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dc.contributor.advisorFelipe, Janept_BR
dc.contributor.advisorDuque, Tiagopt_BR
dc.contributor.authorMagnus, Daniella Vieirapt_BR
dc.date.accessioned2025-06-11T06:59:10Zpt_BR
dc.date.issued2025pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/292810pt_BR
dc.description.abstractA presente tese investiga quais os tensionamentos produzidos pelo regime de cispassabilidade e de suas pedagogias na constituição das corporalidades de sujeitos transgêneros que chegaram à docência da Educação Infantil (EI). Com esse propósito, a partir do campo da Educação, têm como aporte teórico os Estudos de Gênero, as Epistemologias Transfeministas e os Estudos da Infância em uma perspectiva pós-estruturalista de análise. Como metodologia para a produção de informações, foram realizadas entrevistas semiestruturadas por meio de videochamadas com oito pessoas transgêneras, quatro homens e quatro mulheres, que atuavam ou em algum momento haviam atuado como docentes da EI. Os eixos de análise apontaram a existência de um forte controle e, por vezes, um intenso autocontrole em relação a suas vestimentas, a suas expressões de gênero, a suas vozes e a alguns aspectos físicos que intencionavam deixá-las longe das fronteiras e do traço ambíguo que expusesse o trânsito de gênero rente às normas de inteligibilidade. Evidenciaram o regime de cispassabilidade sendo colocado em prática, em alguns momentos, pelos próprias sujeitos trans dentro e fora dos espaços de EI, com o objetivo de invisibilizar suas identidades de gênero. De acordo com os relatos de todos/as os/as interlocutores/as, tal estratégia funcionava como um mecanismo de proteção às violências transfóbicas. Mostraram que as mulheres trans que atendem aos scripts de feminilidade, chegando a uma cispassabilidade diante do olhar do outro, costumavam sofrer menos represálias durante suas atuações profissionais. Para os/as participantes da pesquisa, essas profissionais também teriam um maior acesso à docência da EI do que as não cispassáveis; já os homens transgêneros com cispassabilidade teriam uma maior dificuldade em ocupar esses cargos, pois assim como os homens cisgêneros, ainda costumam ser vistos como potenciais abusadores. Reitera-se a importância de momentos de formação para profissionais da educação que atuam em creches e pré-escolas, com o objetivo de tornar esses espaços mais acolhedores e plurais, sobretudo em relação às identidades de gênero diversas; e que a partir deles sejam enfraquecidos os discursos essencialistas sobre o que é ser menino ou menina e as estratégias de delineamento dos comportamentos, gostos e sentimentos amparados em uma concepção cisheteronormativa.pt_BR
dc.description.abstractThis thesis investigates the tensions produced by the cispassability regime and its pedagogies in the constitution of the corporeality of transgender subjects who have become teachers in Early Childhood Education (ECE). For this purpose, from the field of Education, it has as its theoretical contribution Gender Studies, Transfeminist Epistemologies and Childhood Studies from a post-structuralist perspective of analysis. As a methodology for producing information, semi-structured interviews were conducted via video calls with eight transgender people, four men and four women, who worked or had at some point worked as ECE teachers. The axes of analysis pointed to the existence of strong control, and at times, intense self-control in relation to their clothing, their gender expressions, their voices and some physical aspects, which intended to keep them away from the boundaries and the ambiguous trait that would expose the transit of gender close to the norms of intelligibility. They demonstrated the cispassability regime being put into practice, at times, by transgender people themselves inside and outside EI spaces, with the aim of making their gender identities invisible. According to the reports of all interlocutors, this strategy worked as a protection mechanism against transphobic violence. They showed that trans women who adhere to femininity scripts, reaching a cispassability in the eyes of others, tended to suffer fewer reprisals during their professional activities. For the research participants, these professionals also had greater access to EI teaching than those who were not cispassable; transgender men who were cispassable would have greater difficulty in occupying these positions, since, like cisgender men, they are still often seen as potential abusers. The importance of training moments for education professionals who work in daycare centers and preschools is reiterated, with the aim of making these spaces more welcoming and plural, especially in relation to diverse gender identities; and that from them, essentialist discourses about what it means to be a boy or a girl and strategies for outlining behaviors, tastes and feelings supported by a cisheteronormative conception are weakened.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPedagogies of cispassabilityen
dc.subjectEducação infantilpt_BR
dc.subjectGênero e sexualidadept_BR
dc.subjectGenre scriptsen
dc.subjectProfessorpt_BR
dc.subjectTransgender teachingen
dc.subjectEarly Childhood Educationen
dc.titleEntre fronterias e travessias : transidentidades, cispassabilidade e scripts de gênero na educação infantilpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001266549pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2025pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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