Kunhangue Reko, o modo de ser de mulheres Mbya Guarani : entre plantas e palavras na busca pelo Teko Porã, bem viver
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Data
2023Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Em meio ao contexto de crises ambientais, políticas e ontológicas que são reproduzidas com a colonialidade, observa-se a insurgência de mulheres indígenas que, junto a plantas e outros elementos naturais, se levantam e exigem escuta. Como refúgios que precisam ser constituídos aos humanos e não humanos nesta era, a ecologia tradicional do povo Mbya Guarani apresenta alternativas ao desenvolvimento. Em meio a plantas e memórias, entre a autora e uma mulher indígena mbya guarani, a presente disse ...
Em meio ao contexto de crises ambientais, políticas e ontológicas que são reproduzidas com a colonialidade, observa-se a insurgência de mulheres indígenas que, junto a plantas e outros elementos naturais, se levantam e exigem escuta. Como refúgios que precisam ser constituídos aos humanos e não humanos nesta era, a ecologia tradicional do povo Mbya Guarani apresenta alternativas ao desenvolvimento. Em meio a plantas e memórias, entre a autora e uma mulher indígena mbya guarani, a presente dissertação foi produzida. Realizou-se imersões no cotidiano socioambiental e político de mulheres guarani, as kunhangue, sobretudo em uma aldeia, tekoa, no extremo sul da Mata Atlântica, onde coabitam seres múltiplos que se interconectam por meio da espiritualidade e de mãos indígenas as quais produzem arte, alimento, remédio e cuidado. O conhecimento científico e etnoecológico tradicional é, além de belo, cada vez mais de alta relevância para compreender as fissuras que o senso comum generalista produz e infiltra nas culturas originárias. Partindo dessa aldeia, fez-se uma caminhada pela parcela riograndense do yvyrupa, espaço tradicional e transfronteiriço mbya guarani, junto a diversas outras mulheres desta etnia que, com metodologias próprias, interpelam e impõe limites à sociedade não indígena, jurua kuery, de forma elegante, coletiva, artística e espiritual. Os contatos intergeracionais indígenas colocam a memória dos mais antigos e antigas no centro das relações. A memória, que é biocultural e mitológica, fazendo uso de belas palavras, caminha do passado ao presente, para vislumbrar o futuro. Por meio de cantos, danças e conselhos aos mais jovens como ferramenta de resiliência, as mulheres guarani, junto a seu Povo e acompanhadas pelas plantas e outros seres, perpetuam o amor e a alegria como combustível para a continuidade da caminhada. ...
Resumen
En medio del contexto de crisis ambientales, políticas y ontológicas que se reproducen con la colonialidad, observamos la insurgencia de mujeres indígenas que, junto a las plantas y otros elementos naturales, se levantan y exigen ser escuchadas. Como refugios que deben crearse para humanos y no humanos en esta era, la ecología tradicional del pueblo Mbya Guaraní presenta alternativas al desarrollo. Entre plantas y recuerdos, entre la autora y una mujer indígena mbya Guaraní, se produjo esta dis ...
En medio del contexto de crisis ambientales, políticas y ontológicas que se reproducen con la colonialidad, observamos la insurgencia de mujeres indígenas que, junto a las plantas y otros elementos naturales, se levantan y exigen ser escuchadas. Como refugios que deben crearse para humanos y no humanos en esta era, la ecología tradicional del pueblo Mbya Guaraní presenta alternativas al desarrollo. Entre plantas y recuerdos, entre la autora y una mujer indígena mbya Guaraní, se produjo esta disertación. Se realizaron inmersiones en la cotidianidad socioambiental y política de las mujeres guaraníes, el Kunhangue, especialmente en una aldea, Tekoa, en el extremo sur de la Mata Atlántica, donde múltiples seres cohabitan y se interconectan a través de la espiritualidad y las manos indígenas que producen arte. alimentos, medicinas y cuidados. El conocimiento científico y etnoecológico tradicional es, además de bello, cada vez más relevante para comprender las fisuras que el sentido común generalista produce e infiltra en las culturas originarias. Partiendo de esa aldea, hicimos un recorrido por la porción Rio Grande do Sul de Yvyrupa, un espacio tradicional y transfronterizo mbya guaraní, junto a varias otras mujeres de esta etnia que, con metodologías propias, cuestionan e imponen límites. sociedad no indígena, Jurua Kuery, de manera elegante, colectiva, artística y espiritual. Los contactos intergeneracionales indígenas colocan la memoria de los mayores en el centro de las relaciones. La memoria, que es biocultural y mitológica, usando bellas palabras, viaja del pasado al presente, para vislumbrar el futuro. A través de cantos, danzas y consejos a los jóvenes como herramienta de resiliencia, las mujeres guaraníes, junto a su Pueblo y acompañadas de plantas y otros seres, perpetúan el amor y la alegría como combustible para continuar el camino. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural.
Coleções
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Multidisciplinar (2561)Desenvolvimento Rural (538)
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