Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorBaquero, Marcellopt_BR
dc.contributor.authorZorzi, Felipe Bortoncellopt_BR
dc.date.accessioned2022-07-05T05:08:16Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/241771pt_BR
dc.description.abstractPor que democracias representativas reproduzem violentas assimetrias sociais, que oferecem riscos à conservação de sua própria estabilidade, se democracias almejam, como ideal, a unidade da opinião pública do povo na deliberação política? Uma crise sistêmica ocorre no mundo globalizado pelo capitalismo que se manifesta na desigualdade social e na desarmonia ecológica do Sistema Terra. Desigualdades emergem de um ciclo vicioso de exclusão e privilégio. Há assimetrias entre ricos e pobres, no acesso à educação de qualidade, no processo de representação política, no controle sobre o meio-ambiente. A maioria dos cidadãos está descontente com a forma como as decisões de seus representantes eleitos ignoram as contradições de sua realidade existencial. As deliberações institucionais parecem capturadas por grupos hegemônicos alheios à maioria. Em paralelo, há crise de legitimidade nas instituições democráticas. Esta tese constrói um pensamento sistêmico através da teoria dos sistemas complexos, especificamente da teoria dos sistemas sociais autopoiéticos (autoprodutivos), para analisar a interpenetração não-linear entre três subsistemas da organização social: educação, economia e política. Busca-se entender, através do estudo da cultura política de um país colonizado, o Brasil, como as assimetrias sistêmicas podem resultar da corporificação mental de uma ideologia hegemônica que colonizou o mundo: a doutrina liberal de pensamento. As ideias desta tese de doutorado se sintetizam na “hipótese da entropia cultural”: Como resultado da expansão imperial do capitalismo, uma ideologia hegemônica, a doutrina liberal ou o individualismo, colonizou a sociedade brasileira com a ideia de privatização dos recursos escassos da natureza, determinando a reprodução histórica de um sistema social autopoiético que insula institucionalmente, através das diferenças na qualidade da educação (privada e pública), a enculturação política das redes de jovens abastados em condições de baixa entropia (organização, ordem, orientação) e marginaliza as redes de jovens pobres em condições de alta entropia (desorganização, desordem, desorientação). Para testá-la, desenvolve-se uma metodologia ecológica. Questionários de pesquisa survey foram aplicados em grupos naturais (clusters/turmas) de jovens estudantes de ensino médio de modo a mensurar o efeito das classes econômicas (escolas públicas, escolas privadas e escola militar) e da qualidade da educação (desempenho da escola no Exame Nacional do Ensino Médio) sobre suas orientações políticas. Evidencia-se um insulamento institucional entorno de grupos dominantes que se beneficiam da desorientação caótica dos alienados pelas regras do sistema.pt_BR
dc.description.abstractWhy do representative democracies reproduce violent social asymmetries that pose risks to the conservation of their own stability if democracy has as a guiding ideal the unity of people’s public opinion in political deliberation? A systemic crisis is taking place in a world globalized by capitalism, which manifests itself both in social inequalities and in the ecological disharmony of the Earth System. Inequalities emerge of a vicious cycle of exclusion and privilege. There are asymmetries between the rich and the poor, in the access to quality education, in the process of political representation, in control over the environment. Citizens’ public opinion is unhappy with how the decisions taken by elected representatives ignore contradictions in their existential reality. Political deliberations seem captured by hegemonic interests that are alien to the majority. In parallel, there is lack of legitimacy in established political institutions. This thesis builds systems thinking through complex systems theory, specifically through autopoietic (self-producing) social systems theory, to analyze the nonlinear interpenetration of three subsystems of social organization: education, economics and politics. It seeks to understand, by studying the political culture of a colonized country, Brazil, how systemic asymmetries can result from the mental embodiment of a hegemonic ideology that colonized the world: the liberal doctrine of thought. The ideas of this doctoral thesis are synthesized in the “cultural entropy hypothesis”: As a result of the imperial expansion of capitalism, a hegemonic ideology, the liberal doctrine of thought or individualism, colonized Brazilian society with the idea of privatizing the scarce resources of nature, determining the historical reproduction of an autopoietic social system that institutionally insulates, through asymmetries in the quality of private and public education, the intergenerational political enculturation of rich students’ social networks in low entropy conditions (organization, order, orientation) while marginalizing poor students’ social networks under conditions of high entropy (disorganization, disorder, disorientation). To test it, an ecological methodology is developed. Survey research questionnaires were applied to natural groups (clusters/classes) of Brazilian high school students in order to capture the effect of the economic classes (public schools, private schools and military school) and of the quality of education (school performance in the National High School Exam) on their political orientations. Evidence is found of an institutional insulation around the dominant groups who benefit of the chaotic disorientation presented by the liberal system’s alienated people.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSistemas complexospt_BR
dc.subjectComplex systemsen
dc.subjectAutopoiesept_BR
dc.subjectAutopoiesisen
dc.subjectPolitical cultureen
dc.subjectCultura políticapt_BR
dc.subjectDemocraciapt_BR
dc.subjectDemocracyen
dc.subjectEntropyen
dc.subjectEntropiapt_BR
dc.subjectCiência políticapt_BR
dc.titleDemocracia e entropia: uma teoria decolonial dos sistemas sociais e um estudo empírico sobre desigualdade no Brasilpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001143696pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciência Políticapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples