Modulação da prolactina na inflamação e reabsorção óssea na periodontite apical e sua regulação pelo estrogênio
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Data
2024Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Outro título
Prolactin modulation of inflammation and bone resorption in apical periodontitis and its regulation by estrogen
Assunto
Resumo
Este estudo teve como objetivo investigar a expressão de prolactina (Prl) e receptores de prolactina (PRLR) na periodontite apical, mediada por β-Estradiol (E2), e seu papel na modulação da resposta imunológica e no desenvolvimento da periodontite apical devido a infecções dentárias. Doze camundongos ovariectomizadas (OVX; n=6/grupo) foram divididos em grupos E2 e veículo (Veh). Ainda, camundongos PRLR knockout condicional (R26-creER2/PRLR flx/flx) (n=6) e camundongos de controle -cre (n=3) for ...
Este estudo teve como objetivo investigar a expressão de prolactina (Prl) e receptores de prolactina (PRLR) na periodontite apical, mediada por β-Estradiol (E2), e seu papel na modulação da resposta imunológica e no desenvolvimento da periodontite apical devido a infecções dentárias. Doze camundongos ovariectomizadas (OVX; n=6/grupo) foram divididos em grupos E2 e veículo (Veh). Ainda, camundongos PRLR knockout condicional (R26-creER2/PRLR flx/flx) (n=6) e camundongos de controle -cre (n=3) foram utilizados, com a deleção do gene PRLR induzida por injeções de tamoxifeno por quatro dias a partir do dia da exposição pulpar. A periodontite apical foi induzida por 14 dias, e os camundongos OVX foram suplementados com injeções de E2 ou veículo – óleo de amendoim. Após 14 dias, os camundongos foram eutanasiados, e amostras foram coletadas para medição de soro de E2, microtomografia computadorizada (μCT), reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real com transcrição reversa (RT-qPCR) e análises de imuno-histoquímica. Células MC3T3 foram cultivadas sozinhas ou com neurônios do gânglio trigêmeo e suplementadas com E2 ou E2 + antagonista PRLR. A mineralização foi avaliada após 21 dias. A significância estatística foi estabelecida em P < .05. Os dados do soro de E2 foram analisados usando o teste t de duas caudas não pareado. Os dados de μCT e mineralização in vitro foram analisados usando a análise de variância (ANOVA) de dois fatores com o teste post-hoc de Tukey. Um teste t de duas caudas não pareado foi usado para analisar os dados de RT-qPCR dos gânglios trigêmeos e glândulas pituitárias, e uma ANOVA de dois fatores com o teste post-hoc de Tukey foi usada para analisar os dados de RT-qPCR dos dentes/lesões periapicais. As imagens de imuno-histoquímica foram analisadas qualitativamente. A suplementação com E2 restaurou significativamente os níveis fisiológicos de E2 e reduziu o volume das lesões osteolíticas (P < .05). A expressão de Prl foi maior em lesões apicais de animais suplementados com E2, enquanto a expressão de PRLR foi ligeiramente reduzida (P < .05). A deleção de PRLR resultou em lesões significativamente menores (P < .05). Não houve diferenças na expressão de interleucina 1α, 1β, ou hormônio de crescimento entre animais tratados com E2 e Veh (P > .05). A imuno-histoquímica revelou expressão de Prl e PRLR nos gânglios trigêmeos e glândulas pituitárias de camundongos tratados com estrogênio, e uma expressão mais pronunciada em lesões apicais do grupo E2, com PRLR principalmente visto em osteoblastos. Níveis elevados de macrófagos, linfócitos T e neutrófilos foram observados no grupo E2. Prl dos neurônios do gânglio trigêmeo suplementados com E2 aumentou a mineralização dos osteoblastos (P < .05), enquanto a suplementação com E2 + antagonista PRLR inibiu a mineralização (P < .05). O estrogênio exibiu um papel protetor na reabsorção óssea e modulação da inflamação na periodontite apical, mediado em parte pela expressão sexualmente dimórfica de PRL e seu receptor, modulando assim a resposta imunológica e reduzindo a reabsorção óssea devido à periodontite apical. ...
Abstract
This study aimed to investigate the expression of prolactin (Prl) and prolactin receptors (PRLR) in apical periodontitis, mediated by β-Estradiol (E2), and its role in modulating the immune response and development of apical periodontitis due to dental infections. Twelve ovariectomized mice (OVX; n=6/group) were divided into E2 and vehicle (Veh) groups. Additionally, PRLR (R26-creER2/PRLR flx/flx) conditional knockout mice (n=6) and -cre control mice (n=3) were used, with PRLR gene deletion ind ...
This study aimed to investigate the expression of prolactin (Prl) and prolactin receptors (PRLR) in apical periodontitis, mediated by β-Estradiol (E2), and its role in modulating the immune response and development of apical periodontitis due to dental infections. Twelve ovariectomized mice (OVX; n=6/group) were divided into E2 and vehicle (Veh) groups. Additionally, PRLR (R26-creER2/PRLR flx/flx) conditional knockout mice (n=6) and -cre control mice (n=3) were used, with PRLR gene deletion induced by tamoxifen injections for four days starting on the day of pulp exposure. Apical periodontitis was induced for 14 days, and OVX mice were supplemented with E2 or vehicle – peanut oil - injections. After 14 days, mice were euthanized, and samples were collected for E2 serum measurement, microcomputed tomography (μCT), real-time reverse transcription quantitative polymerase chain reaction (RT-qPCR), and immunohistochemistry analyses. MC3T3 cells were cultured alone or with trigeminal ganglia neurons and supplemented with E2 or E2 + PRLR antagonist. Mineralization was assessed after 21 days. Statistical significance was set at P < .05. E2 serum data were analyzed using an unpaired two-tailed t-test. μCT and in vitro mineralization data were analyzed using two-way analysis of variance (ANOVA) with post-hoc Tukey’s test. An unpaired two-tailed t-test was used to analyze data from RT-qPCR of trigeminal ganglia and pituitary glands, and a two-way ANOVA with post-hoc Tukey’s test was used to analyze data from RT-qPCR of teeth/periapical lesions. Immunohistochemistry images were qualitatively analyzed. E2 supplementation significantly restored physiological E2 levels and reduced osteolytic lesion volume (P < .05). Prl expression was higher in apical lesions of E2-supplemented animals, while PRLR expression was slightly decreased (P < .05). Deletion of PRLR resulted in significantly smaller lesions (P < .05). There were no differences in interleukin 1α, 1β, or growth hormone expression between E2 and Vehtreated animals (P > .05). Immunohistochemistry revealed Prl and PRLR expression in the trigeminal ganglia and pituitary glands of estrogen-treated mice, and more pronounced expression in apical lesions of the E2 group, with PRLR primarily seen in osteoblasts. Elevated levels of macrophages, T-lymphocytes, and neutrophils were observed in the E2 group. Prl from TG neurons supplemented with E2 increased osteoblast mineralization (P < .05), whereas E2 + PRLR antagonist supplementation inhibited mineralization (P < .05). Estrogen exhibited a protective role in bone resorption and inflammation modulation in apical periodontitis, mediated in part by the sexually dimorphic expression of PRL and its receptor, thus modulating the immune response and reducing bone resorption due to apical periodontitis. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia. Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
Coleções
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Ciências da Saúde (9084)Odontologia (754)
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