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dc.contributor.advisorPereira, Analúcia Danileviczpt_BR
dc.contributor.authorLongarai, Victória Silvapt_BR
dc.date.accessioned2024-07-16T05:56:26Zpt_BR
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/276306pt_BR
dc.description.abstractEste estudo visa aprofundar a compreensão das políticas coloniais britânicas para a Índia entre os anos 1896 e 1900, destacando a questão da segurança alimentar durante períodos de falhas nas monções. Ao longo do final do século XIX e início do século XX, a região testemunhou a morte de milhões de pessoas, sendo frequentemente associada às secas que afligiram diversas partes da Índia Britânica. Este trabalho busca explorar as nuances das modificações na estrutura de produção relacionada à agricultura e comércio local, impulsionadas pela necessidade de criar um mercado consumidor para o império britânico. A pesquisa, fundamentada em uma metodologia qualitativa, envolve a análise de fontes primárias e secundárias, juntamente com revisões bibliográficas em campos que abrangem relações internacionais, climatologia, saúde e nutrição. Os resultados revelam que a administração britânica na Índia não apenas desestabilizou as estruturas econômicas e de assistência social locais, resultando no empobrecimento da população, mas também negligenciou sistematicamente as modificações nos termos de posse e uso da terra para produção agrícola provocadas pela introdução da Índia ao sistema capitalista liberal. Em contraponto à narrativa britânica, as evidências apresentadas refutam a atribuição da alta mortalidade durante as fomes ao clima hostil e à suposta corrupção dos nativos. A análise destaca a falha das safras provocada por um evento El Niño especialmente forte em 1898, que, contrariamente às alegações, não foi suficiente para causar escassez de alimentos ou interromper as exportações de grãos para a Europa. Além disso, as políticas de combate à fome entre 1870 e 1900 revelaram um declínio nutricional, exacerbado pela modificação da composição salarial nos campos de trabalho abertos pelo governo britânico. Este estudo se mostra complementar às obras de Amartya Sen (1981) e Mike Davis (2022), ampliando a avaliação das secas na Índia para incluir a qualidade nutricional oferecida à população e discutir a transformação da imagem indiana que permitiu a normalização da fome no território. Em síntese, a pesquisa proporciona uma análise abrangente dos impactos do colonialismo britânico sobre as estruturas sociais e econômicas indianas, enfatizando a necessidade de revisitar os elementos que culminaram na morte de 21 milhões de indianos no último decênio do século XIX.pt_BR
dc.description.abstractThis study aims to deepen the understanding of British colonial policies in India between 1896 and 1900, focusing on the issue of food security during periods of monsoon failures. Throughout the late 19th and early 20th centuries, the region witnessed the death of millions of people, often associated with droughts that afflicted various parts of British India. This work explores the nuances of modifications in the production structure related to agriculture and local trade, driven by the need to create a consumer market for the British Empire. The research, grounded in a qualitative methodology, involves the analysis of primary and secondary sources, along with literature reviews in fields encompassing international relations, climatology, health, and nutrition. The findings reveal that the British administration in India destabilized local economic and social assistance structures, leading to the population's impoverishment and systematically overlooked changes in land ownership and usage terms for agricultural production induced by India's introduction to the liberal capitalist system. In contrast to the British narrative, the presented evidence refutes the attribution of high mortality during famines to a hostile climate and alleged corruption of the natives. The analysis highlights the crop failure caused by an extreme El Niño event in 1898, which, contrary to claims, was insufficient to cause food shortages or interrupt grain exports to Europe. Furthermore, famine relief policies between 1870 and 1900 revealed a nutritional decline exacerbated by changes in wage composition in labor camps opened by the British government. This study complements the works of Amartya Sen (1981) and Mike Davis (2022), expanding the assessment of droughts in India to include the nutritional quality offered to the population and discussing the transformation of the Indian image that normalized famine in the territory. In summary, the research provides a comprehensive analysis of the impact of British colonialism on Indian social and economic structures, emphasizing the need to revisit the elements that culminated in the death of 21 million Indians in the last decade of the 19th century.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSegurança alimentar e nutricionalpt_BR
dc.subjectFood securityen
dc.subjectColonialismopt_BR
dc.subjectFamineen
dc.subjectPolíticapt_BR
dc.subjectBritish colonialismen
dc.subjectDroughten
dc.subjectRelações internacionaispt_BR
dc.subjectÍndiapt_BR
dc.subjectInglaterrapt_BR
dc.titleImpactos do colonialismo britânico sobre a estrutura socioeconômica indiana : um estudo sobre o uso da terra e a segurança alimentar entre 1896 e 1900pt_BR
dc.typeTrabalho de conclusão de graduaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001205846pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Ciências Econômicaspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023/2pt_BR
dc.degree.graduationRelações Internacionaispt_BR
dc.degree.levelgraduaçãopt_BR


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