Cosmocorporeidade : repensando a educação física através das ancestralidades
Visualizar/abrir
Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Como a experiência existencial é reconstruída através das ancestralidades? Em diálogo com esta pergunta, apresento a tese do que estou denominando de Cosmocorporeidade. Nela, sugiro que a reconstrução da experiência existencial, na condição aqui analisada, ocorre pela experiência do corpo-espírito, ou seja, condição na qual o corpo é exercido como sendo o próprio cosmos em estado de possibilidade, sendo eterna construção. Chego a essa tese ao compreender e interpretar experiências vividas em du ...
Como a experiência existencial é reconstruída através das ancestralidades? Em diálogo com esta pergunta, apresento a tese do que estou denominando de Cosmocorporeidade. Nela, sugiro que a reconstrução da experiência existencial, na condição aqui analisada, ocorre pela experiência do corpo-espírito, ou seja, condição na qual o corpo é exercido como sendo o próprio cosmos em estado de possibilidade, sendo eterna construção. Chego a essa tese ao compreender e interpretar experiências vividas em duas escolas indígenas (uma Kaingang e outra Guarany Mbya, nas quais sou professor); em Terreiros de Umbanda/Pronto Socorro Espiritual e no Instituto de Educação Estadual Indígena Ângelo Manhká Miguel. Em todos esses espaços de reflexão e composição experiencial deste trabalho, identifico o esforço comum representado pela busca do equilíbrio da vida, materializado pela conexão do corpo com seres humanos e não humanos em exercício radical de humanização. Desse modo, sustento a tese de que Cosmocorporeidade expressa uma consciência crítica de si no cosmos, sendo exercício de descolonização da existência em uma realidade cada vez mais afundada posta pela colonialidade do poder, do saber e do ser, tendo no projeto de vida/existência imposto pelo capitalismo a sua máxima expressão. O que menciono aqui é que a experiência da Cosmocorporiedade que se torna a integração de um corpo conectado e que se torna único, em processo contínuo, permitindo outros olhares e experiências. ...
Resumen
¿Cómo se reconstruye la experiencia existencial a través de las ancestralidades? En diálogo con esta pregunta, presento la tesis de lo que llamo Cosmocorporeidad. En él, sugiero que la reconstrucción de la experiencia existencial, en la condición aquí analizada, se da a través de la experiencia del cuerpo-espíritu, es decir, una condición en la que el cuerpo se ejercita como siendo el cosmos mismo en un estado de posibilidad, siendo una construcción eterna. Llego a esta tesis a partir de la com ...
¿Cómo se reconstruye la experiencia existencial a través de las ancestralidades? En diálogo con esta pregunta, presento la tesis de lo que llamo Cosmocorporeidad. En él, sugiero que la reconstrucción de la experiencia existencial, en la condición aquí analizada, se da a través de la experiencia del cuerpo-espíritu, es decir, una condición en la que el cuerpo se ejercita como siendo el cosmos mismo en un estado de posibilidad, siendo una construcción eterna. Llego a esta tesis a partir de la comprensión e interpretación de experiencias vividas en dos escuelas indígenas (una Kaingang y otra Guarany Mbya, donde soy docente); en Umbanda Terreiros/Ayuda Espiritual de Emergencia y en el Instituto Estatal de Educación Indígena Ângelo Manhká Miguel. En todos estos espacios de reflexión y composición experiencial de esta obra, identifico el esfuerzo común que representa la búsqueda del equilibrio en la vida, materializado en la conexión del cuerpo con los seres humanos y no humanos en un ejercicio radical de humanización. De esta manera, sostengo la tesis de que la Cosmocorporeidad expresa una conciencia crítica de sí mismo en el cosmos, siendo un ejercicio de descolonización de la existencia en una realidad cada vez más sumergida impuesta por la colonialidad del poder, del saber y del ser, teniendo en el proyecto de vida/existencia impuesto por el capitalismo su máxima expresión. Lo que menciono aquí es que la experiencia de la Cosmocorporeidad se convierte en la integración de un cuerpo conectado que se vuelve único, en un proceso continuo, permitiendo otras perspectivas y experiencias. ...
Abstract
How is existential experience reconstructed through ancestries? In dialogue with this question, I present the thesis of what I am calling Cosmocorporeality. In this thesis, I suggest that the reconstruction of existential experience, in the condition analyzed here, occurs through the experience of the body-spirit— that is, a condition in which the body is exercised as the very cosmos in a state of possibility, an eternal construction. I arrive at this thesis by understanding and interpreting li ...
How is existential experience reconstructed through ancestries? In dialogue with this question, I present the thesis of what I am calling Cosmocorporeality. In this thesis, I suggest that the reconstruction of existential experience, in the condition analyzed here, occurs through the experience of the body-spirit— that is, a condition in which the body is exercised as the very cosmos in a state of possibility, an eternal construction. I arrive at this thesis by understanding and interpreting lived experiences in two Indigenous schools (one Kaingang and the other Guarani Mbya, where I am a teacher); in Umbanda Terreiros/Spiritual First Aid centers, and at the Ângelo Manhká Miguel State Indigenous Education Institute. In all these spaces of reflection and experiential composition for this work, I identify a common effort represented by the pursuit of life balance, materialized through the connection of the body with both human and non-human beings in a radical exercise of humanization. Thus, I argue that Cosmocorporeality expresses a critical consciousness of the self within the cosmos, functioning as an exercise in the decolonization of existence in a reality increasingly burdened by the coloniality of power, knowledge, and being, with the life/existence project imposed by capitalism as its ultimate expression. What I propose here is that the experience of Cosmocorporeality becomes the integration of a connected body that becomes unique in a continuous process, allowing for other perspectives and experiences. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9321)
Este item está licenciado na Creative Commons License
