Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorPertille, José Pinheiropt_BR
dc.contributor.authorMonti, Gil Moraespt_BR
dc.date.accessioned2022-10-12T04:45:56Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/249879pt_BR
dc.description.abstractA presente tese tem como base demonstrar como uma série de dicotomias e ambiguidades presentes na obra de Hannah Arendt não representam nenhuma falha epistemológica ou contradição em sua obra. O que de fato esses elementos sintetizam é uma forma de Arendt se inserir e debater com uma tradição político-filosófica que a antecede e ao mesmo tempo propor uma perspectiva que tenha a capacidade de absorver as contradições que a própria experiência política produz em seu modo de vida. Essas questões serão desenvolvidas a partir da ideia de uma filosofia da experiência política. O que essa perspectiva evidencia é como a política deve ser pensada a partir de um “quem” que experencia esse espaço e não de um o “que” seja a política. O que está no centro dessa perspectiva e estabelece essa ponte entre a política e a filosofia é essa atividade que aproxima a atividade filosófica do mundo vivido e a política de algo que não se restringe a mera presença no mundo, mas tem a capacidade de gerar o significado necessário para o viver. O caminho que será proposto tem como início ressaltar o caráter produtivo desses aspectos supostamente controversos e ambíguos e como isso representa uma das essências de sua perspectiva política, não obstante, a partir da explicitação desses elementos evidenciar como a tese não se propõe a resolver supostos problemas da teoria arendtiana, mas ressaltar como uma das essências da sua perspectiva política está assentada em uma relação que é estabelecida entre o sujeito e o mundo. Há um eixo autores, os quais Arendt dialoga, e que constituem o núcleo de debate proposto na tese: Sócrates, W. Benjamin e I. Kant. A partir desses autores que a noção de experiência política é interpretada como uma ponte de resolução para as dicotomias. O capítulo destinado a Sócrates procura investigar a dimensão pública do filosofar e o impacto que o evento do julgamento causou na tradição do pensamento filosófico. O segmento destinado a Benjamin explora a sua crítica a noção de história e como que é por meio da experiência que o sujeito se torna capaz de elaborar, narrar e compartilhar sua vida. O terceiro capítulo resgata elementos da interpretação de Arendt da estética kantiana com o intuito de destacar o caráter representativo e comum que o pensamento adota na formulação de seus juízos. Apesar da abordagem proposta ter uma orientação crítica dos modelos tradicionais, o objetivo não refutar uma leitura em vista de substitui-la, mas ampliar as possiblidades de percepção da política incorporando novos modelos. Nesse sentido, pensar a perspectiva arendtiana por meio de uma filosofia da experiência política tem como objetivo ressaltar como a política se realiza por meio das descontinuidades e imprevisibilidades presentes no agir humano. Tal abordagem, além de colocar em diálogo as dimensões de mundo vivido e mundo pensando revela como a perspectiva arendtiana não se expressa como um modelo a ser seguido, mas em uma atividade capaz de interpretar as contradições que a vida política produz e também introduzir um princípio de novidade inerente as relações humanas.pt_BR
dc.description.abstractThis thesis is based on demonstrating how a series of dichotomies and ambiguities present in Hannah Arendt's work do not represent any epistemological flaw or contradiction in her work. What these elements actually synthesize is a way for Arendt to insert herself and debate with a political-philosophical tradition that precedes her and at the same time propose a perspective that has the capacity to absorb the contradictions that the political experience itself produces in her way of thinking. life. These questions will be developed from the idea of a philosophy of political experience. What this perspective shows is how politics should be thought of from a “who” experiences this space and not from a “what” politics is. What is at the center of this perspective and establishes this bridge between politics and philosophy is this activity that brings philosophical activity closer to the lived world and politics to something that is not restricted to mere presence in the world, but has the ability to generate the meaning necessary for living. The path that will be proposed begins by emphasizing the productive character of these supposedly controversial and ambiguous aspects and how this represents one of the essences of its political perspective, however, from the explanation of these elements, it is evident how the thesis does not propose to solve supposed problems of Arendtian theory, but to emphasize how one of the essences of her political perspective is based on a relationship that is established between the subject and the world. There is an axis of authors, which Arendt dialogues with, and which constitute the core of the debate proposed in the thesis: Socrates, W. Benjamin and I. Kant. From these authors, the notion of political experience is interpreted as a bridge of resolution for the dichotomies. The chapter dedicated to Socrates seeks to investigate the public dimension of philosophizing and the impact that the event of the judgment had on the tradition of philosophical thought. The segment aimed at Benjamin explores his critique of the notion of history and how it is through experience that the subject becomes capable of elaborating, narrating and sharing his life. The third chapter rescues elements of Arendt's interpretation of Kantian aesthetics in order to highlight the representative character that thought adopts in the formulation of its judgments. Although the proposed approach has a critical orientation of traditional models, the objective is not to refute a reading in order to replace it, but to expand the possibilities of perceiving the policy by incorporating new models. In this sense, thinking about the Arendtian perspective through a philosophy of political experience aims to highlight how politics is carried out through the discontinuities and unpredictability present in human action. Such an approach, in addition to putting into dialogue the dimensions of the lived world and the thinking world, reveals how the Arendtian perspective is not expressed as a model to be followed, but in an activity capable of interpreting the contradictions that political life produces and also introducing a principle of novelty inherent in human relationships.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPhilosophy of political experienceen
dc.subjectArendt, Hannah, 1906-1975pt_BR
dc.subjectExperienceen
dc.subjectExperiência (Filosofia)pt_BR
dc.subjectPolíticapt_BR
dc.subjectAmbiguityen
dc.subjectAmbigüidadept_BR
dc.subjectHistoryen
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.titleNas fronteiras da filosofia: por uma filosofia da experiência política em Hannah Arendtpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001151212pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples