A percepção dos ingressantes em administração da UFRGS sobre a prática administrativa à luz do que fazem e como fazem algumas das personagens administrativas

Abstract

A pesquisa desenvolvida neste trabalho visou identificar a percepção dos ingressantes em administração da UFRGS em relação à prática administrativa à luz do que fazem e como fazem as personagens administrativas, bem como a presença de teorias retóricas nessas personagens. Como referencial teórico, foram utilizados dois autores retóricos que viriam a compor o corpo da pesquisa, sendo eles Aristóteles, com a persuasão através do ethos, e John Austin com a sua teoria dos atos de fala - da qual foram utilizados os atos ilocucionário e perlocucionário. Além disso, para explicitar as figuras administrativas da gerência, liderança e política, 4 autores foram utilizados: Drucker (gerência), Bennis (liderança), Follett (liderança e política) e Morgan (política). Com base no conteúdo teórico, foi elaborado um questionário com 16 afirmações obre “o que faz” o administrador, assim como 16 de “como faz” o administrador. Nele, cada afirmação corresponde a uma figura administrativa (gerência, liderança e política). Para as teorias retóricas, cada afirmação de “como faz” o administrador corresponde a uma teoria retórica (ethos, ilocucionário e perlocucionário), além de uma figura administrativa. A partir do questionário, foi gerada uma base de dados a respeito da importância percebida pelos ingressantes quanto a cada figura administrativa, bem como cada teoria retórica. Concluiu-se que o ingressante em administração da UFRGS tem forte apego à figura administrativa da gerência, com a liderança e a política se equivalendo entre si. Além disso, em relação às teorias retóricas, foi vista uma forte predominância dos atos ilocucionários na percepção do ingressante, com atos perlocucionários e ethos apresentando pouca relevância. Por fim, foi apresentada a questão sobre a necessidade de adaptação do ensino de modo a sanar essas lacunas.

The research developed in this paper sought to identify the perception of freshmen initiating business at UFRGS in relation to administrative practice from the perspective of what administrative personas do and how they do it, as well as the presence of rhetorical theories in these personas. Initially, two rhetorical authors were cited, being Aristotle and his theories of persuasion through ethos, and John Austins’ speech acts, from which the illocutionary and perlocutionary acts were used. Furthermore, to illustrate the administrative personas of management, leadership and policy, 4 authors were cited: Drucker (management), Bennis (leadership), Follett (leadership and policy) and Morgan (policy). A questionnaire was created with 16 statements about “what does” the administrator, as well as 16 of “how does” the administrator. Each statement corresponds to an administrative persona (management, leadership and policy). For rhetorical theories, each statement of “how does” the administrator corresponds to a rhetorical theory (ethos, illocutionary and perlocutionary) in addition to an administrative persona. A database was generated regarding the importance perceived by freshmen as for each administrative persona, as well as each rhetorical theory. It was concluded that business’ freshmen at UFRGS have a strong bond to the administrative persona of manager (management), with leadership and policy falling behind. In addition, in relation to rhetorical theories, a strong predominance of illocutionary acts was seen in the perception of freshmen, with perlocutionary acts and ethos showing little relevance. A question about the need to adapt teaching to remedy these gaps was presented.