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dc.contributor.advisorDamico, José Geraldo Soarespt_BR
dc.contributor.authorGhenês, Thaís Alvespt_BR
dc.date.accessioned2024-12-18T06:55:26Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/282455pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa busca tensionamentos em torno das concepções do corpo dos saberes africanos e afrodiaspóricos e as concepções de corporalidade advindas do campo psicanalítico, considerando os desdobramentos de uma teoria tributária da separação entre natureza e cultura, historicamente construída pelas sociedades modernas. Deste modo, como objetivo geral, questiono como as concepções do corpo dos saberes africanos e afro diaspóricos podem contribuir para pensar a clínica psicanalítica no contexto brasileiro. Partindo-se da posição de uma pesquisadora-cambona, tomo a epistemologia das macumbas e a figura de Exu como um articulador de saberes postos em encruzilhada. Neste aspecto, a pesquisadora cambona se situa ao lado do lugar da analista, que opera numa dinâmica exusíaca, paradoxalmente, a partir de uma espacialidade e temporalidade que admitem o contemporâneo e o ancestral. Assim, propõem-se um giro decolonial que reposicione o corpo situando-o como central para pensar a alteridade e a escuta da diferença. Diante do sufocamento e da criminalização das práticas culturais negras, a reconstrução da experiência da corporeidade, que foi fragmentada na travessia da diáspora, se faz transgressão e resistência frente as formas de vida impostas pelas culturas hegemônicas eurocêntricas e patriarcais. Nesta perspectiva, o corpo e a voz se tornam modos de inscrição de saberes que escapam à colonização, a partir de gingas, gestos e performances que afetam a linguagem no laço social. Sugerindo-se como hipótese, que o corpo negro ao se deslocar com seus saberes encarnados enquanto potência disruptiva, suporta dois continentes de memória. De um lado as epistemes transmitidas por suas oralituras, expressas nos vozeados e nos corpos, e de outro lado, o próprio corpo como veículo de invenção da vida. Assim, na direção de uma clínica de afirmação da negritude à contrapelo de um horizonte de embranquecimento, de saberes ocidentais hegemônicos e cristalizados, abrimo-nos à credibilização do corpo dos saberes africanos e afrodiaspóricos enquanto formas de elaboração de um saber que é deslegitimado na dinâmica social. Neste aspecto, o corpo dos saberes afrodiaspóricos é inseparável das dimensões da política, da poética e da estética que as constituem.pt_BR
dc.description.abstractThis research seeks to create a dialogue between African and Afro-diasporic conceptions of the body and the notions of corporeality from the psychoanalytic field. It considers the consequences of a theory that is rooted in the separation between nature and culture, historically constructed by modern societies. The general objective is to explore how African and Afro diasporic conceptions of the body can contribute to rethinking the psychoanalytic clinic in the Brazilian context. Adopting the perspective of a cambona researcher, it utilizes the epistemology of macumbas and the figure of Exu as an mediator of knowledge at a crossroads. In this respect, the cambona researcher aligns with the analyst, operating within an Exu-like dynamic that paradoxically encompasses both contemporary and ancestral dimensions. We propose a decolonial turn that repositions the body as central to understanding otherness and listening to difference. In response to the suffocation and criminalization of Black cultural practices, the reconstruction of corporeal experience—fragmented during the diaspora— manifests through transgression and resistance against the forms of life imposed by hegemonic Eurocentric and patriarchal cultures. From this perspective, the body and voice become means of inscribing knowledge that escapes colonization, through gyrations, gestures, and performances that influence language within social bonds. The hypothesis is that the Black body, with its embodied knowledge as a disruptive power, supports two continents of memory: on one hand, the epistemes transmitted through oral traditions expressed in voices and bodies, and on the other, the body itself as a vehicle for the invention of life. Thus, towards a clinic that affirms Blackness amidst a horizon of whitening and hegemonic Western sciences, we embrace the credibility of the body of African and Afro-diasporic as forms of knowledge that are regularly delegitimized in social dynamics. In this context, Afro-diasporic knowledge is inseparable from the political, poetic, and aesthetics that constitute it.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectClínica psicanalíticapt_BR
dc.subjectPsychoanalysisen
dc.subjectEpistemologyen
dc.subjectCorporeidadept_BR
dc.subjectDiferenças interculturaispt_BR
dc.subjectAfro-diasporic knowledgeen
dc.subjectEpistemologiapt_BR
dc.subjectCorporealityen
dc.subjectClinicen
dc.subjectRacismopt_BR
dc.subjectDecolonialidadept_BR
dc.subjectAncestralidadept_BR
dc.subjectRelações étnicas e raciaispt_BR
dc.subjectPsicanálisept_BR
dc.titleA potência criativa do corpo : cruzos entre a psicanálise e os saberes afrodiaspóricospt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001218276pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Culturapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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