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dc.contributor.advisorMendes, Jussara Maria Rosapt_BR
dc.contributor.authorAliante, Gildopt_BR
dc.date.accessioned2024-03-22T05:03:59Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/273991pt_BR
dc.description.abstractO adoecimento mental relacionado ao trabalho de professores constitui um fenômeno global que preocupa pesquisadores, estudiosos de diversos campos do saber, como a Psicologia, a Educação, o Serviço Social, a Saúde e o Comportamento Organizacional, bem como organizações internacionais ligadas à área de trabalho, saúde e educação. No caso vertente, o interesse pela problemática surgiu em 2018, em que se verificou o afastamento de professores das atividades de docência por incapacidade mental em algumas escolas públicas do ensino primário em Nampula, Moçambique. Desse modo, este estudo objetivou analisar o processo de adoecimento mental de professores do ensino geral da rede pública em Nampula. Para tanto, foi desenvolvida esta pesquisa exploratória e de cunho qualitativo, ancorada pela abordagem teórico-metodológica de Saúde do Trabalhador. A coleta de dados deu-se por meio de análise documental e de administração de um roteiro de entrevistas semiestruturadas a uma amostragem intencional de 30 participantes (22 profissionais da educação e oito da área saúde mental e ocupacional), de ambos os sexos, com idades variadas entre 26 e 60 anos. O tratamento de informações coletadas foi com auxílio da análise de conteúdo e temática. Os resultados revelaram que fatores organizacionais (baixos salários, estagnação na carreira, atraso de pagamento de salários, falta e/ou insuficiência de infraestruturas escolares condignas e de materiais didáticos, quantidade de alunos nas turmas e de disciplinas lecionadas, falta valorização de classe docente pelo governo e sociedade, problemas de relacionamento interpessoal nas escolas, falta de reconhecimento pelo esforço do professor pelos membros da direção, injustas políticas de gestão de pessoal e políticas curriculares ineficazes) e socioeconômicos (endividamento, precárias condições de vida das comunidades, alto custo de vida, dificuldades de conciliar trabalho-família, pouco suporte familiar/conjugal e isolamento social) como fatores que contribuíam para o sofrimento e adoecimento mental de professores. Das diversas formas de adoecimento mental dos professores identificadas, destacaram-se: dependência química, stress e depressão. Este quadro é agravado pela falta de implicação e escassez de ações de enfrentamento institucional ao adoecimento mental e ausência de políticas públicas voltadas à saúde mental docente. Na perspectiva dos participantes desta investigação, a prevenção e o combate do adoecimento mental no trabalho passam, necessariamente, pela provisão de melhores condições salariais e de vida de professores, condições físicas e materiais das escolas, condições sociais das comunidades onde os professores trabalham, e implantação de uma Política de Atenção Integral da Saúde do Trabalhador, para prestar apoio psicossocial, bem como envolvimento de professores na concepção de políticas e seu controle social. Estes resultados servem de alerta para que ações preventivas, corretivas e interventivas de adoecimento mental de professores possam ser tomadas pelo Governo, sobretudo pelo Ministério de tutela da área da educação no país. Finalmente, é importante destacar que este estudo envolveu uma parte de professores da região norte do país, sendo pertinente, no futuro, o desenvolvimento de mais pesquisas com professores de outras regiões do país e subsistemas de ensino, assim como envolvendo amostras de funcionários dos demais setores e atividades.pt_BR
dc.description.abstractMental illness related to the work of teachers is a global phenomenon that worries researchers, scholars from different fields of knowledge, such as Psychology, Education, Social Service, Health, and Organizational Behavior, as well as international organizations linked to the area of work, health, and education. In this case, interest in the issue arose in 2018, when teachers were removed from teaching activities due to mental incapacity in some public primary schools in Nampula, Mozambique. Therefore, this study aimed to analyze the process of mental illness among public general education teachers in Nampula. To this end, this exploratory and qualitative research was developed, anchored by the theoretical-methodological approach of Occupational Health. Data collection took place through documentary analysis and administration of a semi-structured interview guide to an intentional sample of 30 participants (22 education professionals and eight from the mental and occupational health area), of both sexes, with varying ages. between 26 and 60 years old. The information collected was processed with the help of content and thematic analysis. The results revealed that organizational factors (low salaries, career stagnation, late payment of salaries; lack and/or insufficiency of adequate school infrastructure and teaching resources and materials, number of students in classes and subjects taught; lack of class appreciation teaching by government and society; problems of interpersonal relationships in schools; lack of recognition for the teacher's efforts by management members; unfair personnel management policies and ineffective curricular policies) and socioeconomic (debt, precarious living conditions in communities, high cost of life, difficulties in reconciling work and family, little family/marital support and social isolation) as factors that contributed to the mental illness of teachers. Of the various forms of mental illness identified among teachers, the following stood out: chemical dependency, stress, and depression. This situation is worsened by the lack of involvement and scarcity of actions to institutionally combat mental illness and the absence of public policies aimed at teaching mental health. From the perspective of the participants in this investigation, preventing and combating mental illness at work necessarily involves providing better salary and living conditions for teachers, physical and material conditions in schools, social conditions in the communities where teachers work, and implementation of a Comprehensive Occupational Health Care Policy, to provide psychosocial support, as well as the involvement of teachers in the design of policies and their social control. These results serve as a warning so that preventive, corrective, and interventional actions against teachers' mental illness can be taken by the Government, especially by the Ministry responsible for education in the country. Finally, it is important to highlight that this study involved a portion of teachers from the northern region of the country, and it is pertinent, in the future, to develop more research with teachers from other regions of the country and education subsystems, as well as involving samples of employees from other sectors and activities.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectMental disordersen
dc.subjectSaúde mentalpt_BR
dc.subjectProfessorespt_BR
dc.subjectSocial determinants of healthen
dc.subjectSaúde do trabalhadorpt_BR
dc.subjectOccupational healthen
dc.subjectPublic educationen
dc.subjectTrabalho docentept_BR
dc.subjectEnsino públicopt_BR
dc.subjectPolíticas públicaspt_BR
dc.subjectDeterminantes sociais da saúdept_BR
dc.subjectMoçambiquept_BR
dc.titleDescortinando o adoecimento mental de professores do ensino geral da rede pública em Nampula, Moçambiquept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001199153pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucionalpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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