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dc.contributor.advisorAvila, Arthur Lima dept_BR
dc.contributor.authorPereira, Allan Kardec da Silvapt_BR
dc.date.accessioned2023-03-02T03:27:43Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/255270pt_BR
dc.description.abstractEm 9 de agosto de 2014, na pequena cidade de Ferguson, no estado do Missouri, Estados Unidos, um jovem negro de 18 anos chamado Michael Brown foi assassinado por um policial local de nome Darren Wilson. Seu corpo ficou exposto para sua comunidade por mais de 4 horas no escaldante chão daquele verão. Já nesse momento, se deu uma repressão brutal da polícia contra as pessoas que tentavam congregar sua revolta pelo acontecido. Gritos e canções foram ecoados em um desafio frontal à brutalidade da sujeição. Protestos intensos duraram até o mês de dezembro daquele ano, quando a mensagem radical dos manifestantes migrou para outras pessoas igualmente revoltadas pela violência policial antinegra e sua lógica carcerária. A percepção de que os episódios de Ferguson marcavam uma falência do discurso pós-racial que defendia o "declínio da importância da raça" fez com que o embate entre "vandalismo/anarquia/radicalidade" x "respeitabilidade/reformismo" fosse repensado na cultura política negra. Frente a isso, inicialmente, Impróprios para a História reverbera as vozes que cantavam em revolta nos primeiros dias de Ferguson, situa os passos e os conflitos internos daqueles que recusavam o chamado à ordem das forças policiais. Em seguida, define o pós-racial e aponta como os grupos rebeldes combatiam também essa percepção do tempo. Após esses movimentos, reflete-se como o ordenamento geográfico de Ferguson racializava e limitava as possibilidades de vida de sua população negra em um processo de exclusão social de longa data. Essa condenação da negritude, em sua lógica carcerária, afetava pessoas como Michael Brown antes mesmo que ele fosse morto pelo policial Darren Wilson. Em seus últimos momentos, Impróprios para a História explica como, na esteira das manifestações e das construções políticas desenvolvidas nos anos seguintes em Ferguson, o abolicionismo prisional tem pautado os projetos de futuro possíveis para muitos ativistas em luta contra a antinegritude fundante dos Estados Unidos. Realizo esse caminho em um íntimo diálogo com um conjunto de autores negros, tentando aliar indisciplinaridade e radicalidade na escrita da história.pt_BR
dc.description.abstractOn August 9, 2014, in the small town of Ferguson, Missouri, United States, an 18-year-old black man named Michael Brown was murdered by a local police officer named Darren Wilson. His body was exposed to his community for over 4 hours, on the scorching ground that summer. At that moment, there was a brutal repression by the police against people who were trying to assemble their revolt over what had happened. Screams and songs were echoed in a frontal challenge to the brutality of subjection. Intense protests lasted until December of that year, when the protesters‘ radical message migrated to other people equally outraged by anti-black police violence and its carceral logic. The perception that Ferguson's episodes marked a failure of the post-racial discourse that defended the "decline in the importance of race" made the clash between "vandalism/anarchy/radicality" x "respectability/reformism" was rethought in black political culture. Faced with this, initially, Improper for History reverberates the voices that sang in revolt in Ferguson's early days, situates the steps and internal conflicts of those who refused the call to order from the police forces. Then, it defines the post-racial and points out how the rebels groups also fought this perception of time. After these movements, it is reflected how Ferguson's geographic ordering racialized and limited the possibilities of life of its black population in a long-standing process of social exclusion. This condemnation of blackness, in its carceral logic, affected people like Michael Brown even before he was killed by police officer Darren Wilson. In its last moments, Improper for History explains how, in the wake of the manifestations and political constructions developed in the following years in Ferguson, prison abolitionism has guided the possible future projects for many activists in the fight against the founding antiblackness of the United States. I take this path in an intimate dialogue with a ensemble of black authors, trying to combine indiscipline and radicalism in the writing of history.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAnti-blacknessen
dc.subjectNegritudept_BR
dc.subjectRacismopt_BR
dc.subjectTemporalityen
dc.subjectTemporalidadept_BR
dc.subjectTheories of Historyen
dc.subjectTeoria da históriapt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.titleImpróprios para a história : rebelião, tempo e antinegritude em Ferguson (2014-)pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001163163pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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