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dc.contributor.advisorCorazza, Sandra Marapt_BR
dc.contributor.authorZordan, Paolapt_BR
dc.date.accessioned2023-05-04T04:03:50Zpt_BR
dc.date.issued2004pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/257726pt_BR
dc.description.abstractO presente trabalho traça a paisagem da geo-educação, um piano virtual criado a partir da doutrina do eterno retorno de Nietzsche e da geo-filosofia de Deleuze e Guattari. Trata-se de pensar uma educação cuja prática se dê nos termos das artes, possibilitando uma maneira estética de aprender e de ensinar as matérias que se oferecem à vida. A geo-educação procura desenvolver maneiras de provar os afectos dos povos e das forças que atravessam a Terra, superfície onde sua prática acontece. Imanente às forças caóticas dos devires da Terra, o plano da geo-educação é traçado em compósitas textuais, criados com os conceitos que incorporam sua perspectiva: máquina, superfície, matéria, movimento, devir, paisagem, monumento, acontecimento, plano, pele, sensação, figura, corpo esquizo, horizonte, linha de fuga, infinito, multiplicidade, caos. Esse plano, construído conceitualmente para colocar o problema dos devires da arte no campo educacional, é trabalhado junto à pesquisa tipológica de estilos monstruosos. Procede com a problematização topológica das figuras que incorporam as variações estilísticas, operando uma análise cartográfica das perspectivas que os estilos e as figuras implicam. A composição desse plano funciona por efeitos pictóricos e disseminação de variedades, forças transversais que delineiam os deveres da pesquisa em figuras estéticas. Esses efeitos tentam trazer o estranhamente dionisíaco, a genitalidade venusiana, os transportes mercuriais e a riqueza abissal de um território de cortes e quedas, para dentro do texto. Deuses clássicos (resquícios da filologia nietzschiana), personagens de cultos e de lendas, paisagens geográficas acidentadas, como o cerro do Jarau ou uma das fendas dos Aparados da Serra (figurações que deram corpo para seres de sensação), animam o plano de composição traçado por essa Tese. O abismo ltaimbezinho, a divindade diabólica dos cultos afro-brasileiros, Exu, e a princesa moura que virou a Teiniaguá, da lenda gaúcha A Salamanca do Jarau, funcionam como paisagens por onde passam forças proscritas, que clamam o corpóreo, o animalesco e a morte, potências terrivelmente problemáticas para a educação. Junto a essas figuras a Tese esboça um território fronteiriço ao impensado, in-formado; território abissal marcado pelo que Deleuze chama "linha feiticeira" e que mapeia os estratégicos limites com o ainda não-criado. Experimentar essa linha é vital para que aconteçam os processos de criação Provar a matéria implica mergulhar no caos e tomar doses de desrazão, aquilo que Nietzsche explicou como "sentido dionisíaco da arte". Embora a criação tenha como objetivo a definição de uma forma, é na dissolução do transe dionisíaco que a natureza da matéria in-forme se mostra, pois excede o organismo e faz um corpo pleno, sem órgãos. Sem essa experiência radical, de ultrapassagem de limites, não se cria e não se consegue fazer arte. Aprender é se contagiar com os seres de sensação desprendidos pelas matérias de uma arte. Possibilitar uma educação com a arte, fazer geo-educação, é arrancar as matérias de estudo das sedimentações das disciplinas do conhecimento, tomando as matérias como expressão de estilos de pensamento, jamais como verdades.pt_BR
dc.description.abstractCe travail trace le paysage de la géo-éducation, d'un plan virtuel créé de la doctrine du retour perpétuel de Nietzsche et de la géo-philosophie de Deleuze et de Guattari. Il s'agit de penser une éducation dont la pratique est faite dans les terms des arts, pour rendre possible une manière esthétique d'apprendre et d'enseigner les matières qui s'offrent à la vie. La géo-éducation trouve développer des maniéres de essayer les affections des peuples et celles des forces qui traversent la terre, surface où cette pratique se produit. Immanent aux forces chaotiques des devenirs de la terre, le plan de la géo-éducation est tracé dans des composites textuels, créés avec les concepts qui incorporent sa perspective: machine, surface, matière, mouvement, devenir, paysage, monument, événement, plan, peau, sensation, figure, corps, esquisses, horizon, ligne de furte, l'infini, multiplicité, chaos. Ce plan, construit conceptuellement pour disposer le problème des devenirs de l'art dans le domaine éducatif, est travaillé ensemble à la recherche typologique des modèles monstrueux. Il se poursuit par la problématization topologique des figures qui incorporent les variations stylistiques, actionnant une analyse cartographique des perspectives que les styles et les figures impliquent. La composition de ce plan fonctionne par l'effet pictural et la diffusion des variétés, des forces transversales qui tracent les devenirs de la recherche dans les figures esthétiques. Ces effets essayent apporter l'etrangeté dionysiaque, la génitalité de Venus, les transports mercuriales et la richesse abyssale d'un territoire de coupes et de chutes, à l'intérieur du texte. Les Dieus classiques (restes de la philologie nietzschéenne), les personages des cultes et des légendes, les accidents géographiques de paysages, comme le cerro de Jarau ou une des fissures de l'Aparados da Serra (figurations qu'ils avaient donné aux corps pour des êtres de sensation), animent vers le haut du plan de composition