Absurdo, narrativa e liberdade : um estudo sobre a experiência do tempo a partir da obra A Peste (1947) de Albert Camus
dc.contributor.advisor | Silveira, Cássia Daiane Macedo da | pt_BR |
dc.contributor.author | Athayde, Cristian Bianchini de | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2021-07-31T04:40:35Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2021 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/224837 | pt_BR |
dc.description.abstract | Este estudo tem por objetivo investigar a Experiência do Tempo na obra A Peste (1947), de autoria do pensador franco-argelino Albert Camus (1913-1960). Para esse empreendimento, optou-se pela construção de uma análise que tem como base teórico-metodológica a tese hermenêutica em Paul Ricoeur, a partir da obra Tempo e Narrativa (1983-1985). Assim, pretende-se ressaltar a importância da hermenêutica desse autor para o campo do conhecimento histórico, sobretudo no que concerne ao reconhecimento da experiência humana através da aproximação entre tempo vivido e tempo narrado pela via da narrativa. Ao investigar-se Camus, compreendemos que, de acordo com esse autor, é mediante a constatação lúcida em saber que a condição humana absurda reúne, contraditória e paradoxalmente, liberdade e tragédia, que fundamentamos as possibilidades de nossa existência. Na medida em que a fragilidade do ser humano e sua experiência incompleta da finitude compõem a reflexão desse pensador, entende-se historicamente, pela via da hermenêutica, A Peste como um exemplo pertinente de sentido e significado enquanto composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre. Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Isto posto, ao fim, pelo prisma ricoeuriano, concebemos a história como o campo do inesgotável, e o percebemos, especialmente, pela articulação entre ontologia e epistemologia na construção de seu conhecimento. Essa dimensão existencial da análise histórica é aqui desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia. | pt_BR |
dc.description.abstract | Cette étude vise à étudier l’Expérience du Temps dans l’oeuvre La Peste (1947), réalisée par le penseur franco-algérien Albert Camus (1913-1960). Pour cette entreprise, nous avons opté pour la construction d’une analyse qui a pour base théorique et méthodologique la thèse herméneutique dans Paul Ricoeur, à partir de l’oeuvre Temps et Récit (1983-1985). Nous entendons ainsi souligner l’importance de l’herméneutique de cet auteur dans le domaine de la connaissance historique, surtout en ce qui concerne la reconnaissance de l’expérience humaine à travers le rapprochement entre temps vécu et temps raconté par la voie du récit. En enquêtant sur Camus, nous comprenons que, selon cet auteur, c’est par le constat lucide de savoir que la condition humaine absurde réunit, contradictoirement et paradoxalement, liberté et tragédie, que nous fondons les possibilités de notre existence. Dans la mesure où la fragilité de l’être humain et son expérience incomplète de la finitude composent la réflexion de ce penseur, nous comprenons historiquement, par la voie de l’herméneutique, La Peste comme un exemple pertinent de sens et de signification en tant que composition narrative qui procède à la reconnaissance de l’expérience vécue sous double influence : sociale et politique, en raison de l’impact de l’expérience des régimes totalitaires; intellectuel, en raison du dialogue avec la philosophie de l’existence, en particulier avec le philosophe Jean-Paul Sartre. Cette oeuvre est ainsi présentée comme le représentant significatif de l’interlocution de la pensée camusienne avec l’époque troublée et incertaine dans laquelle il a vécu. Cela dit, en fin de compte, par le prisme ricoeurien, nous concevons l’histoire comme le champ de l’inépuisable, et nous le percevons en particulier par l’articulation entre ontologie et épistémologie dans la construction de leur connaissance. Cette dimension existentielle de notre analyse historique est ici dévoilée par l’étude de l’expérience du temps à travers le dialogue entre les domaines de l’histoire, de la littérature et de la philosophie. | fr |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Camus, Albert, 1913-1960. La peste : A peste : Crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject | Herméneutique dans Paul Ricoeur | fr |
dc.subject | Ricoeur, Paul, 1913-2005 | pt_BR |
dc.subject | Expérience du temps | fr |
dc.subject | Théorie de l’histoire | fr |
dc.subject | Hermenêutica | pt_BR |
dc.subject | Littérature et Histoire | fr |
dc.subject | Tempo (Filosofia) | pt_BR |
dc.subject | Tempo (História) | pt_BR |
dc.subject | Albert Camus | fr |
dc.subject | Literatura e História | pt_BR |
dc.subject | Pensée absurde | fr |
dc.subject | Philosophie de l’existence | fr |
dc.subject | Teoria da história | pt_BR |
dc.subject | Existência (Filosofia) | pt_BR |
dc.subject | Existencialismo | pt_BR |
dc.title | Absurdo, narrativa e liberdade : um estudo sobre a experiência do tempo a partir da obra A Peste (1947) de Albert Camus | pt_BR |
dc.type | Trabalho de conclusão de graduação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001129226 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2021 | pt_BR |
dc.degree.graduation | História: Licenciatura | pt_BR |
dc.degree.level | graduação | pt_BR |
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TCC História (789)