O treino integrativo como uma estratégia na melhora da densidade mineral óssea de crianças

Abstract

OBJETIVO: Avaliar o efeito da inclusão de uma parte de treino integrativo em um programa de Educação Física, durante 23 semanas, com duas aulas semanais de 50 minutos, sobre os indicadores de saúde óssea em crianças. MÉTODOS: O estudo é uma pesquisa com delineamento quase-experimental e de abordagem quantitativa. O projeto que deu origem a este estudo foi protocolado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Todas as crianças e seus representantes legais preencheram formulários por escrito de assentimento e consentimento. 67 estudantes de seis a 12 anos de idade, não completos, que frequentam turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental de uma Escola Estadual de Porto Alegre, RS, devidamente matriculados, participaram da pesquisa. A estatística descritiva (média e desvio-padrão) foi calculada na linha de base e pós-intervenção. As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS versão 24.0 e sendo aceito a probabilidade de 5% de erro nas análises. RESULTADOS: Os valores das duas variáveis, densidade mineral óssea da coluna e densidade mineral óssea da pelve, respectivamente, analisadas nesse trabalho, apresentaram um aumento após a intervenção, sendo que o delta da pelve foi um pouco maior do que o delta da coluna. Os resultados da densidade mineral óssea foram positivos, classificados como um efeito médio, tanto na coluna, quanto na pelve. CONCLUSÃO: O exercício físico é um fator contribuinte na aquisição de massa óssea, proporcionando maior pico ao final da maturação óssea, e também contribuindo na preservação e manutenção da massa óssea ao longo da vida. O nível de atividade física pode interferir positivamente sobre a variável da densidade mineral óssea que é tão importante para a saúde óssea do indivíduo.

OBJECTIVE: To evaluate the effect of including an integrative training part in a Physical Education program, during 23 weeks, with two weekly 50-minute classes, on bone health indicators in children. METHODS: The study is a quasi-experimental study with a quantitative approach. The project that gave rise to this study was filed and approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul. All children and their legal representatives filled out written forms of agreement and consent. 67 students from six to 12 years of age, not completed, who attend classes from the first to the fifth year of elementary school at a Public School in Porto Alegre, RS, duly enrolled, participated in the research. Descriptive statistics (mean and standard deviation) were based on the baseline and post- intervention. Statistical analyzes were performed using SPSS software version 24.0 and a 5% probability of error was accepted in the analyzes. RESULTS: The values of the two variables, bone mineral density of the spine and bone mineral density of the pelvis, respectively, analyzed in this study, showed an increase after the intervention, with the pelvis delta being slightly higher than the spine delta. The results of bone mineral density were positive, classified as a medium effect, both in the spine and in the pelvis. CONCLUSION: Physical exercise is a contributing factor in the acquisition of bone mass, providing a greater peak at the end of bone maturation, and also contributing to the preservation and maintenance of bone mass throughout life. The level of physical activity can positively interfere with the bone mineral density variable that is so important for the individual's bone health.