Mitocrítica fílmica : para pensar o cinema no horizonte mítico
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Data
2021Autor
Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Cinema é pensamento. Ele pensa a partir de suas especificidades, pela trama roteirizada, encenada por realizadores, erguida em planos, enquadramentos, angulações e práticas de montagem que regulam o tempo, o movimento e a impressão de realidade de narrativas audiovisuais. O cinema pensa movendo imagens sonoras e visuais resultantes da imaginação humana, que reage criativamente a imagens simbólicas de sentido mais profundo e misterioso, enraizadas no inconsciente coletivo e acessíveis a todos po ...
Cinema é pensamento. Ele pensa a partir de suas especificidades, pela trama roteirizada, encenada por realizadores, erguida em planos, enquadramentos, angulações e práticas de montagem que regulam o tempo, o movimento e a impressão de realidade de narrativas audiovisuais. O cinema pensa movendo imagens sonoras e visuais resultantes da imaginação humana, que reage criativamente a imagens simbólicas de sentido mais profundo e misterioso, enraizadas no inconsciente coletivo e acessíveis a todos por meio de um vívido imaginário antropológico – um verdadeiro universo de imagens de grande força semântica. Portanto, filmes são dinamizados por conteúdos simbólicos cujos sentidos extrapolam a significação imediata da obra. Nesta tese, buscamos entender como seria o procedimento teórico-metodológico mais adequado à interpretação da essência imaginária de narrativas audiovisuais. Apresentamos a mitocrítica fílmica como abordagem própria à compreensão e à interpretação das imagens arquetípicas, dos simbolismos, mitos, mitemas, metáforas e complexos poéticos que inspiram títulos do cinema. Para isso, observamos tanto o símbolo que motiva a técnica quanto a técnica que transparece o símbolo. Pela mitocrítica fílmica, compreendemos como o imaginário exerce força semântica sobre o filme, estabelecendo nele um horizonte mítico de eventos simbolicamente motivados. Aqui, nos alinhamos a autores dos Estudos do Imaginário, como Gilbert Durand, Carl Gustav Jung, Gaston Bachelard, Mircea Eliade e Edgar Morin, e a pesquisadores do cinema, como Jacques Aumont, André Bazin Jean-Pierre Esquenazi, Luis Buñuel, Christian Metz e Maurice Merleau-Ponty. Nosso objetivo é consolidar caminhos para a investigação crítica do sentido simbólico e potencialmente mítico dos filmes no contexto comunicacional estabelecido pelo cinema. Nesta tese de doutoramento, apresentamos mitocríticas fílmicas sobre os filmes 2001: uma odisseia no espaço (1968), de Stanley Kubrick, Um corpo que cai (1958), de Alfred Hitchcock, e Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. ...
Abstract
Cinema is a thought form. It thinks through its specificities. Film crews think through cinema by shooting a scripted plot, creating visual images and editing sound, time and movement to produce meaning within a cinematic narrative. Cinema thinks by its own moving pictures, which result from the human imagination. This human faculty creatively reacts to symbolic images whose senses are much more mysterious and profound than film pictures. Symbolic images arise from the collective unconscious, b ...
