Between vampires, werewolves, and the thing without a name : an analysis of the macabre dance of archetypes in Stephen King’s revival

Abstract

The objective of this thesis is to examine the novel Revival by the author Stephen King, published in 2014, through the lens of the theory of archetypes developed by King in his non fiction work Danse Macabre, published in 1981. According to King, there are three works that embody figures dwelling in the collective unconscious of society – figures familiar to everyone, even those who neither read nor watch films: Dracula, Frankenstein, and Dr Jekyll and Mr Hyde. Based on these works, King formulated a theory identifying three archetypes – respectively, the vampire, the thing without a name, and the werewolf – which, in one way or another, are present in any work of the horror genre. Building on this premise, this thesis tests King's theory by analyzing the presence of archetypes in Revival. The theoretical foundation is supported by the contributions of Plato, Carl Gustav Jung, and Sigmund Freud on archetypes. The thesis is divided into three chapters. In the initial section of the first chapter, I present an analysis of Danse Macabre and the three classics mentioned by King. In the final section, I discuss the authors to whom King dedicates Revival, exploring how these writers were significant to his life and work. The second chapter provides the theoretical framework, introducing the concepts and theories defined by Plato, Jung, Freud, and King that underpin the analysis in chapter three. Additionally, I examine why the three classics were considered part of this "mythical complex" and why other classics were excluded from this exclusive group. The third chapter offers my reading of Revival, focusing on the themes present in the plot and analyzing the archetypes within the novel. This chapter also includes a discussion of the novel's ending, one of the most terrifying conclusions King has ever written. In conclusion, I present final considerations, revisiting previous discussions and reflecting on the presence of horror and the continued relevance of the genre.

O objetivo desta dissertação é examinar o romance Revival, do escritor Stephen King, publicado em 2014, com base em teoria sobre arquétipos desenvolvida pelo autor em sua obra de não ficção Danse Macabre, publicada em 1981. Segundo King, há três obras que apresentam uma figura que habita o inconsciente coletivo da sociedade e que, portanto, são conhecidas por todos, mesmo aqueles que não têm o hábito da leitura ou não assistem filmes: Drácula, Frankenstein e O Médico e o Monstro. A partir dessas obras, King desenvolveu a teoria de que existem três arquétipos, respectivamente o Vampiro, a Coisa Sem Nome e o Lobisomem, que estão presentes de uma forma ou de outra em qualquer obra do gênero de horror. A partir disso, esta dissertação testa a teoria de King, analisando a presença de arquétipos em Revival. O embasamento teórico se ampara em contribuições prestadas por Platão, Carl Gustav Jung e Sigmund Freud sobre arquétipos. A dissertação vem subdividida em três capítulos. Na parte inicial do primeiro capítulo, apresento uma análise da obra Danse Macabre e dos três clássicos mencionados por King, e na parte final apresento autores a quem King dedica Revival, abordando de que forma esses outros autores foram relevantes na vida e na obra de King. No segundo capítulo, apresento o embasamento teórico através de conceitos e teorias definidos por Platão, Jung e Freud, além do próprio King, que servem de suporte para a leitura do capítulo 3, bem como analiso o que levou os três clássicos a serem considerados como parte desse “complexo mítico” e o que impediu que outros clássicos fossem inseridos nesse clube tão restrito. No terceiro capítulo, ofereço minha leitura do romance, na qual abordo temáticas presentes na trama e analiso a presença de arquétipos em Revival; além disso, há também um momento para discutir o final do romance, um dos mais aterrorizantes que King já escreveu. Na conclusão, apresento as considerações finais, retomando as discussões anteriores e discutindo sobre a presença do horror e como o gênero continua tão presente e tão relevante.