Exposição ao metilmercúrio e palmitato de retinol durante gestação e lactação de ratas Wistar : impactos transgeracionais
Visualizar/abrir
Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A contaminação por metilmercúrio (MeHg) e a suplementação de vitamina A (VitA) são cada vez mais comuns e difundidas. Além de o consumo de peixes provavelmente aumentar a biodisponibilidade dos dois compostos, mulheres em idade de reprodução estão dentre a população mais sensível. Dados da literatura e estudos prévios do nosso grupo de pesquisa indicam que a exposição tanto ao MeHg quanto à VitA causa efeitos toxicológicos a longo prazo e provavelmente em mais de uma geração. Assim, nossos obje ...
A contaminação por metilmercúrio (MeHg) e a suplementação de vitamina A (VitA) são cada vez mais comuns e difundidas. Além de o consumo de peixes provavelmente aumentar a biodisponibilidade dos dois compostos, mulheres em idade de reprodução estão dentre a população mais sensível. Dados da literatura e estudos prévios do nosso grupo de pesquisa indicam que a exposição tanto ao MeHg quanto à VitA causa efeitos toxicológicos a longo prazo e provavelmente em mais de uma geração. Assim, nossos objetivos foram: (i) descrever novas consequências adversas à saúde e (ii) indicar possíveis mecanismos que possam perpetuá-las. Para tanto, utilizamos um modelo de exposição crônica e moderada ao MeHg e/ou a VitA durante a gestação e lactação de ratas Wistar. Encontramos que os efeitos toxicológicos não estão presentes apenas na prole (F1), mas também nos netos (F2). Uma vez que não observamos a extinção dos efeitos na F2, talvez mais gerações poderiam ser prejudicadas. O padrão das contaminações conjuntamente com a alteração da metilação de histonas H3 na F1 e na F2 reforçam que a epigenética pode ser uma via de manutenção dos efeitos. Além disso, descrevemos que as contaminações, apenas ao MeHg e VitA ou associadas, são capazes de afetar a microbiota da prole (F1) de uma maneira mais evidente do que das mães. Também percebemos que a homeostase do cólon não pareceu impedir a disbiose. Considerando que a microbiota e a epigenética são centrais para a garantia do funcionamento adequado da fisiologia do indivíduo, propomos que o desequilíbrio delas pelas exposições possam servir como via de manutenção dos efeitos adversos a longo prazo. ...
Abstract
Methylmercury (MeHg) contamination and vitamin A (VitA) supplementation are increasingly common and widespread. Besides fish consumption likely enhances the bioavailability of both compounds, women of reproductive age are among the most sensitive population. Literature data and previous studies from our research group indicate that exposure to both MeHg and VitA causes long-term toxicological effects, possibly spanning over multiple generations. Thus, our objectives were: (i) to describe new ad ...
Methylmercury (MeHg) contamination and vitamin A (VitA) supplementation are increasingly common and widespread. Besides fish consumption likely enhances the bioavailability of both compounds, women of reproductive age are among the most sensitive population. Literature data and previous studies from our research group indicate that exposure to both MeHg and VitA causes long-term toxicological effects, possibly spanning over multiple generations. Thus, our objectives were: (i) to describe new adverse health consequences and (ii) to indicate possible mechanisms that may perpetuate them. To achieve this, we utilized a model of chronic and moderate exposure to MeHg and/or VitA during the gestation and lactation of Wistar rats. We found that toxicological effects are not only present in the offspring (F1) but also in the grandsons (F2). Since we did not observe the extinction of these effects in the F2, perhaps more generations could be affected. The pattern of contaminations along with the alteration of histone H3 methylation in F1 and F2 further reinforces that epigenetics may be a pathway for maintaining these effects. Additionally, we described that contaminations, either with MeHg and VitA alone or in combination, are capable of affecting the offspring's (F1) microbiota more prominently than that of their mothers. We also noted that colonic homeostasis did not appear to prevent dysbiosis. Considering that both microbiota and epigenetics are central to ensuring proper physiological functioning, we propose that their imbalance due to exposures may serve as a pathway for maintaining long-term adverse effects. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica.
Coleções
-
Ciências Biológicas (4196)Bioquímica (908)
Este item está licenciado na Creative Commons License
