Reflexões sobre a docência em lutas a partir da experiência na residência pedagógica

Abstract

O presente artigo busca refletir sobre a docência em Lutas a partir da participação no Programa Residência Pedagógica. A pesquisa parte de um olhar autobiográfico e uma abordagem qualitativa descritiva. A coleta de dados se deu a partir de documentos inerentes à prática pedagógica, tais como planejamento anual de ensino; planos de aula; diários de aula e processo de rememoração da minha trajetória na prática esportiva do karatê. Para fins de análise, foram identificadas categorias, nomeadas conforme segue: objetivos gerais; conteúdos de ensino; estratégias de ensino e expectativas de aprendizagem. Para a organização e análise dos dados, foi desenvolvida uma linha do tempo, com o intuito de comparar, analisar e refletir sobre as mudanças relativas à experiência docente. As reflexões sobre o embate entre métodos tradicionais de ensino dos esportes e suas limitações no âmbito escolar, com as percepções de possibilidades mais amplas de trabalho sob uma perspectiva mais crítica, inclusiva e participativa, permeiam as análises deste estudo. Ao final foi possível constatar que o modelo de treinamento de Lutas em espaços esportivos não atende as demandas da tematização das práticas corporais de Lutas na Educação física Escolar.

This article seeks to reflect about teaching Fights based on participation in the Pedagogical Residency Program. The research is based on an autobiographical perspective and a descriptive qualitative approach. Data collection was carried out using documents inherent to pedagogical practice, such as annual teaching planning; lesson plans; class diaries; and the process of remembering my trajectory in the sport of karate. For analysis purposes, categories were identified, named: general objectives; teaching content; teaching strategies and learning expectations. To organize and analyze the data, a timeline was created, with the aim of compare, analyze and reflect on changes related to the teaching experience. Reflections on the clash between traditional methods of teaching sports with their limitations in the school environment and perceptions of broader possibilities for work from a more critical, inclusive and participatory perspective permeate the analyses of this article. In the end, it was possible to confirm that the Fighting training model in sports spaces does not meet the demands of the thematization of physical Fighting practices in School Physical Education.