O Afeganistão e sua modernização fracassada : da construção do Estado à Revolução de Abril
dc.contributor.advisor | Vizentini, Paulo Gilberto Fagundes | pt_BR |
dc.contributor.author | Lima, Gabriela Ruchel de | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-06-12T03:25:32Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2023 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/258949 | pt_BR |
dc.description.abstract | O presente trabalho busca contextualizar, por meio do percurso histórico e político do Afeganistão, as raízes, os condicionantes e os resultados das tentativas modernizadoras pelas quais passou o país. Todas elas foram frustradas, desde a própria construção do Estado e a monarquia secular de Mohammed Zahir Shah, passando pelo período da "Nova Democracia" e a República de 1973, até o governo marxista do Partido Democrático do Povo Afegão (PDPA), que assumiu o poder em 1978, após a Revolução de Saur. Sob as bases complexas de um poder estatal difuso e marcado pela descentralização política, argumenta-se que o padrão das relações estabelecidas entre Estado e sociedade, além de suas próprias idiossincrasias e complexidades, constituiu um dos fatores cruciais para elucidar não apenas o percurso da guerra no Afeganistão, mas também o fracasso de todas as tentativas de ruptura e mudança na ordem social pré-estabelecida, cuja dominação exercida pelos segmentos mais fortes fazia-se perpetuadora do atraso. Ademais, a década de 1980 também evidenciou o enfraquecimento das instituições políticas e militares da sociedade afegã, historicamente marcada por diversas divisões regionais e tribais, seja por motivos étnicos, religiosos ou territoriais. Os diferentes graus de lealdade superavam a identidade nacional, sendo, inclusive, maiores que a ideologia estabelecida pelo PDPA após a Revolução de Saur, em 1978, e a intervenção soviética no ano seguinte. Somando-se a tais fatores, tem-se, ainda, o contexto internacional de Guerra Fria, cujas dinâmicas próprias também contribuíram para que, no recorte temporal escolhido, houvesse não apenas a imersão do país em uma guerra civil, como também o seu incentivo velado por parte de potências estrangeiras, como os Estados Unidos. Motivados, sobretudo, pelo apoio externo fornecido, os grupos contrarrevolucionários travaram uma forte resistência à intervenção soviética e às modernizações propostas, algo que escalonaria o conflito e alteraria consideravelmente o cenário político, econômico e social no Afeganistão. | pt_BR |
dc.description.abstract | The present work seeks to contextualize, through the historical and political journey of Afghanistan, the roots, conditions and results of the modernizing attempts that the country has gone through. All of them were thwarted, from state building itself and the secular monarchy of Mohammed Zahir Shah, through the period of "New Democracy" and the Republic of 1973, to the Marxist government of the Afghan People's Democratic Party (PDPA), which took over power in 1978 after the Saur Revolution. Under the complex bases of a diffuse state power and marked by political decentralization, it is argued that the pattern of relations established between State and society, in addition to its own idiosyncrasies and complexities, constituted one of the crucial factors to elucidate not only the course of the war in Afghanistan, but also the failure of all attempts to break and change the pre-established social order, whose domination by the strongest segments perpetuated backwardness. Furthermore, the 1980s also showed the weakening of political and military institutions in Afghan society, historically marked by various regional and tribal divisions, whether for ethnic, religious or territorial reasons. The different degrees of loyalty surpassed the national identity, being even greater than the ideology established by the PDPA after the Saur Revolution, in 1978, and the Soviet intervention in the following year. In addition to these factors, there is also the international context of the Cold War, whose own dynamics also contributed to the fact that, in the chosen time frame, there was not only the immersion of the country in a civil war, but also its veiled encouragement from foreign powers such as the United States. Motivated, above all, by the external support provided, the counterrevolutionary groups put up strong resistance to the Soviet intervention and the proposed modernizations, something that would escalate the conflict and considerably change the political, economic and social scenario in Afghanistan. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Afghanistan | en |
dc.subject | Revolução | pt_BR |
dc.subject | Afghan revolution | en |
dc.subject | Modernização | pt_BR |
dc.subject | Guerra fria | pt_BR |
dc.subject | Modernization | en |
dc.subject | Afeganistão | pt_BR |
dc.subject | Soviet intervention | en |
dc.subject | Cold War | en |
dc.title | O Afeganistão e sua modernização fracassada : da construção do Estado à Revolução de Abril | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001171057 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Ciência Política | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2023 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
Este item está licenciado na Creative Commons License
-
Ciências Humanas (7479)Ciência Política (527)