Cinema is a thought form. It thinks through its specificities. Film crews think through cinema by shooting a scripted plot, creating visual images and editing sound, time and movement to produce meaning within a cinematic narrative. Cinema thinks by its own moving pictures, which result from the human imagination. This human faculty creatively reacts to symbolic images whose senses are much more mysterious and profound than film pictures. Symbolic images arise from the collective unconscious, but they become accessible to anyone through an ancient and vivid anthropological imaginary. Consequently, films are inspired by symbolic contents whose meanings go beyond the film’s immediate significance. This PhD dissertation tries to understand how would be an appropriate theoretical and methodological procedure to interpret the film’s imaginary essence. So we present the mythical film criticism as a suitable approach to investigate archetypical images, symbolisms, myths, mythemes and poetic metaphors that stimulate films. As long imaginary radiates meaning over movies, the mythical film criticism should observe the symbol that motivates the technical aspects of the movie as well as the technical media elements that shine out symbolic senses. Mythical film criticism allows us to think about movies in a mythical horizon, the exact point where imaginary touches cinema. Lined up to Imaginary Studies, specially to Gilbert Durand, Carl Gustav Jung, Gaston Bachelard, Mircea Eliade and Edgar Morin’s legacy, we propose pathways to the cinema research taking into account some principles of Jacques Aumont, André Bazin Jean-Pierre Esquenazi, Luis Buñuel, Christian Metz and Maurice Merleau-Ponty. Our goal is to consolidate paths to the critical investigation of the symbolic and mythical movie meaning within the communicational context established by cinema. In this PhD dissertation, we present mythical film criticism of Stanley Kubrick’s 2001: a space odyssey (1968), Alfred Hitchcock’s Vertigo (1958) and Orson Welles’s Citizen Kane (1941). ...
Résumé
Le cinéma est une forme de pensée. Il pense selon ses spécificités. L'équipe de réalisateurs permet la pensée du cinéma au travers du texte, du scénario, de la mise en scène, de l’image mouvante, de l'encadrement et du montage qui régule le temps, le mouvement et l'impression de réalité d’un film. Les combinaisons cinématographiques et les métaphores du récit audiovisuel sont résultat de l’imagination humaine, qui réagit aux images symboliques dont les sens sont profonds et mystérieux. Originai ...
Le cinéma est une forme de pensée. Il pense selon ses spécificités. L'équipe de réalisateurs permet la pensée du cinéma au travers du texte, du scénario, de la mise en scène, de l’image mouvante, de l'encadrement et du montage qui régule le temps, le mouvement et l'impression de réalité d’un film. Les combinaisons cinématographiques et les métaphores du récit audiovisuel sont résultat de l’imagination humaine, qui réagit aux images symboliques dont les sens sont profonds et mystérieux. Originaires de l'inconscient collectif, les images symboliques sont accessibles grâce à l’imaginaire anthropologique – un véritable univers des images d’une grande force sémantique. Par conséquent, les films sont dynamisés par des contenus symboliques dont les sens dépassent la signification immédiate de l’oeuvre audiovisuelle. Dans cette thèse de doctorat, on veut comprendre comment serait la procédure théorique et méthodologique la plus approprié à l’interpretation de l'essence imaginaire des narratives audiovisuelles. On présente la mythocritique filmique comme une approche adéquate pour souligner et d'interpréter les images archétypiques, le symbolisme, les récits mythiques, les mythèmes et les métaphores poétiques qui dynamisent efficacement les oeuvres cinématographiques tout en proposant des sens figurés. Par la mythocritique filmique, on comprend comment l’imaginaire exerce force sémantique sur le film en établissant un horizon mythique des événements symboliquement motivés. Inspirés par les Études de l’Imaginaire, notamment par l'oeuvre de Gilbert Durand, Gaston Bachelard, Mircea Eliade et Edgar Morin, on propose certains parcours pour l’étude scientifique du cinéma selon l’heuristique de l’imaginaire. Dans ce contexte, il faut faire attention aux théories sur le cinéma, l’image mouvante et l’analyse filmique offertes par Jacques Aumont, André Bazin Jean-Pierre Esquenazi, Luis Buñuel, Christian Metz e Maurice Merleau- Ponty. Notre objectif est de renforcer la recherche critique du sens symbolique et potentiellement mythique des films au contexte communicationnel établi par le cinéma. Cette thèse présente des mythocritiques filmiques sur les films 2001 : l'odyssée de l'espace (1968), de Stanley Kubrick, Sueurs froides (1958), de Alfred Hitchcock, et Citizen Kane (1941), de Orson Welles. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Programa de Pós-Graduação em Comunicação.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6100)Comunicação e Informação (601)
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