Educação inclusiva : desafios e perspectivas com a geografia escolar no ensino fundamental II na EMEF Dolores Alcaraz Caldas (porto Alegre)

Abstract

Hoje o Brasil possui muitas leis que asseguram a matrícula e a permanência de alunos em instituições regulares da rede pública, tendo como pressuposto a inclusiva e a garantia do acesso de todos à educação. Entretanto, entre recebê-los e atendê-los, preservando sua integridade física, mental e emocional, existe um distanciamento bastante acentuado. Sendo assim, atrelado aos enfrentamentos no cotidiano nos espaços escolares, o objeto de estudo desta pesquisa constitui-se na análise e reflexões dos desafios e das perspectivas com a Geografia escolar no que tange a inclusão escolar na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolores Alcaraz Caldas, localizada no Bairro Restinga, em Porto Alegre (RS). De maneira mais específica, pretendeu-se: a) verificar as possíveis tensões que decorrem dos processos de inclusão a partir da análise do ensino de Geografia no Ensino Fundamental II; b) analisar os principais desafios da Geografia para a efetivação da inclusão escolar; c) investigar quais as perspectivas dos professores de Geografia no que tange a inclusão escolar; d) quais as ações e propostas da escola para promover a inclusão de forma plena; e)contribuir para a pesquisa científica no campo do ensino de Geografia. Na pesquisa, foi utilizada a metodologia de abordagem qualitativa, em que se utilizou entrevistas semiestruturadas que foram propostas a professores e outros profissionais que atuam na referida escola. Buscou-se, como referencial teórico relacionado com a educação inclusiva as contribuições de Maria Teresa Eglér Mantoan (2008), Ruth Emilia Nogueira (2016), Maria Angela Monteiro Correa (1999), Leny Mrech Magalhães (1998), Maria Odete Emygdio da Silva (2021), entre outros, Devido a pandemia provocada pelo coronavírus SARS-CoV 2, as entrevistas semiestruturadas foram realizadas utilizando a plataforma Google Formulários, assim facilitando o envio para professores de Geografia, professores do atendimento educacional especializado e direção da escola. Entre os resultados, notou-se grandes barreiras que permeiam o trabalho pedagógico desenvolvido na escola. A conduta da equipe que atua na escola mostrou-se inclusiva, porém com muitos desafios. Foram observadas barreiras na troca de experiências entre professores de Geografia e professores especializados, bem como na formação dos professores. A Geografia pode e tem autonomia para participar de forma significativa no processo inclusivo, prática essa que fortalece o ensino de Geografia e contribui para o desenvolvimento de quem aprende e de quem ensina e? com essa afirmação eu perguntaria: porquê não é feito?

Today, Brazil has many laws that ensure the enrollment and permanence of students in regular public institutions, based on inclusiveness and guaranteeing access to education for all. However, between receiving them and serving them, preserving their physical, mental and emotional integrity, there is a marked gap. Thus, linked to daily confrontations in school spaces, the object of study of this research is the analysis and reflections of the challenges and perspectives with school geography regarding school inclusion in the Municipal Elementary School Dolores Alcaraz Caldas, located in Bairro Restinga, in Porto Alegre (RS). More specifically, it was intended: a) to verify the possible tensions arising from the inclusion processes from the analysis of the teaching of Geography in Elementary School II; b) analyze the main challenges of geography for the realization of school inclusion; c) investigate the perspectives of Geography teachers regarding school inclusion; d) what are the actions and proposals of the school to fully promote inclusion; e) contribute to scientific research in the field of teaching Geography. In the research, a qualitative approach methodology was used, in which semi-structured interviews were used, which were proposed to teachers and other professionals who work in that school. The contributions of Maria Teresa Eglér Mantoan (2008), Ruth Emilia Nogueira (2016), Maria Angela Monteiro Correa (1999), Leny Mrech Magalhães (1998), Maria Odete Emygdio da Silva were sought as a theoretical framework related to inclusive education. (2021), among others, Due to the pandemic caused by the SARS-CoV 2 coronavirus, the semi-structured interviews were carried out using the Google Forms platform, thus facilitating the submission to Geography teachers, teachers of specialized educational services and school management. Among the results, there were great barriers that permeate the pedagogical work developed at the school. The conduct of the team working at the school proved to be inclusive, but with many challenges. Barriers were observed in the exchange of experiences between Geography professors and specialized professors, as well as in the formation of professors. Geography can and does it have autonomy to participate significantly in the inclusive process, a practice that strengthens the teaching of Geography and contributes to the development of those who learn and those who teach and? with that statement I would ask: why is it not done?