Pacientes com insuficiência cardíaca em protocolo de mobilização com realidade virtual melhoram sua experiência sem impacto na sensação de dispnéia : um estudo de métodos mistos complexos
Visualizar/abrir
Data
2024Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica que impacta consideravelmente a capacidade funcional dos pacientes. Altas taxas de internação e readmissão por IC tornam o tratamento mais complexo a cada hospitalização. Neste contexto, a mobilização precoce assume importância fundamental para minimizar os efeitos adversos do confinamento prolongado ao leito. Tecnologias como a realidade virtual (RV) imersiva têm demonstrado potencial nas terapias coadjuvantes para melhorar a exp ...
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica que impacta consideravelmente a capacidade funcional dos pacientes. Altas taxas de internação e readmissão por IC tornam o tratamento mais complexo a cada hospitalização. Neste contexto, a mobilização precoce assume importância fundamental para minimizar os efeitos adversos do confinamento prolongado ao leito. Tecnologias como a realidade virtual (RV) imersiva têm demonstrado potencial nas terapias coadjuvantes para melhorar a experiência dos indivíduos, aliviando a dor e a fadiga destes pacientes. Neste sentido, a seguinte questão de pesquisa emerge: o emprego da realidade virtual imersiva, aliado à mobilização de pacientes com insuficiência cardíaca internados em terapia intensiva, promove uma experiência mais positiva para esses indivíduos? Objetivo: Avaliar o impacto de até três sessões de mobilização precoce combinada com realidade virtual imersiva versus mobilização precoce isolada na sensação de dispneia e na experiência de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, internados em unidade de terapia intensiva. Método: Estudo de métodos mistos complexo, aninhado a um ensaio clínico randomizado que incluiu pacientes adultos com insuficiência cardíaca agudamente descompensada, internados em unidade de terapia intensiva. A abordagem quantitativa consistiu em um ensaio clínico randomizado paralelo. A randomização ocorreu na proporção de 1:1 via software Research Electronic Data Capture (REDCap®). Os pacientes foram divididos em grupo intervenção (GI), que combinou mobilização precoce com realidade virtual imersiva, e grupo controle (GC), com mobilização precoce sem realidade virtual imersiva. Dados sociodemográficos foram incluídos na fase de inclusão do estudo. A indicação do procedimento foi avaliada através da ferramenta Net Promoter Score (NPS) e a mensuração da sua aceitação através da escala Likert. Na abordagem qualitativa, entrevistas com perguntas abertas foram realizadas para explorar as percepções dos participantes. Os dados quantitativos foram analisados através do software Statistical Package for Social Sciences® (SPSS), versão 28.0. Dados categóricos foram apresentados em frequência absoluta e relativa, enquanto variáveis contínuas foram expressas em média e desvio padrão ou mediana e intervalos interquartílicos. As informações qualitativas foram coletadas por gravação de áudio e posteriormente analisadas através de análise de conteúdo. Considerações éticas: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa do HCPA (sob número de parecer 5.619.917) e registrado no ClinicalTrials.gov sob protocolo de identificação NCT05596292. Todos os participantes receberam informações sobre sua participação e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Foram incluídos 60 pacientes, predominantemente do sexo masculino, 44 (73,3%) com média de idade de 59,7±12,2 anos. A variação da sensação de dispneia indicou que 3 (10%) pacientes de ambos os grupos sentiram melhora. Não houve percepção de alteração em 13 (43,3%) no GI e 12 (40%) no GC. A recomendação do procedimento, 23 (76,7%) no GI e 24 (80%) no GC. A experiência de mobilização recebeu avaliações de boa ou excelente por 28 (93,3%) no GI e por 26 (83,7%) no GC. As análises qualitativas identificaram três categorias: Efeitos Psicológicos, Desempenho Físico e Inovação. Conclusões: Os resultados obtidos indicam que a realidade virtual combinada com a mobilização precoce demonstrou eficácia na otimização da experiência dos pacientes. Tais achados estabelecem um alicerce robusto para a incorporação segura da realidade virtual no contexto de cuidados intensivos. ...
Abstract
Introduction: Heart failure (HF) is a clinical syndrome that significantly impacts patients’ functional capacity. High rates of hospitalization and readmission for HF make treatment more complex with each hospitalization. In this context, early mobilization is of fundamental importance to minimize the adverse effects of prolonged bed confinement. Technologies such as immersive virtual reality (VR) have shown potential in adjuvant therapies to improve the experience of individuals, alleviating p ...