tracé pour cette thèse. L'abîme ltaimbezinho, la divinité diabolique des cultes afro-Brésiliens, l'Exu et la princesse maure qui est devenue la Teiniaguá, de la légende "gaúcha" Sallamanque du Jarau - ils fonctionnent comme paysages par où passent les forces interdites, qui crient pour le corporel, l'animalesque et la mort, puissances terriblement problématiques pour l'éducation. Joint à ces figures la thèse esquisse un territoire frontière impensable, informe; un territoire abyssal marqué pour ce que Deleuze appelle "ligne de sorcière" et qui identifie les limites stratégiques avec le pas-encore-créé. Il est essentiel d'essayer cette ligne de sorte que les procédés de création se produisent. Prouver la matière implique plonger dans le chaos et pour prendre des doses de déraison, ce que Nietzsche a expliqué par le "sens dionysiaque de l'art". Quoique la création ait comme objectif la définition d'une forme, c'est dans la dissolution d'une transe dionysiaque que la nature de la matière informe se montre, dont elle excède l'organisme et elle fait un plein corps, sans organes. Sans cette expérience radicale, du dépassement des bornes, on ne créé pas et on n'arrive pas à paire de l'art. Apprendre est se contagier avec les êtres de la sensation détachés par les matières d'un art. Rendre possible une éducation avec l'art, faire la géo-éducation, est détacher les matières de l'étude des sédimentations des disciplines de la connaissance, en prenant les matières comme expression des styles de pensée, jamais comme vérités.fr
dc.description.abstractThis work delineates the landscape of "geo-education", which is a virtual plane based upon Nietzsche's doctrine of the eternal recurrence and Deleuze and Guattari's geo-philosophy. It proposes a concept of education whose practice leads to the development of art-related concepts, paving the way for an aesthetical style of learning and teaching the matter that comes to life. Geo-education seeks to develop ways of proving the affection of the peoples and forces that traverse the Earth, the surface where its practice takes place. Immanent to the chaotic forces of the Earth's possibilities, the plane of geo-education is outlined through text composites created by concepts that incorporate its perspective: machine, surface, movement, becoming landscape, monument, happening, plane, skin, sensation, figure, body, schizo, horizon, line of flight/evasion, infinity, multiplicity, chaos. This plane, conceptually built to introduce the problem of art's possibilities in education, is presented together with typological research of monstrous styles. It goes on to question, from a topological viewpoint, the figures that incorporate the stylistic variations, in a cartographical analysis of the perspectives created by the styles and figures. The composition of this plane works through pictorial effects and the dissemination of variations, transversal forces that delineate the possibilities of research into aesthetic figures. These effects strive to bring unto the text Dionysian estrangement, Venusian geniality, Mercurial transports, and the abyssal wealth of a territory of cuts and falls. Classical gods (vestiges of Nietzsche's philology), characters of cults and legends, rough geographical landscapes, similar to the "Hall of Jarau" or one of the fissures in the "Aparados da Serra" (figurations that embodied beings of sensation), animate the composition plane delineated by this thesis. The "ltaimbezinho" canyon, the diabolic deity of the Abro-Brazilian cults, Exu, and the Moorish princess who turned into the Teiniaguá, from the gaucho legend "A salamanca do Jarau", all work as a landscape, where banned forces pass by, in search of the corporeal, the bestial, and of death, all of which are terribly problematic potencies for education. Along with those figures, this thesis outlines a frontier territory bordering the unthought-of, the un-formed, the abyssal territory marked by what Deleuze calls the "bewitched line", which maps the strategic limits of the not-yet-created. Experimenting with this line is vital for the process of creation to take place. Trying the subject-matter envolves diving in the chaos and swallowing doses of unreason - what Nietzsche explained as being the "Dionysian sense of art". Though the objective of creation is the definition of a form, it is in the dissolution of the dionysian trance that the nature of the subject-matter without form, shows itself, as it exceeds the organism and makes a plain body, without organs. Without this radical experience of going beyond the limits, one cannot create and cannot make art. Learning is the contagion one gets from the beings of sensation detached from the subject-matter of an art. To make an education with art possible, to do geo-education, is to pull the subject-matter of study away from sedimentation of the disciplines of knowledge, taking such matter as an expression of styles of thought, never as truths.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectDeleuze, Gilles, 1925-1995pt_BR
dc.subjectNietzsche, Friedrich Wilhelm, 1844-1900pt_BR
dc.subjectGuattari, Felix, 1930-1992pt_BR
dc.subjectArtept_BR
dc.subjectFilosofia da educaçãopt_BR
dc.subjectEducação artísticapt_BR
dc.titleArte e geo-educação : perspectivas virtuaispt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000404386pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2004pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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