocupación. Para ello, operamos con los supuestos teórico-metodológicos que surgen de las nociones de duración y memoria (Bergson), hermenéutica de la experiencia, au-tobiografía y heterobiografía (Delory-Momberger; Passeggi), en un movimiento ubicado en la investigación (auto)biográfica como dis-positivo formativo en educación. Destacamos la potencialidad de la escucha sensible, abierta, a(fe)ctiva, ética y aprendiente, desde un ambiente de lucha, defensa y protagonismo. Por fin, reflexionamos sobre las pedagogías emergentes de las experiencias acontecidas, tejidas y entretejidas en los escritos de los estudiantes, expresadas en las Pedagogías de la Indignación, de la Otredad y de la Ciudada-nía. Además, merece destaque el poder que reinventa lo educativo y lo formativo, instituye nuevas formas de hacer universidad y de comprender estudiante y persona, así como resignificar el sentido del colectivo, anunciando las experiencias de lucha por la educación y la comprensión de un movimiento de ocupación.