Exigência de cobre com ou sem fitase em dietas para frangos de corte

Abstract

Objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação de níveis crescentes de cobre (Cu) na forma de sulfato de Cu em rações com e sem suplementação de fitase para frangos de corte de 8 a 28 d sobre o desempenho zootécnico, variáveis sanguíneas e problemas locomotores. O experimento consistiu em um arranjo fatorial 2 x 5 com 10 tratamentos, 8 repetições de 7 pintos machos Cobb 500 cada, distribuidos em delineamento inteiramente casualizado. A ração basal (8 ppm Cu analisado) foi suplementada com 0; 3; 6; 9 e 12 ppm de Cu, com ou sem suplementação de fitase (2,500 FYT/Kg). Ganho de peso, conversão alimentar e consumo de ração foram avaliado aos 8, 14, 21 e 28 d. Aos 28 dias, realizou-se avaliação de varus, valgus e rotação de tíbia e coletou-se sangue para avaliar hematócrito (Ht) e hemoglobina (Hb). Aos 28 d, todos os animais foram abatidos para coleta de rim, fígado, tíbia, músculo pectoralis major, tendão gastrocnêmio e conteúdo ileal. Amostras de ração e digesta ileal foram analisadas para determinação da energia digestível ileal (EDI). Dados foram submetidos ao proc MIXED do SAS e médias, quando significativas, foram comparadas pelo teste Tukey (P < 0,05). Tratamentos foram distribuídos em arranjo fatorial 2 x 5. As respostas dos frangos de corte foram ajustadas aos modelos polinomial quadrático (QP) e linear (L). Nenhum efeito dos níveis crescente de Cu foi observado sobre o desempenho quando as rações foram formuladas com fitase (P > 0,05). No entanto, níveis crescentes de Cu sem suplementação de fitase afetaram (P < 0,05) a conversão alimentar de 8 a 14 dias e de 8 a 28 dias, sendo as menores conversões obtidas com 14,50 e 11,81 ppm, respectivamente. A suplementação com fitase aumentou o ganho de peso e consumo de ração e diminuiu a conversão alimentar durante todo o período experimental (P < 0,05) quando comparada com as dietas sem fitase, exceto para conversão alimentar de 15 a 21 d. Não houve diferença entre os tratamentos para Ht e Hb (P > 0,05) e para problemas locomotores (P > 0,05). Além disso, não observou-se diferença histológica no fígado entre os diferentes tratamentos (P> 0,05). Os tratamentos com inclusão de fitase apresentaram maior EDI (P <0,05) que os tratamentos não suplementados. Os dados do presente trabalho sugerem que a quantidade de Cu suplementada hoje em rações para frangos de corte pode estar acima da necessidade real para atingir o desempenho zootécnico máximo. Porém, a suplementação com fitase é essencial para atingir a taxa máxima de desempenho.

The objective of the present study was to evaluate the effects of supplementation of increasing levels of Cu with and without phytase supplementation in broiler diets on growth performance, blood parameters, and locomotor disorders. The experiment consisted of a 2 x 5 factorial arrangement with 10 treatments, 8 replications of 7 male Cobb 500 chicks, distributed in a completely randomized design. The basal diet (8 ppm Cu analyzed) was supplemented with 0; 3; 6; 9 and 12 ppm Cu, with or without phytase supplementation (2,500 FYT / Kg). Weight gain, feed conversion and feed intake were evaluated at 8, 14, 21 and 28 d. At 28 days, varus, valgus and tibia rotation were evaluated and blood was collected for hematocrit (Ht) and hemoglobin (Hb) evaluation. At 28 d, all animals were slaughtered to collect kidney, liver, tibia, pectoralis major muscle, gastrocnemius tendon and ileal content. Diet samples and ileal digesta were analyzed to determine the ileal digestible energy (IDE). Data were analysed using the SAS MIXED proc and averages, when relevant, were compared using the Tukey test (P <0.05). Treatments were distributed in a 2 x 5 factorial arrangement. The broiler responses were adjusted to the quadratic (QP) and linear (L) polynomial models. No effect of increasing Cu levels was observed on performance when the diets were formulated with phytase (P> 0.05). However, increasing levels of Cu without phytase supplementation affected (P <0.05) feed conversion from 8 to 14 days and from 8 to 28 days, with the lowest conversions obtained at 14.50 and 11.81 ppm, respectively. Phytase supplementation increased weight gain and feed intake and decreased feed conversion throughout the experimental period (P <0.05), when compared to diets without phytase, except for feed conversion from 15 to 21 d. There was no difference between treatments for Ht and Hb (P> 0.05) and for locomotor problems (P> 0.05). In addition, there was no histological difference in the liver between the different treatments (P> 0.05). Treatments with phytase inclusion showed a higher IDE (P <0.05) than non-supplemented treatments. data from the present study suggest that the amount of Cu supplemented today in broiler rations may be above the real need to achieve maximum zootechnical performance. However, supplementation with phytase is essential to achieve the maximum growth rate.