Perfil dos hormônios esteróides de machos e fêmeas de Jundiá (Rhamdia quelem, Quoy & Gaimard, 1824) durante o ciclo reprodutivo
Visualizar/abrir
Data
2001Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Resumo
O jundiá (Rhamdia quelen) é uma espécie nativa do sul da América do Sul, sendo uma alternativa para aquacultura de países de clima temperados e sub-tropicais. Com o intuito de mapear os perfis hormonais reprodutivos de machos e fêmeas de jundiá, amostras de plasma e gônadas foram tomadas mensalmente entre julho de 1998 e julho de 1999 e em meses pré programados entre agosto de 1999 e abril de 2000. Nos machos os níveis plasmáticos de testosterona (T) aumentaram progressivamente durante a esperm ...
O jundiá (Rhamdia quelen) é uma espécie nativa do sul da América do Sul, sendo uma alternativa para aquacultura de países de clima temperados e sub-tropicais. Com o intuito de mapear os perfis hormonais reprodutivos de machos e fêmeas de jundiá, amostras de plasma e gônadas foram tomadas mensalmente entre julho de 1998 e julho de 1999 e em meses pré programados entre agosto de 1999 e abril de 2000. Nos machos os níveis plasmáticos de testosterona (T) aumentaram progressivamente durante a espermatogênese. Durante o período de espermiação a T decaiu enquanto a 11-cetotestoterona (1 1-KT) permaneceu alta. Os esteróides C2 l mostraram-se mais elevados antes do início da espermiação. As concentrações extremamente altas de 11-KT no primeiro ciclo em contraste as do segundo, fortemente sugere que este seja o hormônio pubertal para machos destas espécie. Nas fêmeas as concentrações plasmáticas de 17β-estradiol aumentaram progressivamente durante o desenvolvimento oocitário, simultaneamente com o aparecimento das vesículas de vitelo. A T teve sua mais alta concentração coincidentemente com o pico do Índice Gônado Somático, sugerindo uma ação na maturação dos oócitos. Dois picos distintos dos progestágenos foram detectados, correspondendo as desovas detectadas, sugerindo que um ou mais destes hormônios aja como "esteróide indutor de maturação final". Altos níveis de 11-KT foram encontrados nas fêmeas de jundiá. A identidade da 11-KT foi confirmada por cromatografia de camada delgada. A relevância fisiológica da 11-KT para as fêmeas desta espécie permanece desconhecida, apesar de sua distribuição ao longo do ciclo sugira sua participação. Referente a resposta ao estresse, os jundiás se comportaram como a maioria dos peixes teleósteos estudados até o momento. Concluindo, as concentrações dos esteróides reprodutivos indicaram ações semelhantes as propostas para os demais peixes, com peculiaridades no tocante a 11-KT. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Fisiologia.
Coleções
-
Ciências Biológicas (4138)Fisiologia (423)
Este item está licenciado na Creative Commons License