Contribuições da EFI no ensino médio e a problemática da redução da carga horária no ensino e saúde de escolares

Abstract

O presente trabalho analisa a trajetória histórica da Educação Física no contexto brasileiro, considerando as influências tanto internas quanto externas que moldaram seu desenvolvimento ao longo dos anos. A partir do século XIX, a Educação Física foi gradualmente incorporada ao sistema educacional e passou por diferentes abordagens, incluindo as vertentes militarista e de esportivização. A reforma implementada por Couto Ferraz em 1851 estabeleceu a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas do município da Corte. No século XX, a disciplina reorientou seu enfoque para o desenvolvimento psicomotor e, posteriormente, foi oficializada como componente curricular por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996. Contudo, no contexto contemporâneo, a Educação Física se depara com desafios em decorrência da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e de reformas educacionais. Embora a BNCC estabeleça metas e conteúdos específicos para a disciplina, modificações recentes podem impactar sua carga horária e levantar questionamentos quanto ao seu lugar no currículo escolar. Destaca-se a relevância da Educação Física como promotora do conhecimento corporal e da saúde, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento motor e na promoção de hábitos saudáveis desde a juventude. A prática regular de atividades físicas tem sido associada à melhoria da qualidade de vida, bem como à redução dos sintomas de ansiedade e hiperatividade. Além disso, a disciplina assume um papel fundamental na prevenção de doenças não transmissíveis, combatendo o sedentarismo. Diante desse panorama, a presença constante da Educação Física no currículo escolar se configura como elemento essencial na formação de cidadãos saudáveis e ativos. Face às transformações educacionais em curso, torna-se imperativo repensar as estratégias pedagógicas a fim de preservar sua relevância na vida dos alunos e garantir seu impacto positivo ao longo prazo.

This study analyzes the historical trajectory of Physical Education in the Brazilian context, considering both internal and external influences that shaped its development over the years. Starting from the 19th century, Physical Education was gradually incorporated into the educational system and underwent various approaches, including militaristic and sports-oriented perspectives. The reform implemented by Couto Ferraz in 1851 established the obligation of Physical Education in the schools of the Corte municipality. In the 20th century, the discipline shifted its focus to psychomotor development and later became an official curricular component through the Law of Guidelines and Bases of Education of 1996. However, in the contemporary context, Physical Education faces challenges due to the implementation of the National Common Curricular Base (BNCC) and educational reforms. Although the BNCC establishes specific goals and contents for the discipline, recent changes can impact its workload and raise questions about its place in the school curriculum. The relevance of Physical Education is highlighted as a promoter of body knowledge and health, playing a crucial role in motor development and the promotion of healthy habits since youth. Regular physical activity has been associated with improved quality of life, as well as reduced symptoms of anxiety and hyperactivity. Furthermore, the discipline plays a fundamental role in preventing non-communicable diseases and combating sedentary behavior. Given this panorama, the constant presence of Physical Education in the school curriculum is an essential element in forming healthy and active citizens. In light of ongoing educational transformations, it becomes imperative to rethink pedagogical strategies to preserve its relevance in students' lives and ensure its positive long-term impact.