Estudo dos efeitos de uma dieta com azeite de oliva sobre o cuidado materno, o comportamento e biomarcadores no hipocampo de ratas submetidas à separação materna
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Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
O período gestacional e lactacional é extremamente sensível a fatores ambientais, como a nutrição materna e o estresse. Esses fatores podem influenciar na saúde da mãe e da prole. O estresse da separação materna induz a ruptura do vínculo mãe e filhote, desencadeando comportamento depressivo e ansioso nas mães, intervindo no cuidado materno e consequentemente no desenvolvimento da prole. Diante disso, o consumo de dietas ricas em antioxidantes e ácidos graxos monoinsaturados, como o azeite de o ...
O período gestacional e lactacional é extremamente sensível a fatores ambientais, como a nutrição materna e o estresse. Esses fatores podem influenciar na saúde da mãe e da prole. O estresse da separação materna induz a ruptura do vínculo mãe e filhote, desencadeando comportamento depressivo e ansioso nas mães, intervindo no cuidado materno e consequentemente no desenvolvimento da prole. Diante disso, o consumo de dietas ricas em antioxidantes e ácidos graxos monoinsaturados, como o azeite de oliva, têm demonstrado efeitos benéficos sobre distúrbios neurológicos e alterações metabólicas, sendo associado à reduções no risco de desenvolvimento de depressão pós-parto, além de reduzir o efeito do estresse sobre as células e melhorar a função cognitiva. Assim, o objetivo foi avaliar os efeitos do consumo de azeite de oliva durante a gestação e lactação sobre o cuidado materno, o comportamento emocional e os níveis de marcadores bioquímicos no hipocampo dorsal de mães que sofreram separação da prole. Ratas Wistar no primeiro dia de gestação foram alocadas em 2 grupos: ração padrão + óleo de soja ( OS) e ração padrão + azeite de oliva (AO). Após o nascimento, os grupos foram subdivididos em: Intacto OS; Intacto AO; Separado OS e Separado AO. A separação materna (SM) ocorreu do dia pós-natal 1 ao 10, por 3 horas/dia. Após o desmame dos filhotes, as mães passaram por testes comportamentais de campo aberto, memória de curto-prazo no teste de novo local do objeto e nado forçado. Também foram avaliadas proteínas do metabolismo energético envolvidas com a plasticidade, o hormônio ocitocina e seu receptor e os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no hipocampo dorsal. A separação materna aumentou o cuidado materno de forma fragmentada, induziu comportamentos dos tipos ansioso e depressivo e ainda prejudicou a memória de curto-prazo das mães. Além disso, foi capaz de diminuir o imunoconteúdo das proteínas: sirtuína-1 (SIRT-1), ocitocina e do receptor de ocitocina no hipocampo dorsal das mães. As ratas que consumiram dietas com azeite de oliva aumentaram a frequência do comportamento materno ativo de forma consistente e aumentaram os níveis de BDNF no hipocampo. O azeite de oliva também conseguiu prevenir os comportamentos de amamentação com o dorso arqueado, do tipo ansioso e o prejuízo da memória nas mães que foram submetidas à SM. Os resultados demonstram que a nutrição e a separação materna influenciam no comportamento emocional, na memória e em marcadores bioquímicos. E esses achados mostram que o consumo de azeite de oliva pode ser utilizado como uma estratégia para atenuar ou até prevenir os prejuízos ocasionados pela separação materna no período pós-parto. ...
Abstract
The gestational and lactational period is extremely sensitive to environmental factors such as maternal nutrition and stress. These factors can influence the health of the mother and offspring. The stress of maternal separation induces the rupture of the mother-infant bond, triggering depressive and anxious behavior in mothers, intervening in maternal care and, consequently, in the development of the offspring. Therefore, the consumption of diets rich in antioxidants and monounsaturated fatty a ...
The gestational and lactational period is extremely sensitive to environmental factors such as maternal nutrition and stress. These factors can influence the health of the mother and offspring. The stress of maternal separation induces the rupture of the mother-infant bond, triggering depressive and anxious behavior in mothers, intervening in maternal care and, consequently, in the development of the offspring. Therefore, the consumption of diets rich in antioxidants and monounsaturated fatty acids, such as olive oil, have shown beneficial effects on neurological disorders and metabolic changes, being associated with reductions in the risk of developing postpartum depression, in addition to reducing the effect of stress on cells and improve cognitive function. Thus, the objective was to evaluate the effects of olive oil consumption during pregnancy and lactation on maternal care, emotional behavior and levels of biochemical markers in the dorsal hippocampus of mothers who suffered separation from their offspring. Wistar rats on the first day of gestation were allocated into 2 groups: standard diet + soybean oil (SO) and standard diet + olive oil (OO). After birth, the groups were subdivided into: Intact SO; Intact OO; Separate SO and Separate OO. Maternal separation (SM) occurred from postnatal day 1 to 10, for 3 hours/day. After the pups were weaned, the mothers underwent open-field behavioral tests, new object location in short-term memory tests, and forced swimming. Proteins of energy metabolism involved with plasticity, the hormone oxytocin and its receptor, and levels of brain-derived neurotrophic factor (BDNF) in the dorsal hippocampus were also evaluated. Maternal separation increased maternal care in a fragmented way, induced anxious and depressive behavior and impaired the mothers' short-term memory. Furthermore, it was able to decrease the immunocontent of proteins: sirtuin-1, oxytocin and the oxytocin receptor in the dorsal hippocampus of the mothers. Female rats consuming an olive oil diet consistently increased the frequency of active maternal behavior and increased BDNF levels in the hippocampus. Olive oil was able to prevent the behavior of nurturing the offspring with the arched back, the anxious type and memory impairment in mothers who underwent MS. The results showed that maternal nutrition and separation influence emotional behavior, memory and biochemical markers. These findings showed that the consumption of olive oil can be used as a strategy to alleviate or even prevent the damage caused by maternal separation in the postpartum period. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica.
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