Introduction: Heart failure (HF) is a clinical syndrome that significantly impacts patients’ functional capacity. High rates of hospitalization and readmission for HF make treatment more complex with each hospitalization. In this context, early mobilization is of fundamental importance to minimize the adverse effects of prolonged bed confinement. Technologies such as immersive virtual reality (VR) have shown potential in adjuvant therapies to improve the experience of individuals, alleviating pain and fatigue in these patients. In this sense, the following research question emerges: does the use of immersive virtual reality, combined with the mobilization of patients with heart failure admitted to intensive care, promote a more positive experience for these individuals? Objective: To evaluate the impact of up to three sessions of early mobilization combined with immersive virtual reality versus early mobilization alone on the sensation of dyspnea and the experience of patients with decompensated heart failure admitted to the intensive care unit. Method: Complex mixed methods study, nested within a randomized clinical trial that included adult patients with acutely decompensated heart failure admitted to an intensive care unit. The quantitative approach consisted of a parallel randomized clinical trial. Randomization occurred in a 1:1 ratio via Research Electronic Data Capture (REDCap®) software. Patients were divided into an intervention group (IG), which combined early mobilization with immersive virtual reality, and a control group (CG), with early mobilization without immersive virtual reality. Sociodemographic data were included in the inclusion phase of the study. The indication for the procedure was assessed using the Net Promoter Score (NPS) tool and its acceptance was measured using the Likert scale. In the qualitative approach, interviews with open-ended questions were conducted to explore participants' perceptions. Quantitative data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) software, version 28.0. Categorical data were presented in absolute and relative frequency, while continuous variables were expressed as mean and standard deviation or median and interquartile ranges. Qualitative information was collected by audio recording and subsequently analyzed through content analysis. Ethical considerations: The study was approved by the Research Ethics Committee of HCPA (under opinion number 5,619,917) and registered with ClinicalTrials.gov under protocol identification NCT05596292. All participants received information about their participation and signed an Informed Consent Form. Results: A total of 60 patients were included, predominantly male, 44 (73.3%) with a mean age of 59.7 ± 12.2 years. The variation in the sensation of dyspnea indicated that 3 (10%) patients in both groups felt improvement. There was no perception of change in 13 (43.3%) in the IG and 12 (40%) in the CG. The recommendation of the procedure, 23 (76.7%) in the IG and 24 (80%) in the CG. The mobilization experience was rated as good or excellent by 28 (93.3%) in the IG and by 26 (83.7%) in the CG. Qualitative analyses identified three categories: Psychological Effects, Physical Performance, and Innovation. Conclusions: The results obtained indicate that virtual reality combined with early mobilization demonstrated effectiveness in optimizing the patient experience. These findings establish a robust foundation for the safe incorporation of virtual reality in the intensive care setting. ...
Resumen
Introducción: La insuficiencia cardíaca (IC) es un síndrome clínico que impacta considerablemente la capacidad funcional de los pacientes. Las altas tasas de hospitalización y readmisión por IC hacen que el tratamiento sea más complejo con cada hospitalización. En este contexto, la movilización temprana es de fundamental importancia para minimizar los efectos adversos del confinamiento prolongado en cama. Tecnologías como la realidad virtual inmersiva (RV) han demostrado potencial en terapias a ...
Introducción: La insuficiencia cardíaca (IC) es un síndrome clínico que impacta considerablemente la capacidad funcional de los pacientes. Las altas tasas de hospitalización y readmisión por IC hacen que el tratamiento sea más complejo con cada hospitalización. En este contexto, la movilización temprana es de fundamental importancia para minimizar los efectos adversos del confinamiento prolongado en cama. Tecnologías como la realidad virtual inmersiva (RV) han demostrado potencial en terapias adyuvantes para mejorar la experiencia de los individuos, aliviando el dolor y la fatiga en estos pacientes. En este sentido, surge la siguiente pregunta de investigación: ¿el uso de la realidad virtual inmersiva, combinado con la movilización de pacientes con insuficiencia cardíaca ingresados en cuidados intensivos, promueve una experiencia más positiva para estos individuos? Objetivo: Evaluar el impacto de hasta tres sesiones de movilización temprana combinada con realidad virtual inmersiva versus movilización temprana sola sobre la sensación de disnea y la experiencia de pacientes con insuficiencia cardíaca descompensada ingresados en una unidad de cuidados intensivos. Método: Estudio complejo de métodos mixtos, anidado dentro de un ensayo clínico planificado que incluyó pacientes adultos con insuficiencia cardíaca aguda descompensada, ingresados en una unidad de cuidados intensivos. El enfoque cuantitativo consistió en un ensayo clínico aleatorizado paralelo. La aleatorización se realizó en una proporción 1:1 a través del software Research Electronic Data Capture (REDCap®). Los pacientes se dividieron en un grupo de intervención (GI), que combinó movilización temprana con realidad virtual inmersiva, y un grupo control (GC), con movilización temprana sin realidad virtual inmersiva. Los datos sociodemográficos se incluyeron en la fase de inclusión del estudio. La indicación del procedimiento se evaluó mediante la herramienta Net Promoter Score (NPS) y su accesibilidad se midió mediante la escala Likert. En el enfoque cualitativo, se realizaron entrevistas con preguntas abiertas para explorar las percepciones de los participantes. Los datos cuantitativos se analizaron utilizando el software Statistical Package for Social Sciences® (SPSS), versión 28.0. Los datos categóricos se presentaron como frecuencia absoluta y relativa, mientras que las variables continuas se expresaron como media y desviación estándar o mediana y rangos intercuartiles. La información cualitativa fue recolectada a través de grabación de audio y luego revelada mediante análisis de contenido. Consideraciones éticas: El estudio fue aprobado por el Comité de Ética de Investigación de la HCPA (con el número de opinión 5.619.917) y registrado en ClinicalTrials.gov bajo la identificación de protocolo NCT05596292. Todos los participantes recibieron información sobre su participación y firmaron un Formulario de Consentimiento Informado. Resultados: Se incluyeron sesenta pacientes, predominantemente varones, 44 (73,3%) con una edad media de 59,7 ± 12,2 años. La variación en la sensación de disnea indicó que 3 (10%) pacientes en ambos grupos sintieron mejoría. No hubo percepción de cambio en 13 (43,3%) del GI y 12 (40%) del GC. El procedimiento fue recomendado por 23 (76,7%) en el GI y 24 (80%) en el GC. La experiencia de movilización recibió calificaciones buenas o excelentes de 28 (93,3%) en el IG y 26 (83,7%) en el GC. Los análisis cualitativos identificaron tres categorías: Efectos psicológicos, rendimiento físico e innovación. Conclusiones: Los resultados obtenidos indican que la realidad virtual combinada con la movilización temprana demostró efectividad en la optimización de la experiencia del paciente. Estos hallazgos establecen una base sólida para la incorporación segura de la realidad virtual en el contexto de cuidados críticos. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9381)Enfermagem (654)
Este item está licenciado na Creative Commons License
