A enfermagem nos cuidados paliativos ao recém-nascido uma revisão integrativa

Abstract

Cuidados paliativos neonatais oferecem um plano de escolha para melhorar a qualidade de vida quando o prolongamento da vida do paciente não é mais o objetivo do atendimento ou a complexidade da condição está associada a um prognóstico incerto. Nessa dimensão, os enfermeiros devem considerar as necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente e da família. O cuidado centrado na família é um cuidado fornecido com base na singularidade do paciente juntamente com o respeito pelas famílias. O plano de cuidados é determinado com base nos objetivos e preferências destes com o apoio do tratamento da equipe. Neste trabalho, objetivou-se abordar as produções científicas sobre os cuidados de enfermagem paliativos aos recém-nascidos. Trata-se de uma revisão integrativa de pesquisa proposta pela metodologia de Cooper (1982), que se caracteriza pelo agrupamento de resultados obtidos através de pesquisas já realizadas sobre o assunto escolhido, realizando a síntese e a análise dos dados, a fim de promover uma explicação aprofundada sobre a temática abordada. Foi realizada uma busca de artigos nas bases de Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Scopus e Web of Science, publicados entre o período de 2015 a 2019, nos idiomas português e inglês. O total da amostra foi de 13 artigos. Após a leitura integral dos achados, foi possível dividir os resultados em três categorias. As produções revelaram uma necessidade educacional para os enfermeiros acerca dos cuidados paliativos neonatais, que visam a redução das fraquezas presentes, uma melhora do conhecimento clínico e sistemático, adquirir confiança em apoiar as famílias nas tomadas de decisões, incluindo a retirada de suportes de vida e a busca pelo melhor interesse ao recém-nascido e suas famílias. As produções trouxeram os facilitadores nesses cuidados, como conhecimento clínico, moral, valores, crenças e fatores familiares de apoio emocional, comunicação e práticas. Sobre as barreiras que dificultam a implementação desses cuidados, encontram-se a falta de privacidade das famílias, o isolamento, as características da equipe, entre outros. Nesse âmbito, encontramos as percepções dos enfermeiros, que vivenciam a morte de um bebê como um processo complexo, o qual exige conhecimento para um melhor enfrentamento profissional.